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Gestão Social Web Aulas

Por:   •  13/5/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  6.525 Palavras (27 Páginas)  •  314 Visualizações

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Web Aula 1

Título: Modelos Gerenciais a partir do trabalho1

Olá alunos do curso de Serviço Social, estamos iniciando mais uma disciplina que aborda um assunto muito importante para a sua formação profissional. Aproveite ao máximo o conteúdo e os espaços de discussão para apreender o que será abordado e seja você um bom gestor de Políticas Sociais!

Como você define o conceito de gestão?

        

Para Prates (1995):        

"É um processo que articula forma e conteúdo, pensamento e ação..., visando a consecução de determinados fins, de acordo com o interesse de indivíduos, grupos, organizações ou classes. Como espaço de ação, está intimamente ligado á questões axiológicas e um projeto político, explicito ou não."

Logo, todo o exercício de gestão é seguido de um interesse por parte de quem gerencia. A forma como o faz e o porquê o faz, bem como as estratégias utilizadas, estão intimamente relacionadas com a intencionalidade do gestor, que para alcançar seus objetivos não medirá esforços para tal.

A historicidade da gestão remonta desde a antiguidade. Existem relatos de que os egípcios, 4000 A.C. reconheceram a necessidade de planificar, organizar e dirigir para efetivar a construção da pirâmide de Cheops, ocasião em que se reuniram mais de 100 mil homens para o trabalho. Para isso organizaram-se em grupos de 10, cada um sob a supervisão de um encarregado. Esta já foi uma forma de gerência primitiva.

A gestão tem sua origem no mundo do trabalho e assim como este sofreu e vem sofrendo várias transformações (filme: Transformações do trabalho) no decorrer da história, a gestão também passou por um processo de transformação, principalmente no período da Revolução Industrial. Com o desenvolvimento do capitalismo industrial e a conseqüente mudança nas relações de trabalho em função da exigência do aumento de produtividade, cresceu a necessidade de se pensar em uma nova estruturação de gestão desta mão de obra para atender as intencionalidades das organizações. Apesar de alguns autores, como Adam Smith, considerado o pai da economia moderna, já terem abordado alguns aspectos de gestão, só em 1911 é que Fredrick Taylor escreveu uma obra cientifica sobre a gestão do trabalho. Após ter observado os funcionários executarem suas tarefas e anotado também o tempo que eles utilizavam para tal, escreveu a obra "Princípios da Administração Cientifica" Até então, a gestão não era conhecida como uma ciência que se pode aprender.

Para Taylor, a gestão científica deveria em primeiro lugar, analisar a tarefa a ser realizada, para em seguida planejar um único meio para desempenhá-la. Este trabalho deveria ser feito pela gerência e executado pelos trabalhadores, deixando bem claro suas diferentes funções, numa relação o mais amigável possível. Estes trabalhadores seriam selecionados cientificamente dentre os que apresentavam maior capacidade física e psíquica, sendo posteriormente treinados a fim de aumentarem a quantidade e a qualidade da produção. Quanto a execução, deveriam ser distribuídas as atribuições para que a mesma fosse disciplinada e de acordo com o plano de produção. Este foi um método aceito por muitas empresas, mas os trabalhadores logo perceberam qual era realmente a intencionalidade da administração cientifica. Na verdade o que estava por traz da idéia era a ampliação da produção.

Será que a preocupação que impulsionou Taylor a desenvolver a administração cientifica permanece ainda na contemporaneidade, ainda que sob as vestes da modernidade e avanços tecnológicos?

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Outra figura clássica da gestão é Henry Fayol,(1841-1925), engenheiro educado na França, famoso por suas teorias de administração, que dividia semanalmente com pessoas interessadas no assunto, em reuniões em seu Centro de Estudos Administrativos. Fayol introduziu conceitos da administração aplicados até hoje em todo o mundo. Seu objetivo, sua organização do trabalho tinha como pressuposto maior produtividade, mais qualidade com menos esforço. Este ainda continua sendo uma referência na gestão privada na atualidade.

Henry Fayol definiu as cinco funções básicas do administrador: Planejamento, organização, direção, coordenação e controle. Segundo sua concepção, quanto mais o individuo cresce na hierarquia da instituição, menos precisa saber sobre o funcionamento técnico e mais sobre as funções administrativas. Os princípios gerenciais estabelecidos por ele são considerados como obsessão por comando.

Mas, e a gestão social?

Todas as teorias de gestão clássica (Fayol) ou cientifica (Taylor) tinham como interesse, um maior aproveitamento da mão de obra para privilegiar o capital, portanto, está diretamente relacionada com os reflexos desta na vida dos trabalhadores. Toda e qualquer mudança na gestão do trabalho, interfere diretamente na condição de vida dos trabalhadores. Isto fica evidente quando observamos as principais tendências da sociedade contemporânea, quando, a partir do século XVIII até o século XX, substituiu significativamente a produção da força física do homem pela energia das máquinas. O trabalho que ainda resta, reforça a regulação pelos princípios Taylorista, como a produção em série regida pelo tempo e movimentos, pela fragmentação das funções e pela separação entre elaboração e execução. Alguns princípios do toyotismo, estratégia de organização do trabalho que busca horizontalização, a flexibilização e a terceirização do trabalho. Além da preocupação com a eliminação do desperdício, a gerência participativa, a valorização do trabalho em equipe, o incentivo ao operário polivalente pela chamada meritocracia, com intuito de aumento de produção.

Toda e qualquer forma de gestão do trabalho, interfere na vida social do trabalhador. Com toda esta metamorfose da gestão do trabalho, onde a contradição entre capital e trabalho está cada vez mais acirrada, acontece também o agravamento da questão social e suas múltiplas determinações. (filme: Desigualdades sociais)

Qual é o verdadeiro custo social da produção?

Para saber mais

A história das coisas (filme)

Para enfrentar esta realidade, surgem as políticas sociais para amenizar os conflitos e tentar garantir um mínimo de condições de vida em patamares considerados dignos ao trabalhador.

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