Fundamentos E Pratica Da Tesouraria
Artigos Científicos: Fundamentos E Pratica Da Tesouraria. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 8/11/2013 • 1.967 Palavras (8 Páginas) • 2.840 Visualizações
FUNDAMENTOS E PRÁTICA DE TESOURARIA
A tesouraria de empresas não financeira por ser uma área de apoio à unidade de negócio, não tem como finalidade a geração de lucro, porém, pode ser estruturada para agregar valores visando geração de lucro tais como:
• Viabilização econômica de projetos;
• Obtenção de recursos de custos adequados;
• Maximização da rentabilidade das aplicações financeiras.
FINALIDADE BÁSICA
Assegurar recursos e instrumentos financeiros necessários à manutenção e viabilização dos negócios da empresa.
FUNÇÕES DA TESOURARIA E RESPECTIVAS ATIVIDADES
• Planejamento financeiro
• Elaborar projeção de fluxo de caixa.
• Analisar a estrutura de capital e propor alternativas de financiamento.
• Estabelecer política de aplicação financeira.
• Estabelecer política de financiamento de capital de giro.
Segundo Gitman (1997, p. 589) O planejamento financeiro é um aspecto importante para o funcionamento e sustentação da empresa, pois fornece roteiros para dirigir, coordenar e controlar suas ações na consecução de seus objetivos.
Para Teló (web 2004) O planejamento financeiro estabelece o modo pelo qual os objetivos financeiros podem ser alcançados. Um plano financeiro é, portanto, uma declaração do que deve ser feito no futuro.
Dentro da estratégia financeira de uma empresa, o planejamento é ferramenta de vital importância, uma vez que o caixa determina a sobrevivência da empresa, e é através dele que se saberá se a empresa possui liquidez para saudar seus compromissos ou se necessitará fazer financiamentos. O planejamento financeiro evita surpresas e cria planos alternativos caso ocorram imprevistos. Conforme Teló (web 2004) O planejamento financeiro estabelece diretrizes de mudança e crescimento numa empresa, preocupando-se com uma visão global, com os principais elementos de políticas de investimento e financiamento da empresa.
Quando as estimativas e previsões a respeito do futuro revelam que a empresa não terá o resultado desejado por falta de recursos, cabe a mesma adquirir outras fontes de recurso ou rever suas estimativas.
No processo de planejamento financeiro é necessário levar em conta as incertezas internas e externas da empresa para que estas forças não afetem a mesma, uma vez que não se pode considerar a administração financeira como uma área isolada. Para isso, é necessário um vasto conhecimento do negócio, dentre os fatores externos citam-se a situação geral da economia, taxas de inflação, taxas de juros correntes e projetadas, aspectos tributários e aumento nos custos.
Segundo Gitman (1997, p. 589) As empresas utilizam-se de planos financeiros para direcionar suas ações com vistas a atingir seus objetivos imediatos e a longo prazo.
Os planejamentos financeiros costumam ser iniciados focando o alcance de objetivos a longo prazo e depois passam a visar os objetivos de curto prazo. O planejamento a curto prazo é denominado operacional e o a longo prazo estratégico. Para Telo (2004) O planejamento financeiro é desenvolvido fundamentalmente por meio de projeções, como estimativa mais aproximada possível da posição econômico-financeira esperada. Compreende a programação avançada de todos os planos da administração financeira e a integração e coordenação desses planos com os planos operacionais de todas as áreas da empresa.
ADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
A administração do fluxo de caixa envolve as seguintes atividades:
• Controlar os recursos disponíveis em bancos e em caixa.
• Elaborar e analisar a Demonstração do Fluxo de Caixa Realizado.
• Fazer conciliação bancária.
• Planejar e executar ações para suprir insuficiências de caixa.
• Planejar e executar ações para maximizar as sobras de caixa.
• Analisar alternativas de financiamento de capital de giro.
• Analisar antecipações de recebimentos e pagamentos.
Termo muito utilizado em contabilidade, o Fluxo de Caixa é um dos instrumentos que auxiliam no controle dos recursos monetário (receitas e despesas) de uma empresa, em um determinado período que pode ser diário, semanal, mensal, anual, etc. Pode também auxiliar o controle de despesas pessoais de qualquer pessoa.
