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Freud E Skinner

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Por:   •  20/9/2014  •  4.013 Palavras (17 Páginas)  •  281 Visualizações

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1 - Sigmund Freud

Freud nasceu em 06 de maio de 1856, na cidade de Freiberg, República Tcheca. Após o fracasso do comércio de lãs do pai, se mudou com a família para Leipzig, e posteriormente para Viena. Filho de um pai severo e uma mãe carinhosa, Freud vivia os dois extremos de uma relação familiar, onde, por muitas vezes, sentia medo do pai e ao mesmo tempo, um amor incondicional pela sua mãe, o que resultou em estudos baseados quase que em sua própria biografia.

“Um homem que foi sem dúvida alguma o preferido da mãe mantém durante a vida o sentimento de um conquistador e a confiança no êxito que muitas vezes induz à concretização do sucesso”. (Sigmund Freud)

Primogênito e bem amparado pela mãe, Freud se tornou um adulto confiante, ambicioso por grandes conquistas e glória. Demonstrava uma habilidade intelectual inquestionável e os pais, percebendo esse dom, sempre o incentivava para os estudos, chegando ao ponto de proibirem os irmãos a tocarem musicas para que não atrapalhasse Freud.

Foi aluno do ensino médio um ano antes do normal, e se formou aos 17 anos. Falava fluentemente alemão e hebraico, e estudava na escola Latim, Grego, Francês e Inglês. Apesar dessa rotina, estudava por conta própria, o Espanhol e o Italiano. Adquiriu o gosto pela ciência após conhecimento da Teoria de Darwin, optando, assim, pelo inicio no curso de Medicina, não para a prática e sim para a formação científica.

Em 1873 foi para a Universidade de Viena cursar Medicina, mas devido ao fato de ter estudado outros cursos paralelamente ao escolhido, se formou apenas oito anos depois, se especializando, também, em Biologia. Sua primeira pesquisa foi para determinar a estrutura dos testículos onde dissecou aproximadamente 400 enguias machos, o que já demonstrava uma inclinação para os assuntos relacionados à sexualidade.

Durante o período em que esteve na faculdade, também fez estudos com a cocaína, que na época não era proibida. Chegou a fazer uso dessa substância, induzindo a noiva, Martha Bernays, e os amigos a fazerem o mesmo. Tinha como certo que a droga ajudava a amenizar os sintomas da depressão que sofria, mas não teve o reconhecimento por essa tese. Publicou um trabalho citando os benefícios da droga e foi considerado responsável pela divulgação em grande escola e pela utilização da droga na Europa e Estados Unidos, o que gerou críticas quanto à defesa no consumo da cocaína para procedimentos médicos. Parou com o uso da droga e lutou grande parte da sua vida para apagar essas lembranças, omitindo, inclusive, esses estudos em sua própria biografia.

Após essa turbulência, Freud quis continuar os estudos científicos, mas não tinha condições financeiras para o mesmo. Resolveu, então, realizar os exames de medicina e atender pacientes para estabilizar e melhorar suas finanças. Em 1981 recebeu o titulo de doutor e passou a clinicar na área da neurologia. Nesse período, adiou o casamento diversas vezes por problemas financeiros. Pediram um empréstimo, casaram e tiveram seis filhos. Freud apresentava sinais de um ciúme incontrolável de sua noiva, chegando a escrever para ela em carta:

“A partir de hoje, você passa a ser visita para a sua família. Não deixarei você para ninguém. (...) Se não gosta tanto assim de mim para renunciar à sua família, então deve me abandonar e arruinar a sua vida. (...) Sim, a minha personalidade é realmente tirânica.” (Sigmund Freud)

Freud clinicava para, em grande maioria, mulheres da burguesia que alegavam histerias e distúrbios nervosos. Seu objetivo era curar e tratar seus pacientes sob o alívio psíquico. Para isso, utilizava métodos terapêuticos permitidos na época, porém percebeu que não surtiam efeito algum. Deu inicio à hipnose em seus tratamentos, conforme lhe havia sido sugerido anteriormente pelo médico Hippolyte Berhnheim (neurologista francês que trabalhava com hipnose) no primeiro congresso internacional de hipnotismo realizado em Paris (1889).

Em 1890, lançou juntamente com seu amigo Breuer, um livro sobe a histeria, onde já formulou a ideia de que a histeria se dá como uma manifestação, como se a anatomia não existisse, ou seja, como uma defesa ou proteção daquilo que é insuportável para a pessoa. Essa publicação abriu outros caminhos para Freud e a volta à sexualidade se firma em estudos voltados para a área.

Foi ao lado de Breuer que Freud progrediu da hipnose catarse para a sua invenção sobre a associação livre, ou seja, a psicanálise. Nesse período, teve sua doutrina voltada para a patogenia representada pela infância, devido a um trauma sexual que teve e de onde ele buscava trazer a consciência desses fatos, para o desaparecimento dos sintomas deixados por ele ou outro trauma. Freud descreveu a neurose da angústia e propôs uma psiconeurose de defesa, interligada a paranóia, tendo a autoanálise como principal linha de tratamento.

As amizades de Freud o ajudaram muito na mudança dos caminhos escolhidos para o estudo da psicanálise. Um mês após o nascimento da sua filha Mathilde, Freud conheceu o médico Wilhelm Flies, que estudava fisiologia e a bissexualidade, e se tornaram grandes amigos. Essa amizade gerou bons frutos e o médico, inclusive, tentou ajudar Freud a parar de fumar, mas não conseguiu porque Freud vinculava ao vício a sua capacidade intelectual.

Sua amizade com Fliess, além de abrir o caminho para a hipnose, fez com que ele abandonasse a teoria da sedução e publicasse um livro relatando os estudos sobre a histeria de algumas mulheres clinicadas por ele, permitindo com que ele desacreditasse da própria neurose. Freud começou a analisar seus sonhos em 1895 e após a morte do seu pai em 1897, descobriu que sentia um grande ciúme em relação ao pai, e intitulou de Complexo de Édipo. A partir desse momento, elaborou uma teoria sobre a fantasia, e um novo estudo sobre o sonho do inconsciente. Dessa nova teoria, acreditou que os sonhos tinham um sentido que ficava armazenado no subconsciente, provenientes de um conjunto de elementos que pertenciam ao sonhador em questão, excluindo a hipótese de que possa ser determinado sem a colaboração da pessoa que está sendo estudada.

Freud definiu que o sonho é composto por imagens, mas que só podem ser acessadas do inconsciente após a narração, ou seja, um tipo de texto obtido pelo sonhador que precisa ser decifrado. Eventos que aconteceram no dia, são representados pelo desejo no momento do sonho, que é formado a partir de técnicas especiais, incomum ao consciente, e condensado para um pensamento latente.

Como resultado desses estudos, Freud chegou a conclusão de que a psique

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