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Globalização E Futebol

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Por:   •  20/9/2013  •  944 Palavras (4 Páginas)  •  301 Visualizações

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GLOBALIZAÇÃO E FUTEBOL

O futebol como esporte mundialmente conhecido e praticado, é tema de fácil abordagem para podermos enxergar o boom da globalização nos séculos XX e XXI.

Será utilizado um trecho do livro Globalização, Democracia e Terrorismo do Historiador Eric Hobsbawm para análise.

“A dialética das relações entre a globalização, a identidade nacional e a xenofobia é enfaticamente demonstrada pela atividade pública que combina esses três elementos: o futebol. Graças à televisão global, esse esporte universalmente popular transformou-se em um complexo industrial capitalista de categoria mundial (embora de tamanho modesto, em comparação com outras atividades de negócios globais). Como já disse, e muito bem: “Dessa dicotomia entre, por um lado, o ‘nacional’, último refúgio das paixões do mundo antigo, e, por outro, o ‘transnacional’, trampolim do ultraliberalismo do mundo novo, resulta, para os amantes do futebol, assim como para os meios que gravitam em torno desse esporte, uma verdadeira esquizofrenia, extremamente complexa (…) que ilustra perfeitamente o mundo ambivalente no qual todos nós vivemos.”

O inicio da globalização moderna é tido com o fim da Segunda Guerra mundial, com a criação da ONU e com o surgimento do conceito de blocos econômicos.

No futebol a partir das décadas de 1980 e 1990 com o crescimento extraordinário do comércio de jogadores já se vêem sinais dessa globalização, mas é a partir de 1995 com a decisão tomada pela Corte Européia de Justiça no “Caso Bosnan” que se tem real inicio desse fenômeno dentro do esporte Bretão.

O caso Bosnan resumidamente trata do belga Jean-Marc Bosnan até então jogador do RFC Liège que estava determinado a mudar de clube, recusando renovação de seu contrato. Como conseqüência foi colocado na lista e transferências e teve seu salário reduzido em 60%. O atleta não aceitou essa condição, uma posição um tanto atípica para a época e decidiu recorrer em tribunal contra as decisões do clube, lutou quatro anos em tribunais para fazer valer sua posição, mas sem sucesso, pois até os órgãos máximos do futebol (FIFA e regionalmente a UEFA) permaneceram do lado do clube. O atleta não vendo outra solução recorreu ao Tribunal Superior de Justiça que lhe deu toda a razão anulando todas as decisões tomadas tanto pela sua equipe, quanto pelas entidades do mundo do futebol.

A partir de então os direitos dos jogadores passaram dos clubes para os empresários e para os próprios atletas que agora são considerados como trabalhadores comuns e, portanto tendo direitos próprios nas suas negociações, podendo escolher seus destinos negociando salários e premiações.

A lei Bosnan trouxe outras conseqüências para o futebol, como o fim do espírito nacional dos clubes, afirmação que pode ser comprovada de forma simples buscando dados da maior competição de clubes da europa a “UEFA Champions League”.

A Inglaterra viveu um período de hegemonia dentro da competição por seis anos consecutivos (das temporadas de 1976-1977 até 1981-1982), tendo o Liverpool como campeão em três ocasiões, na primeira conquista na temporada de 76-77 dos vinte e três jogadores do elenco, dezenove eram ingleses, o dado fica mais interessante ao saber que os quatro que completavam o time também eram britânicos, se tratando de dois galeses um irlandês e um escocês. Já em sua ultima conquista de UCL na temporada 04-05 o elenco contava com um total de quarenta e dois jogadores, dos quais apenas quatorze eram ingleses, os outros vinte e oito eram de diferentes nacionalidades. Dos onze iniciais que disputaram

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