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Exames: Ffsfsf. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: RaayAliani • 19/3/2015 • 569 Palavras (3 Páginas) • 257 Visualizações
COSTA, Wagner. Quando meu pai perdeu o emprego. 23. ed. São Paulo: Moderna, 1993.
Wagner Costa é jornalista, autor de contos, de peças de teatro como Cena Aberta, De amor e Verdade, De Verdade e Amor, além do livro Quando Meu Pai Perdeu o Emprego. Costa diz que escreve porque acredita naquilo que acontece quando a palavra chega e se aninha no coração e na consciência das pessoas.
Obra destinada a um público jovem, o livro aborda o tema desemprego, um grave problema social que aflige tantas famílias no país.
A gíria é a linguagem utilizada pelo narrador-personagem, Pepê, o que aproxima texto e leitor e faz tudo parecer mais real. Ficção e realidade se confundem, já que a história narrada é bem parecida com a vida de muitos adolescentes que, como Pepê, têm que dividir o tempo entre o trabalho e o estudo, para ajudarem na renda familiar.
Pepê, Betão, Ju e Caró, antes de a tempestade do desemprego chegar, moravam numa boa casa, estudavam em escola particular, tinham tudo do bom e do melhor, gozavam, por assim dizer, de uma vida cheia de mordomias. O pai era liberal e dava tudo que os filhos queriam, sem exigir nada em troca, nem responsabilidade. Mas, de um dia para o outro, tudo mudou. O pai ficou desempregado e ainda perdeu toda a reserva de dinheiro num negócio que não dera certo. E agora? Como enfrentarão o problema?
As coisas na vida da família ficam complicadas, os pais não se entendem e passam a viver no maior bate-boca. O desespero toma conta de todos. De um lado, o pai totalmente perdido, deprimido e desesperado, sem saber o que fazer para reverter a situação, e de outro os filhos sem entender o que se passava, por não conhecerem a verdade. É nesse clima de tensão, conflitos e tristezas que chega o avô das crianças, o Capitão Esperança.
Capitão Esperança é quem ajuda a família nas horas difíceis e com um jeitinho todo especial explica para as crianças que não é vergonha ter o pai desempregado. É ele quem cria a Nave Azul e todos da família passam a ser os tripulantes.
O autor consegue retratar em 60 páginas quais são as dificuldades enfrentadas por um desempregado e sua família: angústia, revoltas e conflitos, que podem levar ao desespero ou a solidariedade. E, quando aponta soluções para os problemas, acaba indiretamente orientando os leitores que não estão livres de passarem por uma situação semelhante, uma vez que o Brasil é o 4º país do mundo em desemprego.
É de fato uma obra excelente, realista e comovente, capaz de levar à reflexão, e quem ainda não foi vítima do desemprego entenderá que não adianta revoltar-se como fez Betão, sendo preciso se pôr na luta como Pepê e todos os outros da família: enfrentar a situação juntos “na base do um por todos e todos por um” (p. 09), como disse o Capitão Esperança em sua mensagem aos tripulantes na Nave Azul.
Professora Francisca P. Martins, em 1999.
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