Fundamentos Históricos E Teórico-Metodológicos Do Serviço Social I
Tese: Fundamentos Históricos E Teórico-Metodológicos Do Serviço Social I. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lilian250575 • 20/11/2013 • Tese • 4.140 Palavras (17 Páginas) • 281 Visualizações
Anhanguera polo de Bauru
Serviço Social
ALUNOS
LILIAN TAVARES DA SILVA RA: 6506262819
NOEMI A. MEDEIROS RA: 6461303275
THALITA P. B. MARQUES RA: 6787399488
THIAGO JOAO G. BARREIRO RA: 6788422913
ATPS - Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social I
Profa. Ms Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes
Bauru, 25 de Setembro de 2013.
Introdução
Este é um trabalho da disciplina de Fundamentos Históricos e Teóricos Metodológicos do Serviço Social. Trata de assuntos que envolvem o serviço social no Brasil, sua chegada e continuidade no país. Levando em consideração fatores como a época e os acontecimentos que envolviam o Brasil e o mundo, como a industrialização e a ditadura militar.
Também, diz respeito à luta da classe trabalhadora do serviço social pela reconceituação da profissão, uma vez que, percebem que estão praticando a filantropia e intervindo no meio social a favor da classe burguesa, resolvem mudar os conceitos existentes a fim de conquistarem uma sociedade melhor e mais igualitária.
Mostra um pouco do serviço dos assistentes sociais contemporâneos e como a estes estão envolvidos com seu principal objeto de estudos que é a questão social.
Revolução Industrial
Na década de 1930, a economia brasileira passava pela transição de agroexportadora para industrial. Grandes indústrias eram instaladas e as cidades começavam a crescer. Com a industrialização, investimentos foram necessários como em infraestrutura e mão-de-obra. A população começou a buscar empregos e melhores condições de vida na localidade urbana, muita gente saiu da área rural (que já não recebia grandes investimentos) para as cidades, causando um aumento significativo no êxodo rural.
O sistema capitalista, precisa de consumidores para movimentar o mercado e, quanto mais consumidores melhor, uma vez que a escala de produção industrial é muito maior e mais rápida que a artesanal, porém para que haja consumo a população precisa ser assalariada, então as empresas contratavam com a intenção de que seu mercador consumidor crescesse, o problema é que não havia empregos para todos e para os que havia as condições de trabalho (horário, local, salário) eram péssimas.
Os trabalhadores começaram a se revoltar com as condições exploradoras de trabalho, faziam greves e manifestações, até que uma hora o Estado, sentindo necessidade de controlar a massa operária e visando o seu próprio interesse e das classes dominantes de atrelar as classes subalternas, facilitando sua manipulação e dominação (Yamamoto, 1998),absorve algumas reivindicações populares através de uma legislação social e salarial.
O serviço social tinha como função o disciplinamento dos operários, ou seja, eram usados para ''acalmar'' os ânimos da população insatisfeita com o abuso das empresas e do Estado sobre as classes subalternas.
O capitalismo trouxe consigo um aumento na questão social, já que a classe dominante (donos das indústrias, empresas) era quem ficava com a maior parte dos lucros e a classe subalterna (operários das indústrias) acabava ficando com uma pequena parte, apenas. Esse acumulo de capital nas mãos da minoria e a falta de investimentos do Estado em infraestrutura fez com que os índices de fome, a miséria, a violência ,o furto ,o roubo, entre outros, aumentasse rapidamente.
A população que não tinha condições financeiras de morar nos centros urbanos, passou a viver ao redor das cidades, em locais irregulares, sem investimentos básicos ,como saúde, higiene e educação .Esse locais começaram a ser chamados de ''favelas''.
Na época do ''Estado Novo'' foram criadas as instituições de assistência social no Brasil, como:
CNSS: criada em 1938, com a intenção de centralizar e organizar obras assistenciais públicas e privadas.
LBA: criada em 1942, com a intenção de prover as necessidades das famílias cujos chefes haviam sido mobilizados para a Guerra. Apesar de contar com profissionais, sempre esteve entregue as primeiras damas caracterizando o aspecto filantrópico, de ações clientelistas, conforme os interesses dos governos vigentes.
SESI: criada em 1946, com a intenção de atuar no bem-estar do trabalhador na indústria.
LEÃO XIII: também criada em 1946, com a intenção de atuar, especificamente, junto aos moradores de favelas, com o objetivo de prestar assistência moral, material e religiosa aos habitantes dos morros e favelas do Rio de Janeiro (que até então era a capital do Brasil). A educação corresponderia à recuperação dos valores sociais e morais da sociedade vigente. Apenas a urbanização não serviria, era preciso uma transformação na mentalidade do favelado, para que assim houvesse uma melhoria na qualidade de vida.
O assistente social trabalhava na pesquisa, em contato direto com a favela e sua população para que pudesse conhecer as necessidades, e os costumes dos moradores e depois as ações ''educativas'' eram iniciadas.
No ano de 1950, no governo de Juscelino Kubitschek, as instituições de assistência são instrumentos de vinculação de políticas sociais com aspectos claramente assistencialistas.
Na década de 1960, as mudanças ocorridas devido à expansão do capitalismo mundial, é imposto a américa latina, um desenvolvimento subordinado. As desigualdades sociais e a concentração de capital fazem com que o Serviço Social assuma certas inquietações e questionamentos que sua visão tradicional e conservadora de mundo não consegue responder.
Diante disso, um movimento de reformulações teóricas, políticas e metodológicas, surgem na América Latina impondo uma necessidade de construção de um novo projeto profissional – comprometido com as demandas da classe trabalhadora. Esse movimento foi denominado ''Movimento de Conceituação''.
Esse movimento, fez com que os profissionais do serviço social, abandonassem os princípios básicos da pratica assistencial tradicional (que via o individuo
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