INFLAÇAÕ

INTRODUÇÃO:

A Inflação tem sua origem na economia de mercado e está diretamente ligada ao poder de compra do consumidor e no poder do Estado em controlá-la.

No Brasil, a Inflação nos persegue desde a época da Industrialização e atingiu seu ápice na década de 80. A economia do nosso país aumentava significativamente, passando a conviver com as contradições de um país economicamente dependente e que deveria encontrar soluções para valorizar sua moeda e desenvolver sua economia.

A solução adotada pelo Estado e a qual parecia perfeita, era a de sanar o problema, fabricando o dinheiro necessário para que conseguisse honrar uma boa parte dos compromissos financeiros adquiridos (para promover o desenvolvimento, contratava-se empréstimos para serem empregados na contratação de funcionários e no financiamento de obras, as quais acabavam deixando o país individado).

O problema é que, ocorria a circulação de papel moeda mas não tínhamos a riqueza correspondente ao total de dinheiro disponível, e isso acaba desvalorizando a moeda.

Nesse cenário, o preço das mercadorias e serviços sobem, e os trabalhadores que têm sua renda fixa em uma determinada faixa salarial têm o seu poder de compra diminuído, transformando assim a vida do trabalhardor, já tão sofrida, em mais penosa ainda.

No período atual, passamos por uma calmaria, sendo ela abalada somente por uma ou outra crise internacional.

INFLAÇÃO

Definição:

Definimos Inflação como um fenômeno de longo prazo. Consite no crescimento generalizado e persistente dos níveis de preços.

Em economia, inflação é a queda do valor de mercado ou poder de compra do dinheiro. Porém, é popularmente usada para se referir ao aumento geral dos preços.

Para definir se existe ou não um processo Inflácionário acontecendo no país, os institutos que calculam a inflação fazem uma pesquisa junto classe de consumidores (essa pesquisa é chamada de Pesquisa de Orçamento Familiar – POF), descobrem o que eles consomem (cesta básica, transporte, material escolar, convênio médico, salão de beleza, escola, etc), e quanto do orçamento familiar é gasto em cada produto.

Podemos citar como exemplo: Uma família pode gastar 35% do seu orçamento em comida, 40% em escola e 25% em transporte. A medida de inflação será então uma média da variação dos preços de comida, escola e transporte, com pesos de 35, 40 e 25% respectivamente. Como poderá acontecer de ter o aumento em determinado mês somente em um item (exemplo: transporte) digamos que de 10%, o índice mostrará inflação de 2,5% nesse mês.

Caso não seja um aumento generalizado nem persistente, poderá ser considerado como aumento pontual, e não inflação diretamente dita. Nesse caso, deverá ser analisado a fundo por um economista, para que não haja conclusões precipitadas.

O mais importante índice de pesquisas no Brasil é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE, que é utilizado para determinar as metas da inflação.

O IPCA apura a variação de preços nos bens consumidos por famílias com renda de 07 a 40 salários mínimos, em nove regiões metropolitanas (Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo), no Distrito Federal e no município de Goiânia.

Para famílias com rendas menores que sete salários mínimos, o índice de pesquisas utilizado é o INPC, o qual é destinado às famílias de baixa renda.

CAUSA:

Normalmente ocasionada pelo excesso de demanda (quando a procura por determinado produto / serviço é maior que a oferta). Pode acontecer também por distúrbios políticos.

Caso ocorra uma guerra no Oriente Médio, por exemplo, o preço do Petróleo com certeza irá disparar, ocasionando a inflação.

EFEITOS:

A inflação é responsável por diversas distorções na economia. As principais acontecem:

• Na Distribuição de Renda (nos salários, normalmente fixados pelo período de um ano, de acordo com a previsão para a inflação nesse período, caso a inflação seja mais alta que a esperada, o poder de compra do trabalhador diminui, já que assalariados não tem a mesma capacidade de repassar os aumentos de seus custos, como fazem empresários e governos, ficando seus orçamentos cada vez mais reduzidos até a chegada do reajuste);

• Na Balança de Pagamentos (inflação interna maior que a externa causa encarecimento do produto nacional com relação ao importado o que provoca aumento nas importações e redução nas exportações);

• Na Formação de Expectativas (diante da imprevisibilidade da economia, o empresariado reduz seus investimentos);

• No Mercado de Capitais (causa migração de aplicações monetárias para aplicações em bens de raiz (terra, imóveis);

• E também a chamada Ilusão Monetária, que seria a interpretação errada da relação de ajuste do salário nominal com o salário real, por definição e que gera por sua vez a percepção errada de maior renda e consequentemente decisões equivocadas. As pessoas, julgando-se mais ricas, demandam mais bens e serviços e, com oferta a pleno emprego, causa dessa forma a inflação.

COMO COMBATÊ-LA?

O governo adota várias ferramentas para prevenir a inflação no país. A primeira e a curto prazo, é Taxa de Juros. A longo prazo, podemos considerar o aumento da oferta de produtos, fazendo com que, dessa forma, tenhamos a diminuição do custo dos mesmos.

QUEM CALCULA O NÍVEL DE INFLAÇÃO NO PAÍS?

O governo estabelece juntamente com o Banco Central um mandato de estabilidade de preços, determinando um teto (meta) para a inflação, estabelecida para o ano. Cabe ao governo trilhar caminhos durante o ano para alcançar essa meta e mostrar assim credibilidade perante o mercado internacional, o qual está sujeito a fortes crises.

Mostrar que a inflação está controlada garante investimentos externos e blinda nossa economia durante as crises internacionais, onde o capital é retirado de países emergentes e aplicado em economias estáveis.

HISTÓRIA DA INFLAÇÃO AO LONGO DOS ANOS:

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