Estrela Kaufman
Artigo: Estrela Kaufman. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: yansantos • 23/9/2013 • 863 Palavras (4 Páginas) • 313 Visualizações
UMA HISTÓRIA DE PAIXÃO: ESTELA KAUFMAN FAINGUELERNT
E O ENSINO DA GEOMETRIA
CO
Marcelo Ferreira Martins Salvador
Universidade Severino Sombra
marcelosalvador@terra.com.br
A presente comunicação tem por finalidade apresentar minha pesquisa do Mestrado Profissional de Educação Matemática na Universidade Severino Sombra, inserida na linha de História da Educação Matemática, que teve como objetivo geral levantar vestígios na formação matemática e na prática docente da Professora Estela, a fim de sinalizar o que a impulsionou a centrar sua docência e produção na área da Geometria.
Essa pesquisa está pautada em base teórico-metodológica da Nova História Cultural (NHC), seguindo orientações de Certeau (2008), Valente (2007) e Prost (2008). Baseia-se em fontes tais como: obras publicadas e outras produções que contam com a autoria da Professora Estela, depoimentos orais dela e de pessoas que trabalharam junto a ela, além de cerca de dois mil e quatrocentos documentos com os registros que estão constituindo atualmente o Arquivo Pessoal Estela Kaufman Fainguelernt (APEKF). Teóricos como Gomes (1998) e Prochasson (1998) auxiliaram esse trabalho historiográfico com bases em arquivo pessoal.
Estela Kaufman Fainguelernt se formou em 1955 pela Faculdade Nacional de Filosofia no Rio de Janeiro. Tem atuado na área de Educação Matemática, centrando seus trabalhos na linha de formação de professores.
As concepções de Geometria com que Estela se envolveu durante sua prática e suas obras foram marcadas pela ânsia de buscar formas diversificadas e mais agradáveis para o ensino de Matemática, com evidência em uma abordagem da Geometria feita de maneira a sempre valorizar a construção dos conceitos e a visualização para se chegar à abstração. Percebi que procurava desenvolver as atividades propostas através de diferentes representações. Por exemplo, passava do produto cartesiano de dois subconjuntos finitos de números naturais ao plano cartesiano ortogonal. Depois da representação, os alunos eram colocados diante de uma situação problema para serem discutidas possíveis soluções e para que pudessem comparar e analisar os diversos resultados.
Como essa pesquisa estava vinculada a um Programa de Mestrado Profissional teve que atender a determinadas condições: uma delas foi a existência de uma carga horária de estágio supervisionado e a outra, a elaboração de um produto que fosse útil à formação docente. Contemplando esse último item, foi produzido um livreto – Geometrias: do arquivo da Estela à sala de aula – que, a partir do resgate de sugestões compiladas junto ao APEKF, apresenta uma coletânea de atividades envolvendo a docência em Geometria. Essas atividades, que no livreto encontram-se comentadas, foram vividas por professores em oficinas ao longo do estágio supervisionado e foi interessante ver a reação dos professores diante das propostas, principalmente as relacionadas ao ensino fundamental II. Propostas trazidas de um passado, de quase três décadas anteriores, mas, que para muitos professores, ainda eram inovadoras. É que, na maioria das vezes, os atuais livros didáticos não exploram, de maneira mais prazerosa, a forma como chegaram a determinados conceitos.
Cabe ressaltar que muitos autores criticam a exclusão do estudo da(s) Geometria(s) principalmente durante o período em que o Movimento da Matemática Moderna (praticamente nas décadas de 1960 a 1980), mas pude observar que a professora Estela atravessou-o de forma engajada em mudar a sua prática, mesmo no que diz respeito as Geometria(s). Através do aperfeiçoamento junto a professores que traziam práticas do
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