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Farmacologia

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Por:   •  10/2/2014  •  Tese  •  1.357 Palavras (6 Páginas)  •  792 Visualizações

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1. FARMACOLOGIA GERAL

1.1 Introdução

Entre as ciências biológicas, a farmacologia ocupa lugar sui generis. Sem limites, possui raízes profundas nas ciências básicas, ramifica – se em todas especialidades médicas, invade a psicologia, a sociologia, a ecologia, a agricultura, a guerra. Quando se define a farmacologia como estudo da interação de compostos químicos com os organismos vivos, a amplitude do seu campo logo se torna patente. O sistema vivo pode ser uma organela celular, uma célula, um órgão isolado, um sistema ou um organismo inteiro. O agente químico pode apresentar – se como molécula bem definida ou sob forma de um extrato ou mistura de composição não totalmente conhecida.

Na realidade, a farmacologia reflete a natureza. Esta, nos seus processos vitais, sempre utiliza um composto químico como intermediário indispensável, desde os mais básicos atos fisiológicos, como a digestão (enzimas), até as manifestações mais complexas do sistema nervoso central e comportamento (neurotransmissores). A farmacologia estuda o resultado da interação da droga com o sistema biológico. A resposta ou efeito dessa interação pode apresentar diversas gradações, simplificadas em dois grandes tipos: benéficos ou maléficos.

No primeiro caso, a droga que provoca efeito benéfico passa a chamar – se medicamento e é utilizada na prática médica, sob várias modalidades de aplicação, sempre em benefício do paciente; no segundo caso a interação produz efeito maléfico para o sistema vivo, a droga se chama tóxico e seu estudo constitui objeto da toxicologia.

1.2 Formas farmacêuticas

Por diversos motivos de ordem prática, as drogas não são administradas no seu estado puro ou natural aos pacientes, mas sim como parte de uma formulação, ao lado de uma ou mais substâncias não – medicinais que desempenham várias funções farmacêuticas. Esses adjuvantes farmacêuticos tem por finalidade solubilizar, suspender, espessar, diluir, emulsionar, estabilizar, preservar, colorir e melhorar o sabor da mistura final, a fim de fornecer de uma forma farmacêutica agradável e eficiente dos agentes medicamentoso que ela encerra. A forma farmacêutica da droga – medicamento, isto é, sua apresentação final, pode ser comprimido, xarope, ampola etc. A ciência que trata das formas farmacêuticas é a farmacotécnica, um dos ramos da farmácia, hoje quase inteiramente industrializada.

As vantagens das formas farmacêuticas foram sintetizadas por Ansel e Popovich do seguinte modo:

1. possibilidade de administração de doses exatas das drogas;

2. proteção da droga contra influência do suco gástrico (medicamentos em forma de drágeas, com revestimento entérico);

3. proteção contra influência de oxigênio e umidade atmosféricos (comprimidos recobertos, ampolas fechadas);

4. mascarar sabor ou odor desagradáveis da droga (cápsulas, drágeas, xaropes de sabor agradável);

5. apresentar formas farmacêuticas líquidas de substâncias que sejam insolúveis ou instáveis nos veículos habituais (suspensões);

6. apresentar preparações líquidas de substâncias solúveis nos veículos habituais (soluções);

7. fornecer ação prolongada ou continuada da droga através de uma forma de liberação prolongada (comprimidos, cápsulas e suspensões especialmente fabricados);

8. proporcionar ação adequada da droga através da administração tópica (unguentos, cremes, preparações para uso nasal e otológicos);

9. facilitar a colocação da droga num dos orifícios do corpo (supositórios, óvulos);

10. facilitar a deposição das drogas na intimidade do tecido do corpo (injeções);

11. proporcionar ação adequada da droga através da terapêutica inalatória (inalantes, aerossóis).

O tipo de forma farmacêutica, em determinado caso clínico, depende das características do paciente e da doença.

1.2.1 Exemplos de formas farmacêuticas

1. Para uso interno – via oral

• Sólidos

• Pós

• Aglomerados

• Pílulas

• Pastilhas

• Comprimidos

• Cápsulas

• Drágeas

• Granulados

• Líquidos

• Soluções

• Simples

• Compostas

• Xaropes

• Elixires etc

• Dispersões

• Emulsões

• Suspensões

2. Para uso externo

• Cutâneo (tópico)

• Pomadas

• Cremes

• Unguentos

• Pastas

• Cataplasmas

• Loções

• Retal (supositórios)

• Vaginal

• Óvulos

• Comprimidos

• Geléias

• Oftalmológico

• Otorrinolaringológico

3. Para uso parenteral

• Grandes volumes

• Nutrição parenteral prolongada

• Pequenos volumes (ampolas, injeções)

• Intramuscular

• Intravenoso

• Intrarraquidiano

• Contraste radiológico

• Intradérmico (pellets)

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