Estruturas De Mercado
Trabalho Universitário: Estruturas De Mercado. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Reinaldoba • 16/9/2013 • 2.192 Palavras (9 Páginas) • 797 Visualizações
As diferentes estruturas de mercado estão condicionadas por três variáveis principais: número de firmas produtoras no mercado; diferenciação do produto; existência de barreiras à entrada de novas empresas.
No mercado de bens e serviços, as formas e mercado, segundo essas três características, são as seguintes: concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolística (ou imperfeita) e oligopólio.
No mercado de fatores de produção, é definido as formas de mercado em concorrência perfeita, concorrência imperfeita, monopólio e oligopólio no fornecimento de insumos.
Formação de Preços
Existe uma série de modelos sobre o comportamento das empresas na formação de preços de seus produtos. A diferença maior entre esses modelos está condicionada ao objetivo ao qual a firma se propõe: maximizar lucros, maximizar participação no mercado, maximizar margem de rentabilidade sobre os cursos, etc. Quanto aos seus objetivos, as empresas defrontam-se com duas possibilidades principais: maximizar lucro e maximizar mark-up (margem sobre os custos diretos). Dentro da teoria neoclássica ou marginalista, o objetivo da firma é sempre maximizar o lucro total. Se a empresa aumenta a produção e a recita adicional for maior que o custo adicional, o lucro estará aumentando e a empresa neste caso, não encontra seu ponto ideal de equilíbrio. Se a receita adicional for menor que o custo adicional, o lucro estará caindo e o prejuízo aumentando. A recita marginal deve ser igualada ao custo marginal.
As hipóteses do modelo refletem o funcionamento de um mercado completamente livre, sem barreiras e totalmente transparente.
Hipótese da atomicidade: é um mercado com infinitos vendedores e compradores, de forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço no mercado. Assim, o preço no mercado é um dado fixado para empresas e consumidores;
Hipótese da homogeneidade: Todas as firmas oferecem produto semelhante, homogêneo. Não há diferenças de embalagem, qualidade nesse mercado;
Hipótese da mobilidade de firmas (livre entrada e saída de firmas e compradores no mercado):mercado sem barreiras à entrada e saída, tanto de compradores como de vendedores.
Hipótese da racionalidade: Os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, os agentes agem racionalmente.
Transparência de mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, a qualidade, os custos, as receitas e os lucros dos concorrentes;
Hipótese da mobilidade de bens: Existe completa mobilidade de produtos entre regiões, o seja, não existem transporte; não considera a localização espacial de vendedores e consumidores.
Inexistência de externalidades: representam influências de fatores externos nos cursos das firmas e na satisfação dos consumidores. No modelo de concorrência perfeita, supõe-se ainda que não existam externalidades, ou seja, nenhuma firma influi no custo das demais e nenhum consumidor afeta o consumo dos demais.
Hipótese da divisibilidade: é uma hipótese matemática, não essencial, que objetiva auxiliar a compreensão do funcionamento do modelo, trabalhando com curvas contínuas e diferenciáveis, facilitando a utilização dos conceitos marginalistas por mio de técnicas matemáticas de diferenciação e derivação.
Mercado de fatores de produção também em concorrência perfeita: Todas as hipótese anteriores também valem para o mercado de fatores de produção.
Para que seja determinado o ponto de produção ideal para uma empresa em concorrência perfeita, o ponto em que o lucro é máximo, é necessário determinar como se comporta a demanda desse mercado, que permitirá uma previsão das receitas da firma, e como se comportam seus custos.
A longo prazo, não existem custos fixos, ou seja, todos são variáveis. O lucro normal reflete o real custo de oportunidade do capital empregado na atividade empresarial. É o valor que o mantém na atividade; se ele fosse mais baixo, o empresário sairia do mercado, porque ganharia mais em outro ramo. O lucro normal pode ser associado a uma espécie de taxa de rentabilidade média do mercado. O que exceder ao lucro normal é chamado de lucro extraordinário: o empresário recebe mais do que deveria receber, de acordo com seu custo de oportunidade. A longo prazo, em concorrência perfeita, só existem lucros normais. Em concorrência perfeita, supõe-se que os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas empresas para esse mercado. Dessa forma, em concorrência perfeita, a longo prazo, com a atração de novas firmas, a oferta de mercado aumenta, e a tendência é de que os lucros extraordinários tendam a zero, existindo apenas os lucros normais.
Monopólio
Uma estrutura de mercado monopolista apresenta três características principais: uma única empresa produtora do bem ou serviço, não há produtos substitutos próximos, existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.
As barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado podem ocorrer de três formas: monopólio puro ou natural (devido à alta escola de produção requerida, exige um levado montante de investimentos), proteção de patentes (direito único de produzir o bem); controle sobre o fornecimento de matérias primas chaves e tradição no mercado.
Uma hipótese implícita no comportamento do monopolista é que ele não acredita que os lucros elevados que obtém a curto prazo possam atrair concorrentes, ou que os preços elevados possam afugentar os consumidores, ou seja, acredita que, mesmo a longo prazo, permanecerá como monopolista.
Uma categoria diferenciada de monopólio é o estatal ou institucional, protegido pela legislação, normalmente em setores estratégicos ou de infra-estrutura.
Como em uma concorrência perfeita, o ponto de equilíbrio do monopolista, ou seja, no qual ele maximiza o lucro, também ocorre quando a receita marginal e o custo marginal são iguais.
A firma monopolista não tem curva de oferta, pois não tem uma curva que mostre uma relação estável dente determinados preços de venda correspondentes a determinadas quantidades produzidas, pois podemos ter vários preços para apenas uma quantidade vendida. Na realidade, a oferta é um ponto único sobre a curva de demanda.
A existência de barreiras à entrada de novas firmas permitirá a persistência de lucros extraordinários também a longo prazo, sendo suposto que o monopólio não será afetado no longo prazo.
Concorrência
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