História Do IBOPE
Artigo: História Do IBOPE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fabaodetc • 24/10/2014 • 1.821 Palavras (8 Páginas) • 319 Visualizações
Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
Avaliação a Distância
Unidade de aprendizagem: Empreendedorismo
Curso: Administração
Professor: Ana Paula Szpoganicz Heerdt
Nome do estudante: Fábio Nascimento Bittencourt
Data: 22/10/14
Orientações:
Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
Entregue a atividade no prazo estipulado.
Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
Leia atentamente caso da empresa IBOPE, disponível em http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2012/07/ibope.html.
Acesso em 18 set. 2014.
Dar lucro, muitas empresas dão. Ser líder de mercado, um tanto menos, mas ainda há várias. Agora, virar metonímia – fazer com que seu serviço ou produto se torne sinônimo de toda a categoria –, isso é para pouquíssimos. O IBOPE está nesse time, da tríplice coroa: lucro, liderança e metonímia. Aliás, uma metonímia especial, com viés positivo: na linguagem popular, dar ibope não é apenas sair na pesquisa, mas ficar bem nela. O IBOPE esteve presente em todos os momentos decisivos da história nacional como porta-voz do povo brasileiro. Parte integrante do processo político e democrático, o IBOPE foi pioneiro na realização de pesquisas no Brasil, hoje reconhecidamente um instrumento válido para aferição de tendências em vários segmentos de mercado.
A história
A história começou na década de 1940 quando o paulista Auricélio Penteado, proprietário da Rádio Kosmos de São Paulo, ansioso por conhecer os índices de audiência de sua emissora, foi até os Estados Unidos estudar no American Institute of Public Opinion, criado em 1935 por George Gallup, para aprender as técnicas de pesquisa. De volta ao Brasil, ele começou a medir a audiência das rádios de São Paulo e, curiosamente, constatou que a Rádio Kosmos não estava entre as mais ouvidas entre o público. A partir daí, vendeu a rádio e passou a dedicar-se exclusivamente às pesquisas com a fundação no dia 13 de maio de 1942 do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (que seria conhecido popularmente como IBOPE), que tinha com objetivo realizar pesquisas sobre os hábitos, gostos e preferências do público, estudos de mercado, e manter um serviço de monitoramento de ouvintes de rádio em todas as horas do dia, apurando os índices de audiência de cada estação, com um rigor até então nunca conseguido.
Os obstáculos financeiros para solidificar a marca IBOPE foram superados com o apoio de pessoas tão empreendedoras quanto ele próprio. Entre os que acreditaram na iniciativa inovadora de criar um instituto de pesquisa no Brasil e investiram neste projeto estavam: Cícero Leuenroth, fundador da Standard Propaganda; João Alfredo Souza Ramos, da Agência Panam; Richard Penn, da Colgate-Palmolive; Brasílio Machado do Neto, da Associação Comercial de São Paulo, além de outros que colaboraram com pequenas cotas. Com a incorporação da Cipex, empresa especializada em levantamentos sobre a veiculação de anúncios nos diários de São Paulo, Santos e Campinas, o IBOPE passou a oferecer, ainda no primeiro mês de existência, o ranking dos principais anunciantes de jornais, produto que foi bem aceito pelo mercado. Em 1950, ano em que o aparelho televisor chegou ao Brasil, o fundador deixou a direção do IBOPE. O comando da empresa passou para Paulo de Tarso Montenegro, José Perigault, Guilherme Torres e Hairton Santos. Foi nesta década que o IBOPE passou a fazer pesquisas políticas e de opinião pública.
Com o falecimento de José Perigault em 1977, Paulo Montenegro assumiu a presidência da empresa. Em 1978, convidou seus filhos Carlos Augusto e Luis Paulo Montenegro para ajudá-lo na tarefa de transformar o IBOPE no maior grupo de pesquisa de mercado da América Latina. A partir de então, muitas modificações foram feitas, como por exemplo, o desenvolvimento de aparelhos “peoplemeters”, com tecnologia própria, viabilizando coleta, processamento e entrega dos dados de audiência em tempo real, uma espécie de première mundial. Em 1986, houve a criação de três divisões de pesquisa independentes: Mídia, Opinião e Mercado. Pouco depois, em 1988, o IBOPE passou a realizar as primeiras pesquisas de boca de urna, antecipando com extrema precisão o resultado das disputas eleitorais. Em 1990, o IBOPE associou-se a Millward Brown, passando a oferecer também serviços relacionados a estudos de marcas e comunicação.
Além disso, o IBOPE associou-se a empresários no México, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Chile e Argentina. A partir dessas parcerias, iniciou o fornecimento de dados consolidados da América Latina para TV a cabo. Mais do que simples mudanças na diretoria, a participação de Carlos Augusto e Luis Paulo no comando da empresa representou o início de uma nova fase. Eles investiram na modernização tecnológica, no aprimoramento constante das técnicas de pesquisa e lançamento de novos produtos, além de alterarem as bases administrativas do grupo, o que fez com que o IBOPE se destacasse em um mercado cada vez mais exigente e globalizado. Recentemente, o IBOPE deu um grande passo rumo à globalização ao adquirir a empresa americana Zogby International, com sede em Nova Iorque, e expandir sua atuação com a abertura de um escritório no Chile e a compra da empresa SKA, em Porto Rico, que também atua com pesquisas de opinião pública e política.
Especialmente na última década, a continuidade da expansão exigiu a criação de uma holding, hoje formada por quatro empresas: o IBOPE MEDIA, que mede audiência e oferece uma ampla linha de produtos que atende às necessidades de veículos de comunicação, agências de publicidade e anunciantes; o IBOPE INTELIGÊNCIA, que trabalha com pesquisas de mercado (comportamento, marca, opinião pública e ainda Internet) auxiliando as organizações na elaboração de estratégias, nas decisões táticas e nos processos de inovação; o IBOPE
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