Historia Da Fisioterapia
Pesquisas Acadêmicas: Historia Da Fisioterapia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: michelleballet • 8/4/2014 • 8.324 Palavras (34 Páginas) • 536 Visualizações
HISTÓRIA DA FISIOTERAPIA
1-ANTIGUIDADE (período entre 4.000 a.C. e 395 d.C)
Neste período havia uma forte preocupação com as pessoas que apresentavam “diferenças incômodas” (doenças). Havia uma preocupação em eliminar essas “diferenças incômodas”, através de recursos, técnicas, instrumentos, procedimentos, etc. Os agentes físicos (por exemplo, a eletricidade do “peixe elétrico” ou os movimentos do corpo humano...) eram um dos tipos de instrumentos utilizados para eliminar ou reduzir essas “diferenças incômodas”.
Os médicos na Antigüidade conheciam os agentes físicos e os empregavam em terapia. O costume de utilizar como meio terapêutico as formas de movimento, remonta há vários séculos antes da era cristã. Acredita-se ainda que o uso da ginástica estava unicamente nas mãos dos sacerdotes e que somente eram empregadas com fins terapêuticos, ou seja, os movimentos do organismo humano, quando estudados, racionalizados e planejados, eram utilizados no tratamento das disfunções orgânicas já estabelecidas. O Imperador chinês Hoong-Ti, no ano de 2.698 a.C, criou um tipo de ginástica curativa, com exercícios respiratórios e exercícios para evitar a obstrução dos órgãos. Galeno (130 a 199 d.C) informa que conseguiu através de exercícios para o tronco e os pulmões, corrigir o tronco “deformado” de um rapaz. Na medicina Grega, a terapia pelo movimento constituía a parte fixa do plano de tratamento.
O trabalho parece ser fundamentalmente definido e dirigido pela "doença" instalada, visível ou incômoda. O que as pessoas pretendiam era curar os indivíduos que fossem portadores de uma "diferença incômoda" denominada como mal, doença, deformidade, etc.
O que aconteceria nas épocas seguintes? Que mudança haveria nas concepções predominantes na Antigüidade? O que se alteraria na idéia de que o campo ou atividade profissional se constituía em conhecimento e aplicação de técnicas de intervenção nas "diferenças incômodas" ?
2-IDADE MÉDIA (período entre os séc. IV e XV)
Na Idade Média as “diferenças incômodas” são consideradas como algo a ser “exorcizado”.
Os homens se organizavam hierarquicamente em clero, nobreza e camadas populares, cabendo a cada função específica, estabelecida pela "ordem divina."
O camponês, enquadrado nesta ordem, devia trabalhar cabendo à nobreza guerrear e ao clero o serviço divino.
A fé é tida nesta época como uma obrigação elementar do homem. Ao clero era dado poder determinante nas decisões de quais caminhos poderiam ou deveriam ser seguidos pela sociedade. Como resultado disto, os eventos bons eram considerados "divinos" e os ruins como " demoníacos".
Não havia nenhuma condição de educação, saúde e conforto. Houve uma interrupção no avança dos estudos e da atuação na área da saúde. O corpo humano foi considerado algo como “inferior” e as camadas mais privilegiadas (nobreza e o clero) desenvolveram uma atividade física dirigida para um objetivo determinado - aumento da potência física.
As ordens religiosas eram inimigas do corpo, pois valorizavam a alma e o espírito. O corpo era apenas o recipiente onde estava contido a alma ou espírito. O que acontecia com ele era "causado" pelo que acontecia com o que estava "dentro dele".
Os hospitais desta época estavam juntos dos mosteiros e as salas dos enfermos ao lado das capelas, não havendo qualquer lugar para realização de exercícios. Os estudos ou aplicações dos cuidados com o corpo ficaram relegados a um plano secundário.
Uma vez o exercício inibido como forma curativa, determinadas classes da população começaram a utilizá-lo com outros fins.
A nobreza e o clero desejavam aumentar a potência corporal, enquanto que os burgueses e lavradores utilizavam como diversão. Havia, desta forma, uma desconsideração com o desenvolvimento de estudos e aplicações dos cuidados com o corpo por meio de atividades e recursos físicos, e sim uma valorização da atividade física para aumentar a força física ou divertir.
É óbvia a influência das condições existentes e das relações de produção. Para as classes sociais que eram responsáveis pela controle da população, dos bens e da guerra, era necessária força física apropriada e para os trabalhadores privados dos bens e de conforto pelo próprio sistema, o lazer barato e acessível era a atividade física que compensava as condições em que viviam e trabalhavam.
Essas novas concepções do uso do exercício físico, embora não tenham sido, na Idade Média, apoiadas por estudos científicos foram difundidas na época imediatamente posterior, o Renascimento.
3-RENASCIMENTO (entre os séculos XV e XVI)
Entre os séculos XV e XVI, volta a aparecer alguma preocupação com o corpo saudável, através do movimento artístico e literário iniciado na Itália e depois difundido pela Europa, ocorre um crescimento da arquitetura, escultura, pintura, literatura, música e um novo enfoque para a política. O homem começa a se interessar com mais liberdade pelo mundo exterior.
Nesta época houve uma retomada dos estudos relativos aos cuidados com o corpo e revitalização do culto ao físico. Entre a Idade Média e o Renascimento, após a estagnação houve uma retomada não somente dirigida ao tratamento, mas também uma preocupação com a manutenção das condições normais.
Ao final do Renascimento o interesse pela saúde corporal começa a especializar-se. O Renascimento começa a desaparecer, em torno do ano 1550, e nesta fase de transição entre o Renascimento e a Industrialização, diversos autores desenvolveram trabalhos relativos ao exercício físico.
Entre 1779-1849 Don Francisco y Ondeano Amorós, dividiu a ginástica em quatro pontos, o terceiro ponto era a cinesioterapia (atuação terapêutica através de exercícios).
Na Alemanha em 1847 foi definida uma educação física com objetivos preventivos e corretivos.
Em 1864 a Sociedade Médica de Berlim, definiu ginástica para pessoas sãs e ginástica para enfermos.
De certa forma, começou a haver (ainda por via indireta) uma divisão profissional no sentido de diferenciar as ações profissionais conforme o estado de saúde da população a ser atendida.
É importante destacar que essa concepção parece ter contribuído
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