É a partir do fluxo de caixa que importantes decisões são tomadas em uma empresa, pois é através da utilização de seus dados, e de variáveis, que o administrador realiza projeções futuras. Os dados que compõem um fluxo de caixa são as operações em que recursos financeiros são movimentados. Os principais são os seguintes:
• Entradas – contas a receber, dinheiro de sócios, empréstimos, vendas, saldo de aplicações, cheques à vista, cheques pré-datados, entre outras.
• Saídas – contas a pagar, compras à vista, pagamento de empréstimos, despesas gerais (custos fixos), salários, entre outras.
As projeções futuras realizáveis através da utilização adequada do fluxo de caixa fornecem importantes informações que servem de subsídios para a tomada de decisões. É através do fluxo de caixa que se torna possível a integração das informações do caixa central, com as informações das contas de aplicação, contas correntes, etc. São exemplos de informações:
• Prognosticar as necessidades de captação de recursos em determinado período, quando a projeção das saídas será maior do que as entradas.
Prever os períodos em que haverá sobras.
• Aplicar as “sobras” nas alternativas mais rentáveis para a empresa, de forma a não comprometer a liquidez.
• Avaliar projeções anteriores, as variações ocorridas e as causas dessas variações.
• Avaliar a capacidade da empresa em gerar recursos para suprir o aumento das necessidades de capital de giro.
• Idealizar projetos de expansão e investimento na empresa.
Para tanto, a organização e o registro de todas as movimentações que envolvam recursos financeiros de forma sistemática é essencial. A assessoria contábil é necessária para as grandes empresas. As pequenas e médias empresas que não utilizam o fluxo de caixa como ferramenta, correm o risco de desconhecer as potencialidades e fragilidades relativas a sua saúde financeira em um futuro próximo.
Por fim, a utilização do fluxo de caixa como ferramenta para o controle das despesas pessoais possibilita que o cidadão possa fazer previsões antecipadas de eventuais despesas e sobras, para, a partir destas informações planejar seu futuro, tanto a curto como a longo prazo.
NEGOCIAÇÃO E CONTROLE DE APLICAÇÕES FINACEIRAS
As negociações financeiras envolvem atividades como:
• Analisar os aspectos legais e financeiros das aplicações financeiras.
• Negociar e controlar as aplicações financeiras.
• Conceder limite de crédito para instituições financeiras.
• Conceder e analisar a rentabilidade das aplicações financeiras.
Deve-se fazer um estudo verificando qual investimento trará maior rentabilidade e saber qual é o limite de crédito mais viável para a instituição.
NEGOCIAÇÃO E CONTROLE DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
A negociação e controle de empréstimos e financiamentos envolvem as seguintes atividades:
• Analisar os aspectos legais e financeiros das modalidades de empréstimos e financiamentos.
• Negociar linhas de crédito com instituições financeiras.
• Negociar e controlar empréstimos e financiamentos bancários.
• Negociar e controlar operações de leasing.
• Controlar e analisar os custos de empréstimos e financiamentos.
É necessário verificar as necessidades e negociar uma linha de crédito com menos custos nos empréstimos e financiamentos.
NEGOCIAÇÃO E CONTROLE DE GARANTIAS E SEGUROS
A negociação e controle de garantias e seguros envolvem as seguintes atividades:
• Negociar linhas de crédito para fianças bancárias e seguro garantia.
• Controlar os instrumentos de garantia entregues a terceiros.
• Negociar comissões de fianças bancárias e prêmios de seguros.
• Analisar, controlar e manter a guarda dos instrumentos de garantia recebidos de fornecedores.
É necessário certificar-se que os documentos entregues são os mais seguros para a instituição e saber negociar com a seguradora.
ADMINISTRAÇÃO DE RISCOS DE FLUTUAÇÃO DE PREÇOS E TAXAS
A administração de riscos de flutuação de preços e taxas envolvem as seguintes atividades:
• Avaliar a necessidade de fazer operações de hedge contra flutuação de preços e taxas de juros e câmbio.
• Analisar alternativas e custos de hedge.
• Propor ao órgão competente a realização, ou não, de operação de hedge.
• Negociar e controlar operações de hedge.
O risco de mercado é o risco de perda de valor de uma carteira devido às mudanças nos preços de mercado. Mantemos nossa carteira com o principal intuito de formar mercado para nossos clientes e para nossas atividades de investimento e crédito. Deste modo, nossas mudanças na carteira baseiam-se nas solicitações de nossos clientes e em nossas oportunidades de investimento. A contabilização de nossa carteira é a valor de mercado e, portanto, com flutuação diária.
