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Guerra Do Paraguai

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Por:   •  10/12/2014  •  9.844 Palavras (40 Páginas)  •  273 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIAS

Dunha Tomaz Turbando

Guerra do Paraguai: marcas e influências de um conflito anunciado

Vitória

2011

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIAS

Dunha Tomaz Turbando

Guerra do Paraguai: marcas e influências de um conflito anunciado

Monografia apresentada ao Curso de Histórias da Universidade Federal do Espírito Insano como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Licenciatura em Histórias.

Orientador: Prof. Dr. Sem sintoma

Vitória

2011

A todos que me incentivaram a ter paciência e chegar até aqui.

SUMÁRIO

Introdução ................................................................................................................... 5

1. O que diz a historiografia ........................................................................................ 9

2. Relações durante a Guerra ................................................................................. 16

3. Relações no pós-guerra imdeiato.......................................................................... 27

4. Conclusões ...........................................................................................................39

5. Bibliografia .............................................................................................................42

Introdução

Durante o século XIX, as relações externas do Brasil foram bastante intensas. Ao se tornarem independentes, os países do que se chamava Vice-Reino do Rio da Prata trouxeram a preocupação por parte do império brasileiro a manter intacta a integridade de seu e evitar as pretensões expansionistas da Argentina. Naturalmente foi necessário combater aqueles que almejavam construir uma nação erigida sobre o que havia sido o antigo Vice-Reino. Para tanto, o império contava com um competente corpo diplomático, herdeiro de uma antiga tradição lusitana.

Politicamente, o Brasil propunha respeitar a recém conquistada independência dos países do Vice reino do Prata, chocando-se com os interesses argentinos de expansão territorial, o que faria desta nação um país aproximadamente com o mesmo tamanho que o império brasileiro.

Não é novidade dizer que essa região em litígio era de suma importância para a comunicação do Brasil com territórios como o Mato Grosso, através da navegação pelo Rio Paraguai. Esse rio também servia de fluxo para produtos que entravam e/ou saíam por ali. Esse conflito de interesses com os argentinos levou à diversas questões políticas e diplomáticas. No século XIX, a navegação marítima e fluvial predominava sobre os demais meios de transporte. Com a implantação da navegação a vapor, a região se tornava cada vez mais importante, intensificando-se o movimento comercial nos rios Paraná, Paraguai, Uruguai e no estuário do Prata. Daí a importância da Bacia Platina: dela dependia o comércio da Argentina, do Uruguai, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e, principalmente, do Paraguai e do Mato Grosso, que não dispunham de outro meio para alcançar o oceano; ela também escoava a prata extraída do Peru e da Bolívia.

O Paraguai, país que desde sua declaração de independência da Espanha, havia entrado em uma ditadura que o isolou do resto do mundo, seguia um modo muito particular de organização. O primeiro governante do Paraguai recém-independente foi Gaspar Rodríguez de Francia (1776-1840. Este governante implementou políticas com vistas a permitir a livre navegação no Prata, mas foi impedido pelos interesses em contrário de comerciantes dos portos de Buenos Aires e Montevidéu que insistiam em cobrar taxas elevadas de navegação. Por outro lado, A Argentina se recusava a reconhecer a independência do Paraguai. Os poderosos comerciantes do porto de Buenos Aires - o principal da bacia - desejavam reunificar toda a região platina. Isto posto, restou à república guarani trilhar uma política de desenvolvimento auto-sustentado – ao contrário dos demais países da região – na qual o Estado controlava a economia de tal modo que a estrutura sócio-econômica se voltava para os interesses da população e a independência do país. Tal estrutura era livre de burocratas e cortesãos. Para alguns autores a solução foi uma resposta à ameaça portenha contra a independência paraguaia, e não se deve concluir que o modelo de desenvolvimento econômico foi livre opção de ditadores afeiçoados ao povo”.

Em 1840, o Paraguai praticamente não possuía analfabetos. Seu desenvolvimento agrícola permitia-lhe produzir tudo quanto sua população necessitava e sua atividade industrial era capaz de produzir ferramentas, armas e outros utensílios. Diante disso, conclui-se que havia pouca pobreza no país.

Carlos Antonio López, sucessor de Gaspar, permaneceu no poder até 1862. Contratou técnicos e enviou centenas de estudantes para o exterior com o objetivo de modernizar a economia. O país atingiu esta meta, a indústria paraguaia tornou-se a mais avançada da América do Sul. Foram instaladas ferrovias, estaleiros, indústrias bélicas, metalúrgicas, têxteis, de calçados, de louças, de materiais de construção, de instrumentos agrícolas, de tintas e de papel, além do telégrafo e da grande Fundição de Ibicuí. A nação mais desenvolvida da América do Sul protegia a produção local. Assim, a balança comercial era sempre favorável e a moeda

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