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Eta E Ira

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Por:   •  27/10/2014  •  818 Palavras (4 Páginas)  •  280 Visualizações

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IRA e ETA são dois grupos terroristas europeus que reivindicam o domínio de diferentes territórios do continente. Trataremos abaixo sobre cada um deles.

IRA

O Exército Republicano Irlandês, mais conhecido como IRA (do inglês Irish Republican Army), é um grupo paramilitar católico que intenciona que a Irlanda do Norte separe-se do Reino Unido e seja reanexada à República da Irlanda.

Os conflitos na região do norte da Irlanda se dão desde o século XII, quando o rei da Inglaterra Henrique II conquistou a ilha da Irlanda. Assim, o Estado que era oficialmente católico passou a ser dominado pelos ingleses, cuja maior parte da população é protestante.

Todo o contexto conflituoso se agravou ainda mais quando foi instalada uma política de colonização na qual as terras da população católica foram distribuídas aos protestantes, em especial, no território do norte da Irlanda. Além de terem suas terras confiscadas, a população católica era discriminada pelos protestantes e submetida a leis de segregação, sendo, por exemplo, obrigada a viver nos bairros mais precários da região, que são separados por muros e arames farpados.

A divisão territorial da Irlanda e a desigualdade religiosa foram causas de inúmeros conflitos na região. A minoria católica reivindicava a reunificação e a independência do país, enquanto a maioria protestante lutava para que a região permanecesse sob o domínio da coroa inglesa.

Em meio a tantos conflitos e acordos de paz não cumpridos entre católicos e protestantes, surge, no início do século XX, o Exército Republicano Irlandês, comumente conhecido como IRA, um grupo paramilitar formado por nacionalistas católicos, cujo objetivo era garantir a autonomia do território da Irlanda do Norte.

Para alcançar tal objetivo, o IRA lançava mão de atentados a bomba e ataques armados contra civis e militares protestantes, sendo, por isso, classificado como um grupo terrorista. Uma das principais ofensivas lançadas pelo IRA foi a explosão de 22 bombas na cidade de Belfast, com um saldo de 9 mortos e 130 pessoas feridas. O ocorrido recebeu o nome de Bloody Friday (Sexta-feira Sangrenta), e foi uma resposta ao atentando que ficou conhecido como Bloody Sunday (Domingo Sangrento), em que houve o massacre de 14 irlandeses católicos alguns meses antes.

Para a minoria católica, o IRA representava a única força capaz de garantir a segurança daquela população contra o governo britânico e os ataques protestantes. Embora tenham existido muitos outros grupos paramilitares, tanto católicos republicanos quanto protestantes monárquicos, o IRA foi o mais bem organizado, com ações muito bem arquitetadas. Isso fez com que comunidades de descendentes irlandeses nos Estados Unidos oferecessem apoio financeiro ao grupo, que passou a ter meios de expandir suas ações armadas até o Reino Unido.

Durante décadas de conflitos, ocorreram aproximadamente 3.500 mortes por atentados na Irlanda. A partir de 1990, começaram as negociações de paz e, em 1998, o IRA juntamente com o unionista David Trimble e o primeiro ministro Tony Blair assinaram o Acordo de Ulster, que conferia um pouco mais de autonomia à Irlanda do Norte. No mesmo ano, o IRA anunciou a deposição de armamentos, porém, o grupo só desistiu

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