As categorias de risco de mercado incluem:
• Risco de taxa de juros: resultante, principalmente, das exposições às mudanças no nível, inclinação e curvatura das curvas de rendimentos, às volatilidades das taxas de juros e spreads de crédito.
• Risco de preço das ações: decorrente das exposições às mudanças de preços e volatilidades de cada ação, cestas de ações e índices de ações.
• Risco de taxa de câmbio: resultante das exposições às mudanças nos preços à vista, preços futuros e volatilidades das taxas de câmbio.
• Risco de preço de commodities: decorrente das exposições às mudanças nos preços à vista, preços futuros e volatilidades das mercadorias “commodities”.
OPERAÇÕES DE CÂMBIO
A operação de câmbio envolve as seguintes atividades:
• Controlar operações financeiras em moeda estrangeira.
• Registrar operações financeiras em moeda estrangeira no Banco Central.
• Fazer fechamento de câmbio das operações e exportação e importação.
• Negociar taxas de fechamento de câmbio.
• Providenciar remessas de numerários ao exterior.
Câmbio é a operação de troca de moeda de um país pela moeda de outro país. Por exemplo, quando um turista brasileiro vai viajar para o exterior e precisa de moeda estrangeira, o agente autorizado pelo Banco Central a operar no mercado de câmbio recebe do turista brasileiro a moeda nacional e lhe entrega (vende) a moeda estrangeira. Já quando um turista estrangeiro quer converter moeda estrangeira em reais, o agente autorizado a operar no mercado de câmbio compra a moeda estrangeira do turista estrangeiro, entregando-lhe os reais correspondentes.
No Brasil, o mercado de câmbio é o ambiente onde se realizam as operações de câmbio entre os agentes autorizados pelo Banco Central e entre estes e seus clientes, diretamente ou por meio de seus correspondentes.
O mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central e compreende as operações de compra e de venda de moeda estrangeira, as operações em moeda nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no País e residentes, domiciliados ou com sede no exterior e as operações com ouro-instrumento cambial, realizadas por intermédio das instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio pelo Banco Central, diretamente ou por meio de seus correspondentes.
Incluem-se no mercado de câmbio brasileiro as operações relativas aos recebimentos, pagamentos e transferências do e para o exterior mediante a utilização de cartões de uso internacional, bem como as operações referentes às transferências financeiras postais internacionais, inclusive vales postais e reembolsos postais internacionais.
À margem da lei, funciona um segmento denominado mercado paralelo. São ilegais os negócios realizados no mercado paralelo, bem como a posse de moeda estrangeira oriunda de atividades ilícitas.
CRÉDITO E COBRANÇA
O credito e cobrança envolve as seguintes atividades:
• Analisar os cadastros dos clientes para concessão de créditos.
• Cobrar e receber as duplicatas nos respectivos vencimentos.
• Cobrar e receber saques de exportação.
• Controlar as duplicatas em carteira e em cobrança bancária.
• Controlar eventos financeiros contratuais.
• Negociar novação de crédito.
Podemos dizer que credito e cobrança é o cadastramento de clientes, ato de cobrar e receber duplicatas dentro dos prazos, renovação de novos créditos.
CONTAS A PAGAR
Contas a pagar envolve as seguintes atividades:
• Estabelecer políticas de pagamentos.
• Controlar adiantamentos a fornecedores.
• Controlar abatimentos e devoluções de mercadorias.
• Controlar cobranças bancaria e cobranças em carteira.
• Liberar duplicatas para pagamento.
Para uma ter uma gestão financeira eficiente na empresa, é extremamente necessário implantar alguns controles gerenciais que forneçam informações que possibilite o planejamento de suas atividades e controle dos resultados. Controlando o contas a pagar, estamos gerando informações para tomada de decisões sobre todos os compromissos da empresa que representam o desembolso de recursos financeiros.
SISTEMA DE TESOURARIA
O sistema de tesouraria é composto de vários sistemas ou subsistemas. Geralmente, o sistema de contas a pagar e o sistema de contas a receber estão ligados por meio de interfaces.
PRINCIPAIS CONTROLES INTERNOS DA TESOURARIA
• Fluxo de Caixa.
• Disponibilidades.
• Aplicações financeiras.
• Empréstimos e financiamentos.
• Contas a Receber.
• Contas a Pagar.
Outros controles internos importantes de tesouraria:
• Talões de Cheques.
• Cheques Cancelados.
• Cheques Devolvidos.
• Tarifas Bancárias.
• Fundos Fixos de Caixa.
• Cheques emitidos e não retirados.
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