Figuras geométricas abstratas
Tese: Figuras geométricas abstratas. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: julylinhares • 8/12/2014 • Tese • 302 Palavras (2 Páginas) • 232 Visualizações
Daí começou a obsessão romana por representações plásticas de pessoas e objetos, baseados no estudo feito por Vitrúvio, sobre as simetrias bilaterais dos ossos e dos músculos, dos olhos e ouvidos. Vitrúvio concluiu que isso poderia ser traduzido na arquitetura. A partir desse momento, os romanos começaram a projetar sua cidade com base nas regras de correspondência bilateral e privilegiando a percepção visual linear.
Figuras geométricas abstratas são atemporais, característica tranquilizadora para os romanos quanto a imagem da cidade.
"A persistência da cidade corria em sentido contrário ao tempo durante o qual o corpo humano ultrapassava fases de crescimento e decadência, planos derrotados e esquecidos, lembranças de faces obscurecidas pelo envelhecimento ou desespero". Adriano reconheceu que a experiência que o homem tem de seu corpo conflitava com a ficção do lugar chamado Roma.
Já os cristão romanos, tentavam vivenciar o tempo em seus corpos, na expectativa de que por meio da conversão religiosa o caos dos desejos deixaria de afligi-los; o peso da carne se tornaria mais leve à medida que se aproximasse do Poder imaterial. Eles pensavam que quanto maior fosse sua fé, menos se sentiriam presos aos lugares que viviam.
Apesar disso, os devotos iam orar no templo de Adriano, ressurgindo o senso de lugar e consequente diminuição da necessidade de transformar seus corpos.
Portanto, a passagem do politeísmo para o monoteísmo desvendou o grande drama do corpo, do lugar e do tempo. A era de Adriano tomou o lugar do intenso amor dos gregos pela pólis. Se por um lado, o pagão não se entregaria ao reino da pedra sem incertezas, o cristão não poderia mais doar seu corpo a Deus.
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