Hotel Ruanda

O filme assistido em aula, Hotel Ruanda, narra uma história ocorrida em 1994, na cidade de Kigali, capital do país. Trata-se de um genocídio ocorrido na época, entre duas tribos locais, os Hutus e os Tutsis. Tais tribos foram divididas pelos belgas por características físicas na época de ocupação do país.

Paul Rusesabagina é gerente do hotel Mille Collines, que pertence a um grupo belga (empresa transnacional). Sua família é da tribo Tutsi, e quando a violência toma conta do país, o protagonista transporta sua família para o hotel como refugiados. Lá ainda havia vários turistas estrangeiros, os quais conseguem sair do país deixando os “nativos” para trás. Paul consegue manter a segurança no hotel por um tempo, pois comprava favores dos militares, subornando-os com dinheiro e bebida. No conflito estima-se um milhão de mortos em apenas três meses.

Coronel Olivier representa as forças de paz da Organização das Nações Unidas, que ajuda Paul a manter a segurança no local, mesmo com a ordem de não interferir no conflito. O protagonista tentou pedir à ONU que ajudasse a tirar as pessoas do local, o que foi infrutífero.

Há também o papel da mídia no filme, que busca mostrar o que acontece no país, mas mesmo um dos câmeras diz que as pessoas que assistiriam esse massacre não se manifestariam para ajudar. Há a presença de uma ONG, a cruz vermelha, mostrada no filme levando órfãos para se refugiarem no hotel.

Os líderes dos países ocidentais também nada fizeram para amenizar a situação, não dando autoridade às forças da ONU para intervir no conflito. Vemos claramente uma demonstração de preconceito e indiferença com a população que vive nesse país.

O sistema internacional, que constitui uma sociedade universal onde os Estados Soberanos devem prezar pela paz, lutando contra as calamidades e para ajudar outros Estados, sejam eles compostos de povos brancos, negros, pobres ou ricos não teve qualquer importância no que ocorreu em Ruanda, pois praticamente nada foi feito.

Essa história nos mostra que a busca pela paz entre os povos é uma utopia, pois quando os envolvidos são países de terceiro mundo, as grandes potências pouco se importam com a situação do povo.