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Energia Alternativa-Incineração

Por:   •  10/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.275 Palavras (14 Páginas)  •  287 Visualizações

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INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS E GERAÇÃO DE ENERGIA

Docente: Adiéliton Freitas Galvão

Graduandas: Débora Bragança, Gabriela Medeiros, Luciana Kênia Silva, Thaís Stephanie, Yasmin Eleutério Jorge.

Belo Horizonte,

Abril de 2017.

O QUE É A FONTE DE INCINERAÇÃO DE RESÍDUOS E GERAÇÃO DE ENERGIA

Os impactos das atividades humanas sobre o meio ambiente se intensificaram a partir da revolução industrial do século XVIII, e especialmente durante o século XX. A energia elétrica se tornou um dos bens de consumo fundamentais para as sociedades atuais, dependemos dela para a nossa produção industrial, sistemas de transportes, de segurança, de saúde, de educação, conforto, o comércio, a agricultura e outros fatores associados à qualidade de vida.

Em nosso planeta encontramos diversos tipos de fontes de energia, sendo que, algumas são renováveis e outras esgotáveis. O petróleo é a principal fonte de energia do planeta, seguido pelo carvão mineral e pelo gás natural e sua formação se deu em um lento processo geológico de produção, podendo acabar caso não haja um consumo racional. Por outro lado, o ritmo de consumo vem se acelerando com o aumento da população e o consumismo desenfreado, principalmente das nações dos países desenvolvidos, assim, têm provocados inúmeros problemas ambientais, poluição, mudanças climáticas, aquecimento global, por causa da intensificação do efeito estufa, destruição da fauna e flora, cuja solução é um desafio atualmente.

O desafio que se coloca na atualidade é o gerenciamento integrado dos resíduos sólidos urbanos, relacionando as etapas de geração, acondicionamento, coleta, transportes, reaproveitamento e destinação final, integrando fatores de reciclagem de materiais e a geração de energia elétrica a partir dos RSU.

Assim, podemos contribuir para a qualidade de vida da população e evitar uma série de impactos ambientais, sociais e econômicos. Ambientais: contaminação da água pelo chorume, do solo pelas condições favoráveis ao desenvolvimento de fungos e bactérias, poluição do ar pelas emissões de gases e mau cheiro dentre outros. Aspecto social: a população de baixa renda buscam uma forma de sustento por meio da captação e comercialização de materiais recicláveis, má qualidade de vida dos catadores e exposição a doenças, ferimentos pela manipulação dos resíduos. Quanto ao aspectos econômicos: altos investimentos para a recuperação de áreas degradadas e mananciais, para a implantação de aterros sanitários e operação, cuja vida útil se esgotam rapidamente e elevados gastos com tratamento com saúde causada pela disposição inadequada do lixo.

No Brasil nos últimos anos devido às dificuldades de se obter licenciamento ambiental para as grandes obras de hidrelétricas, as mudanças climáticas e o valor da eletricidade, são fatores que favorecem a implantação da geração de energia elétrica a partir dos RSU, porque a geração próxima ao ponto de consumo, evita gastos com linhas de transmissão e gera crédito de carbono (protocolo de Kyoto).

A produção de energia elétrica a partir dos RSU pode ocorrer em vários processos, como a queima do biogás recuperados dos depósitos de lixo, a incineração, a gaseificação e a digestão anaeróbica acelerada, são métodos importantes para evitar a emissão de gás metano (gás altamente prejudicial a camada de ozônio) dos depósitos de lixo, prolongado a vida útil dos aterros sanitários, proporcionando ganhos ambientais e socioeconômicos.

A incineração é um processo de queima de resíduos que, controlada, acontece em incineradores, realizado sob alta temperatura (900 a 1250 ºC). Nesta tecnologia ocorre à decomposição térmica, via oxidação, a alta temperatura, da parcela orgânica dos resíduos, transformando-a numa fase gasosa e outra sólida, reduzindo o volume, o peso e as características de perigosidade dos resíduos.

Este tipo de sistema tem vindo a ser implementado em zonas de grande produção de resíduos por permitir uma redução do volume inicial até cerca de 90%, trazendo assim uma diminuição de espaços para aterros sanitários.

O processo de tratamento térmico com geração de energia a partir dos resíduos urbanos não necessita da implantação de um aterro sanitário. O lixo passa por uma triagem para separação dos materiais potencialmente recicláveis aqueles que não podem ser submetidos à incineração. Somente são submetidos ao tratamento térmico a matéria orgânica e os resíduos combustíveis não recicláveis, ou seja, exatamente o material que seria destinado ao aterro.

A incineração emprega alta temperatura de fornos para a queima de resíduos, que entram em combustão completa. Isso garante o tratamento sanitário e a destruição de componentes orgânicos e minimiza a presença de resíduos combustíveis nas cinzas resultantes.

IMPACTOS AMBIENTAIS

A incineração de resíduos se mostra como uma adequada escolha, do ponto de vista da eficiência na conversão energética. A capacidade de diminuir o volume de resíduos a ser destinado a aterros sanitários aumenta a vida útil dos já existentes e diminui drasticamente a necessidades de aterros futuros. Atualmente a incineração possui sistemas tecnologicamente avançado de depuração de gases e de tratamento e recirculação dos líquidos do seu processo, tecnologia essa, que está apta a atender às mais exigentes leis ambientais brasileiras. O ganho na aplicação deste incinerador deve ser visto também pelo lado social, já que o aterro sanitário, cenário vigente, propicia uma intensa degradação de grandes extensões de área, causando desvalorização das mesmas, bem como problemas de vizinhança, seguido de problemas de saúde pública.

Os remanescentes da incineração são constituídos de gases como dióxido de carbono, dióxido de enxofre, nitrogênio, oxigênio, água, cinza e escórias. Quando a combustão é incompleta pode aparecer monóxido de carbono e particulados, que são constituídos de carbono finamente dividido (Lima, 1995).

As unidades de incineração variam desde instalações pequenas, projetadas e dimensionadas para um resíduo específico, até grandes instalações de propósitos múltiplos, para incinerar resíduos de diferentes fontes. No caso de materiais tóxicos e perigosos, estas instalações requerem equipamentos adicionais de controle de poluição do ar, com consequente demanda de maiores investimentos.

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