INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES BRASILEIRA
Tese: INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES BRASILEIRA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mltrevelin • 10/10/2013 • Tese • 3.295 Palavras (14 Páginas) • 630 Visualizações
Introdução
As Plataformas Logísticas surgiram na França na década de 60 como conseqüências do avanço dos estudos em gerenciamento de operações. De acordo com Rodrigues (2004), o objetivo inicial das plataformas era reduzir o fluxo de materiais distribuídos de forma desordenada pelos terminais de cargas da periferia das grandes cidades, dessa forma, as plataformas passaram a concentrar e otimizar a distribuição, e, consequentemente, reduziram os custos. Na Europa as plataformas estão ligadas aos portos marítimos, por sua importância nas relações comerciais no mundo e, de acordo com Dias(2005), são responsáveis por uma redução de 12% nos custos logísticos e por um acréscimo de 40% de produtividade em relação a empresas que não realizam suas operações por plataformas.
Como o Brasil é um país com um enorme potencial de navegação, com uma costa marítima de mais de 8,5 mil quilômetros e uma rede navegável interior com cerca de 43 mil quilômetros, alguns portos poderiam tornar-se Zonas de Atividade Logísticas Portuárias (ZAL), tipo de Plataforma Logística agregada ao porto e situada adjacentemente a terminais marítimos de containeres, realizando o transporte sobre longas distâncias, como uma alternativa importante para a multimodalidade.
As plataformas logísticas surgem como resposta à economia moderna, que exige maior velocidade de reação no desempenho rumo à adaptação da grande diversidade de demanda. Isto é possível graças a um sistema integrado de transportes, o qual permite a circulação de informações correspondentes aos movimentos físicos, cada vez mais numerosos e complexos (OCDE, 1997 apud BASTOS, 2001).
O transporte representa o elemento mais importante do custo logístico na maioria das empresas e tem papel fundamental na prestação do Serviço ao Cliente. Do ponto de vista de custos, Nazário (In: Fleury et al., 2000:126) afirma que o transporte representa, em média, cerca de 60 % das despesas logísticas. Ele pode variar entre 4% e 25% do faturamento bruto, e em muitos casos supera o lucro operacional. Dessa forma, iniciativas como a intermodalidade (integração de vários modais de transporte) e o surgimento de operadores logísticos, ou seja, de prestadores de serviços logísticos integrados, apresentam relevante importância para redução dos custos de transporte, pois geram economia de escala ao compartilhar sua capacidade e seus recursos de movimentação com vários clientes.
Este trabalho visa definir, caracterizar, classificar os modais de transporte de carga, estabelecendo uma comparação entre eles, a fim de enriquecer a discussão acerca do tema.
O termo intermodalidade corresponde a um sistema em que dois ou mais modos de transporte intervêm no movimento de mercadorias de uma forma integrada. As empresas procuram novas soluções que lhes reduzam os custos, combinando as possibilidades: caminhão-comboio, barco-comboio, avião-comboio-caminhão etc.
O transporte combinado permite coordenar os meios de transporte por estrada, ferrovia, mar e, recentemente, aéreo, facilitando a sua intermodalidade. Os meios que utiliza são contentores, caixas móveis, caminhões e semi-reboques sobre carruagens e barco.
O Porto seco é um terminal intermodal de mercadorias, rodo-ferroviário, situado no interior de um país e que possui uma ligação direta a um porto marítimo.
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES BRASILEIRA: MODOS RODOVIÁRIO, FERROVIÁRIO E MARÍTIMO DE CABOTAGEM
Classificação dos Modais de Transporte Ferroviário
No Brasil, o transporte ferroviário é utilizado principalmente no deslocamento de
Grandes quantidades de produtos homogêneos, ao longo de distâncias relativamente longas.
Como exemplo destes produtos estão os minérios (de ferro, de manganês), carvões
minerais, derivados de petróleo e cereais em grão, que são transportados a granel. No
entanto, em países como a Europa, por exemplo, a ferrovia cobre um aspecto muito mais amplo de fluxos. Como exemplos de meios de transporte ferroviário, pode-se citar o transporte com vagões, containers ferroviários (1 a 5 toneladas) e transporte ferroviário de semi-reboques rodoviário.
Segundo Ballou (1993:127) existem duas formas de serviço ferroviário, o
transportador regular e o privado. Um transportador regular presta serviços para qualquer usuário, sendo regulamentado em termos econômicos e de segurança pelo governo. Já o transportador privado pertence a um usuário particular, que o utiliza em exclusividade.
Com relação aos custos, o modo ferroviário apresenta altos custos fixos em
equipamentos, terminais e vias férreas entre outros. Porém, seu custo variável é baixo.
Embora o custo do transporte ferroviário seja inferior ao rodoviário, este ainda não é
amplamente utilizado no Brasil, como o modo de transporte rodoviário. Isto se deve a
problemas de infra-estrutura e a falta de investimentos nas ferrovias.
Rodoviário
É o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil, atingindo praticamente todos
os pontos do território nacional, pois desde a década de 50 com a implantação da indústria automobilística e a pavimentação das rodovias, esse modo se expandiu de tal forma que hoje é o mais procurado. Difere do ferroviário, pois se destina principalmente ao transporte de curtas distâncias de produtos acabados e semi-acabados. Por via de regra, apresenta preços de frete mais elevados do que os modais ferroviário e hidroviário, portanto sendo recomendado para mercadorias de alto valor ou perecíveis. Não é recomendado para produtos agrícolas a granel, cujo custo é muito baixo para este modal.
Em relação aos serviços, além da distinção entre transportadoras regulares e frota privada, existem também transportadores contratados e isentos. Quando os clientes
desejam obter um serviço mais adequado as suas necessidades, isentando-se de despesas de capital ou problemas administrativos associados a frota própria, estes se utilizam de
transportadores contratados. Os transportadores contratados são utilizados por um número limitado de usuários em contratos de longa duração. Já os transportadores isentos são aqueles livres de regulamentação econômica, como por exemplo, veículos operados e
...