Estimativas ou cálculos
Tese: Estimativas ou cálculos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: SILVAKARLA • 15/4/2014 • Tese • 2.327 Palavras (10 Páginas) • 193 Visualizações
Capítulo I - Estimativas ou Cálculos
A guerra é um assunto de vida ou morte para um Estado, deve então ser seriamente estudada.
Cinco fatores são fundamentais:
1) A moral: um soberano deve ter a confiança de seu povo para conseguir levá-lo à guerra e arriscar suas vidas.
2) O clima: compreensão e bom uso das estações do ano.
3) O terreno: as condições físicas da geografia local, o cálculo das distâncias.
4) O comando: as cinco qualidades básicas de um general, a saber, a coragem, o rigor, a sabedoria, a sinceridade e a humanidade.
5) A Doutrina: tudo que concerne à manutenção e administração das tropas.
O conhecimento desses cinco fatores possibilitará a previsão de que lado vencerá. Aquele que melhor souber usá-los poderá criar situações que o levem à vitória.
Sete cálculos respondem sobre a vitória.
1) Quem pode unir povo e exército?
2) Quem tem um melhor comandante?
3) Quem tem vantagem sobre o terreno e o clima?
4) Quem pode garantir mais ordem e disciplina?
5) Quem tem um exército superior?
6) Quem tem homens mais treinados?
7) Quem tem um sistema mais justo de recompensa e punição?
Com muitos cálculos pode-se vencer, com poucos não. Mas sem eles as chances são nulas.
Toda guerra baseia-se no ardil, um bom comandante sempre dissimulará as suas reais condições com o intuito de ludibriar o inimigo e criar as condições de vitória.
Capítulo II - A Condução da Guerra ou Planejamento
Os custos de uma guerra são muito elevados para qualquer Estado, a manutenção das tropas por longos períodos de tempo leva um reino à ruína. Assim, a chave da guerra está na vitória e não na sua prolongação.
Capítulo III - Estratégia Ofensiva
Na guerra, o objetivo é tomar o Estado intacto. A habilidade consiste em derrotar o inimigo sem lutar.
Portanto deve-se primeiro atacar a estratégia do inimigo; em seguida deve-se romper as alianças dele; o melhor passo seguinte é atacar seus exércitos.
A pior atitude é cercar uma cidade, pois isso consome recursos e tempo.
Aquele que consegue tomar o império intacto, não cansa suas tropas e domina a arte da estratégia ofensiva.
No uso das tropas assim é que se deve proceder:
a) Quando suas tropas estiverem na proporção de dez para um em relação ao inimigo, cerca-o.
b) Quando tiver cinco para um, ataca-o.
c) Se a força dele é o dobro da sua, divide-o.
d) Se sua força for numericamente mais fraca, certifique-se da possibilidade de retirada.
e) Havendo equilíbrio de forças, vá à combate. Prevalecendo a igualdade, tente enganá-lo.
O comando das tropas cabe exclusivamente ao general, existem três modos de um governante atrapalhar seu exército:
a) Quando não sabe quando atacar ou recuar e interfere nas ordens do general.
b) Quando ignora os assuntos militares e se intromete na administração dos exércitos.
c)Quando participa do exercício da responsabilidade, dividindo a cadeia de comando e confundindo os oficiais.
Existem, assim, cinco modos de ganhar:
a) Saber quando combater ou não.
b) Saber utilizar a força máxima de um exército, numeroso ou não.
c) Possuir tropas firmes no apoio ao seu comandante.
d) Ser prudente e aguardar uma imprudência do inimigo.
e) Possui generais hábeis e independentes.
Estas cinco matérias, garantem a vitória, pois aquele que conhece a si e ao inimigo, será invencível; aquele que conhece a si mas desconhece o inimigo terá chances iguais de vitória e derrota; aquele que desconhece a si e ao inimigo, corre risco constante.
Capítulo IV - Disposições ou O Poder da Defesa
Os homens letrados na guerra podem fazerem-se invencíveis, mas não podem ter certeza da vulnerabilidade do inimigo. Assim, é possível saber vencer, mas não se garante conseguir vencer.
A invencibilidade reside na defesa; a possibilidade de vitória, no ataque. Aquele que está em inferioridade de forças, defende-se; aquele que é superior, ataca.
Quem domina os elementos da arte da guerra, não será aclamado por suas vitórias no campo de batalha, pois vence sem cometer erros, combate um inimigo já derrotado. Isso o vulgo não compreende, nem valoriza. O perito se torna primeiro invencível e espera a falha do inimigo.
Os elementos da arte da guerra são:
1) A medida do espaço: possibilita o cálculo dos custos.
2) O cálculo dos custos: garante as estimativas de forças.
3) As estimativas: levam à comparação das forças.
4) As comparações dos números, possibilitam o cálculo das probabilidades de vitória.
5) As probalilidades de vitória. Assim um exército luta como a água que corre do desfiladeiro.
Capítulo V - Energia ou Formação
Dirigir muitos é o mesmo que dirigir poucos, é uma questão de organização.
Do mesmo modo, comandar muitos é o mesmo que comandar poucos, é uma questão de comunicação.
Numa guerra, os exércitos se valem de ataques diretos e indiretos (ataques-surpresa). Mesmo só existindo esses dois tipos, suas combinações
...