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História e Evolução da Tabela Periódica

Por:   •  29/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.807 Palavras (8 Páginas)  •  670 Visualizações

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Introdução

A tabela periódica surgiu em razão da necessidade de agrupar os elementos que tinham propriedades químicas e físicas semelhantes, e separar os que não tinham nada em comum. A tabela que temos acesso atualmente nem sempre foi assim: desde que foi criada tem passado por muitas alterações.
A primeira descoberta científica de um elemento só aconteceu em 1669, quando o alquimista Henning Brand descobriu o fósforo. Nos próximos 200 anos após essa descoberta, dezenas de outros elementos foram encontrados na natureza.
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John Dalton

A primeira tentativa de organização foi feita no início do século XIX, pelo químico e físico inglês John Dalton. Nessa época, os 
valores aproximados das massas atômicas de alguns elementos já tinham sido estabelecidos.
Dalton listou os elementos conhecidos em ordem crescente de massas atômicas, descrevendo as propriedades de cada um e os compostos formados por eles. Mas, essa classificação não fazia 
sentido, pois deixava bastante afastados entre si elementos com propriedades muito semelhantes. Os próprios valores das massas atômicas eram duvidosos, pois foi Dalton mesmo quem os calculou baseado em dados imprecisos. O cientista usou o hidrogênio, que já havia sido verificado como o elemento mais leve conhecido, e atribuiu a ele um “peso nacional relativo” igual a 1. As massas dos demais elementos foram estabelecidas em relação ao hidrogênio, e esse método resultou em muitos erros.
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As tríades de Döbereiner

Em 1829, foi a vez do químico alemão Johann Wolfgang Döbereiner dar sua contribuição à ciência. Döbereiner analisou os elementos cálcio, estrôncio e bário, e percebeu que a massa do átomo de estrôncio correspondia, aproximadamente, à média dos valores das massas atômicas do cálcio e do bário. O químico observou que essa relação também se dava em outra tríades, como
enxofre/selênio/telúrio e cloro/bromo/iodo.
Döbereiner foi o primeiro cientista a relacionar os 
elementos químicos conhecidos com base em um determinado critério, porém, seu estudo não foi tido como relevante pela comunidade científica da época. Uma das falhas do seu método é que muitos metais não podiam ser agrupados em tríades.
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O parafuso telúrico de Chancourtois

No ano de 1862, o geólogo francês Alexandre Chancourtois propôs um novo modelo de tabela periódica que ficou conhecido como parafuso telúrico, onde ele organizou os elementos químicos
conhecidos em ordem crescente de suas massas atômicas por uma linha espiral em volta de um cilindro. Ele se baseou no peso atômico do elemento químico oxigênio, na época já estabelecida como 16. Assim, utilizou um cilindro, dividiu-o em 16 segmentos iguais, e marcou uma hélice na superfície desse cilindro, formando entre ela e seu eixo um ângulo de 45°. Mais esse modelo não foi muito aceito, pois havia elementos que mesmo estando em posição correta na ordem crescente, apresentavam propriedades diferentes os que se encontravam na mesma faixa.
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A Lei das Oitavas de Newlands
Outra ideia de tabela periódica foi a do químico inglês John Alexander Newlands, que teve como inspiração a música. Sabe-se que em uma sequência crescente de sete notas iniciada em dó, a oitava nota é dó novamente e depois dela a sequência se repete, ele observou então que os elementos conhecidos eram dispostos por ordem crescente de massas atômicas em colunas verticais de sete elementos, cada oitavo elemento apresentava propriedades que se repetiam periodicamente. O mesmo acontecia com o segundo elemento, o terceiro, e assim sucessivamente. Nessa forma de classificação, a cada oito elementos as propriedades se repetiam por isso a proposta de Newlands recebeu o nome de Lei das Oitavas. Apesar de ter falhado na tentativa de agrupar os elementos em grupos de sete, o seu trabalho constituiu um grande avanço na direção certa para a classificação dos elementos.
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Dmitri Mendeleiev

Mendeleev foi um químico russo que ficou conhecido como o pai da Tabela Periódica em 1860. Quando iniciou um trabalho de agrupamento dos elementos de acordo com suas propriedades comuns. Já se sabia em que os elementos tinham massas atômicas diferentes e eram agrupadas em ordem crescente, mas era insuficiente. Mendeleiv começou a escrever os elementos agrupando-os conforme as propriedades químicas que eles apresentavam. O problema era que essa classificação juntava elementos de massas atômicas muito distantes entre si.
As coisas começaram a ficar mais claras para Mendeleiev quando ele teve a idéia de associar a classificação dos elementos ao seu jogo de cartas preferido: o jogo de paciência. Pegou fichas de papel e começou a escrever em cada uma delas o nome de um elemento, sua massa atômica a propriedades químicas e depois ordenou os cartões como se faz no jogo de paciência: os elementos de propriedades químicas semelhantes eram como cartas pertencentes ao mesmo naipe, e dentro de cada um desses “naipes” a ordem crescente de massas atômicas era como a ordem numérica crescente das cartas. Depois de organizados os cartões, o químico percebeu que sua intuição estava conduzindo-o na direção certa, mas ainda assim a “paciência química” era imperfeita. Foi então que, vencido pelo cansaço, adormeceu sobre a mesa de estudo e teve um sonho.
Ao acordar e transpor para o papel o que havia sonhado, Mendeleiev percebeu a lógica que quando os elementos são listados em ordem crescente de massas atômicas, as propriedades químicas apresentadas por eles se repetem periodicamente. Por essa razão, ele chamou o modelo de Tabela Periódica dos Elementos. A princípio, a Tabela listava os elementos verticalmente em ordem crescente de massas atômicas, e na horizontal os agrupava segundo suas propriedades químicas.
Mas Mendeleiev ainda percebia incoerências em seu modelo. Uma delas eram os elementos que, embora estivesse no mesmo grupo que outros elementos de propriedades semelhantes, tinham massa atômica que não se encaixava na ordem crescente. Nesses casos, Mendeleiev desafiou a ciência ao defender que o problema não estava em seu sistema de classificação, e sim no cálculo da massa atômica do elemento.
Outra aparente falha da Tabela Periódica era a inexistência de elementos que apresentassem determinados valores de massas atômicas necessários à continuidade da sequência crescente. Para esse problema o cientista adotou uma solução simples: deixava lacunas correspondentes a eles e continuava a sequência com os elementos conhecidos. Ele tinha certeza de que os elementos existiam, apenas não tinham sido descobertos ainda.
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