Finanças
Artigo: Finanças. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: carolinejk • 21/11/2013 • 3.516 Palavras (15 Páginas) • 1.311 Visualizações
Questão 1) Seu melhor amigo tem um emprego no qual ganha R$ 40.000,00 por ano, e tem uma poupança de R$ 30.00000, remunerada à taxa de 20% ao ano. Ele pensa em mudar de vida, deixando o emprego e abrindo um negócio no qual ele investiria toda a sua poupança, e está pedindo sua ajuda para tomar a decisão. (Nota: a remuneração da poupança é uma renda que o individuo obtém regularmente)
a) Como você explicaria a ele o conceito de custo de oportunidade e como ele é fundamental na hora de tomar a decisão?
Custo de oportunidade é aquilo que temos de abrir mão para obtermos algo. Sair do emprego e investir em um negócio implica em abdicar de sua remuneração, valor de sua poupança e respectivo investimento.
O custo de oportunidade de abrir um negócio é o montante que se deixa de ganhar. No caso em tela o amigo deixa de ganhar o salário de R$ 40.000 por ano mais a rentabilidade de 20% do seu capital que está na poupança, equivalente a R$ 6.000. Totalizando R$ 46.000.
Por outro lado o custo de oportunidade de manter-se no emprego é a rentabilidade estimada que o novo negócio lhe trouxesse em lucros futuros.
Desse modo, o amigo deve escolher pela opção que possui o menor custo de oportunidade. Ou seja, ele deve escolher a opção de que menos tenha que abrir mão.
As tomadas de decisões exigem comparações e custos e benefícios. Ao avaliar o custo de oportunidade o amigo estará apto a avaliar se a mudança de vida será favorável financeiramente ou não.
b) Ele lhe diz então que espera faturar R$ 100.000,00 ao ano com as vendas, mas também espera gastar R$ 55.000,00 com despesas de aluguel, salários de funcionários e compra dos produtos. Qual conselho você daria a ele sobre a abertura ou não do negócio?
Neste caso aconselha-se a não abrir o negócio, pois permanecer no emprego tem menor custo de oportunidade. Observe-se:
O custo de oportunidade de abrir um negócio é o montante que se deixa de ganhar. No caso em tela o amigo deixa de ganhar o salário de R$ 40.000 por ano mais a rentabilidade de 20% do seu capital que está na poupança, equivalente a R$ 6.000. Totalizando R$ 46.000.
Todavia, o custo de oportunidade de manter-se no emprego é de R$ 45.000, considerando o faturamento de R$ 100.000 menos R$ 55.000 relativos às despesas.
c) Como seu conselho pode se alterar se a remuneração da poupança se reduz para 10% ao ano?
Se a remuneração da poupança reduz para 10% ao ano, aconselha-se a abertura negócio. Uma vez que o custo de oportunidade para o investimento do novo empreendimento é de R$ 43.000 (40.000 salário + 10.000 rendimento), menor que o custo de oportunidade de permanecer na empresa que é de R$ 45.000.
Questão 2) O que o déficit orçamentário (déficit fiscal) do governo e como ele pode afetar a taxa de juros real e o crescimento de um país?
O déficit orçamentário ocorre quando o resultado das contas do setor público é negativo. Trata-se da comparação da arrecadação tributária menos os dispêndios totais do governo, sendo este a soma de gastos com salários e custeio, seus investimentos e as despesas financeiras.
Nota-se que os títulos da dívida pública em poder dos investidores formam a dívida pública. Esta dívida gera despesas financeiras para o governo. Normalmente, os governos rolam as suas dívidas, ou seja, a dívida que vence hoje é paga com novos lançamentos de títulos que vencerão no futuro. Quando ocorre o déficit orçamentário, além de ter que financiar o principal também tem que financiar as despesas financeiras.
Esta situação torna-se uma bola de neve fazendo com que a dívida cresça. Consequentemente abala-se a credibilidade do governo como devedor. Os investidores observam a evolução da dívida/PIB, considerando o principal indicador de solvência do país. Se a dívida estiver crescendo mais rapidamente do que o PIB, os investidores reconhecem um aumento no risco dos títulos públicos e exigem juros maiores e prazos menores para financiar o governo. Deste modo, eleva-se a taxa de juros.
A elevação da taxa de juros tende a reduzir despesas de consumo. Tanto as pessoas que compram a crediário ou a vista reduzem seu consumo. Ademais, com o encarecimento do capital de terceiros, as empresas também reavaliam seus projetos de investimentos. De maneira geral freiam-se os investimentos. Caso o retorno esperado sobre um projeto de investimento produtivo seja inferior a taxa de juros, ele certamente será abandonado ou adiando. Em grandes escalas essa falta de investimento prejudica o crescimento do país em longo prazo. Um país ascende economicamente de forma sustentável quando seus pilares são investimentos em capital físico, humano e conhecimento tecnológico e não em simples especulação monetária.
Questão 3) Em fevereiro de 2003, o então ministro Palocci aumentou a meta de superávit primário para 4,25% do PIB. Na entrevista em que anunciou este aumento, o ministro enfatizou a necessidade do Brasil adquirir credibilidade. Explique o que é superávit primário e porque este aumento reforçou a credibilidade do país.
O superávit primário ocorre quando o governo arrecada mais do que gasta. Ou seja, a arrecadação tributária é maior que os dispêndios totais do governo (gastos com salários e custeio, seus investimentos e as despesas financeiras).
Assim como qualquer devedor, a taxa de juros que o governo tem que pagar para colocar seus títulos depende de sua credibilidade. Isto é, depende da percepção do mercado da capacidade do Tesouro Nacional de honrá-los. O mercado financeiro presta atenção no comportamento da relação dívida pública/PIB. A dívida pública é o total de passivos do setor publico, é seu endividamento junto aos credores. Havendo um superávit primário, aumenta-se a confiança no pagamento da dívida pelo governo, consequentemente reforça a sua credibilidade. O governo brasileiro tem perseguido um superávit primário nas contas públicas, visando principalmente a estabilização da dívida em relação ao PIB.
Questão 4) O que é uma política fiscal expansionista e uma política fiscal contracionista?
Política fiscal expansionista é adotada quando é necessário estimular a demanda agregada. Ou seja, quando a economia está atravessando um período de recessão, há menores pressões inflacionárias e o desemprego está crescente. É preciso intervenção governamental para a expansão da economia. Neste caso aumentam-se
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