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Filme: Tempos Modernos (Modern Times), EUA, 1936.Direção:Charles Chaplin.

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Por:   •  23/10/2013  •  373 Palavras (2 Páginas)  •  945 Visualizações

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Filme: Tempos Modernos (Modern Times), EUA, 1936.Direção:Charles Chaplin.

“Não sois máquinas! Homens é que sois!”

(Discurso de Charles Chaplin no final do filme “O grande ditador”

Charles Chaplin, trata de maneira cômica uma realidade totalmente cruel. O filme é uma crítica ácida aos tempos da Revolução Industrial, no qual as máquinas tiravam o emprego dos funcionários e quando haviam funcionários, estes eram apenas meros coadjuvantes. Os operários são apenas mais uma pilha de recursos que geram lucros à classe dominante. O fato dos trabalhadores serem tratados como recursos é uma das marcas primordiais da Industrialização Clássica. Era uma forma perversa de tratarem os operários, pois não havia leis trabalhistas, na época, eles trabalhavam longas horas, sem horário definido de intervalo.

Outro aspecto que chama atenção no filme é o predomínio completo do trabalho abstrato sobre o trabalho concreto, ou seja, ao capital não interessa a forma como está sendo produzido ou que está sendo produzido, somente importa é que está sendo criado valor. Daí não sabermos exatamente qual a mercadoria que Carlitos produz, e certamente, nem mesmo os operários da fábrica o sabem. Assim, não existe qualquer identificação do trabalhador com seu trabalho, nem com a mercadoria produzida por ele.

Mesmo com toda a crítica social que é feita, a reação do personagem Carlitos ao sistema é feita de maneira individual e não coletiva. Quando eclode a Grande Depressão de 1929, que coincide com a saída do personagem do hospício, é levado à prisão acusado de ser líder comunista por empunhar uma bandeira (pretensamente vermelha) em frente a um grupo de trabalhadores que fazia uma passeata na rua. Carlitos é visto como o cidadão comum, não politizado, mas que pelo simples gesto de buscar devolver a bandeira que tinha caído do caminhão é acusado de líder da revolta operária. Em outro momento, quando eclode uma greve na fábrica em que trabalha, também por acidente é acusado de agressão a um policial que viria reprimir a greve.

No final do filme, quando sua amiga indignada com a situação de perseguição, miséria e desemprego pergunta: “para que tudo isso?” ele responde: “levante a cabeça, nunca abandone a luta”. No entanto, a reação dos dois não é o enfrentamento contra o capital, é retirar-se da cidade, indo em direção ao campo.

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