INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
Artigo: INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Dayvid • 21/7/2014 • 1.750 Palavras (7 Páginas) • 587 Visualizações
INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
Fonte: Gaither e Frazier, 2002; Martins e Laugeni, 2005
1 Introdução
Este texto tem a finalidade de descrever a evolução histórica da Administração da Produção e Operações. Com a evolução do consumo, as empresas criaram o departamento de produção, bem como a integração deste com outras funções organizacionais, formando a base para a consolidação de uma estrutura que dê sustentação ao desenvolvimento de produtos de acordo com a demanda de mercado, dentro de padrões de qualidade e baixo custo, requisitos essenciais para a vantagem competitiva da empresa e sua sustentabilidade a longo prazo.
1.2 A evolução histórica da Administração da Produção e Operações
A APO pode ser entendida como o conjunto de atividades que levam à transformação de um bem tangível em um outro com maior utilidade . A função produção existe desde a origem do homem, dado que este produzia as ferramentas e os utensílios necessários para prover suas necessidades de sobrevivência.
Com o passar do tempo, as pessoas passam a produzir bens mais elaborados, até mesmo para revender a terceiros, dando origem aos artesãos e a forma de produção organizada, dado que estes estabeleciam prazos de entrega, precificação etc.
Com a evolução da produção artesanal, os artesãos começaram a contratar ajudantes denominados aprendizes. Após dominar a técnica de produção artesanal, os aprendizes se tornavam novos artesãos, dando início a uma geração de profissionais liberais de produção artesanal.
A administração de Produção e Operações evoluiu até sua forma atual através da combinação de práticas consagradas do passado, adaptando-se aos desafios de cada era, a fim de buscar novas formas de gerenciar o sistema de produção. Principais acontecimentos que contribuíram para seu desenvolvimento.
1.2.1 Revolução Industrial
Sempre existiram sistemas de produção: as pirâmides egípcias, a Grande Muralha da China e os aquedutos e estradas do Império Romano atestam a indústria dos povos da Antiguidade.
Os sistemas de produção anteriores a 1700 são chamados de sistemas caseiros, dado que a produção era realizada em casa ou em cabanas, onde os artesãos orientavam aprendizes a executarem o trabalho manual dos produtos.
O sistema caseiro foi substituído com o advento da Revolução Industrial na Inglaterra a partir de 1700. O principal elemento revolucionador foi a descoberta da máquina a vapor por James Watt (1764). Essa descoberta trouxe dois avanços importantes:
a força mecanizada substituía a força humana e da água;
o sistema fabril começou a ser estabelecido.
O motor a vapor forneceu a força motriz às fábricas e estimulou outras invenções; com as novas máquinas de produção foi possível reunir os trabalhadores em fábricas distantes dos rios; surge então a necessidade de organizar de maneira lógica os trabalhadores para a produção.
Com o uso das máquinas, houve uma grande mudança na forma como os produtos eram fabricados, tais como:
padronização dos produtos e seus processos de fabricação;
treinamento e habilitação da mão-de-obra direta;
criação e desenvolvimento dos quadros de gerentes e de supervisão;
desenvolvimento de técnicas de planejamento e controle financeiro e de produção;
desenvolvimento de técnicas de vendas.
A padronização dos produtos (Eli Whitney, 1790) contribuiu para a criação de desenhos e croquis de produtos e processos fabris, dando início a função de projeto de produto, de processos, de instalações, de equipamentos etc.
A Revolução Industrial avançou ainda mais com o desenvolvimento do motor a gasolina e da eletricidade nos anos 1800; fornecendo a base para a substituição do sistema caseiro pelo sistema fabril.
1.2.2 O Período Pós- Guerra Civil
O período pós-guerra civil nos EUA (1812) montou o cenário para a grande expansão da capacidade de produção no século XX.
A abolição do trabalho escravo, o êxodo de trabalhadores do campo para as cidades e a maciça influência de imigrantes no período de 1866-1900 forneceram uma grande força de trabalho para os centros urbanos industriais em franco desenvolvimento.
Surgiram modernas formas de capital por meio de companhias com ações em comum: o capitalista separou-se do empregador; os administradores tornaram-se assalariados dos financistas que possuíam o capital.
A rápida exploração e colonização do Oeste Americano criaram a necessidade de numerosos produtos e de um meio de levá-los aos colonos, ávidos por estes produtos.
Surgem as ferrovias, novos territórios são criados, dando início ao desenvolvimento dos transportes e da comunicação.
1.2.3 A Administração Científica
O ambiente sócio-econômico do novo século (XIX) contribuiu para o surgimento da administração científica. A busca de desenvolver meios de utilizar a capacidade de produção para satisfazer os maciços mercados de então, levou engenheiros, executivos, consultores, educadores e pesquisadores a desenvolver o método e a filosofia denominada Administração Científica.
Administração Científica: os atores e seus papéis
Contribuinte Tempo de duração Contribuições
Frederick Taylor 1856 - 1915 Princípios de administração científica, princípio da exceção, estudo do tempo, análise de métodos, padrões, planejamento e controle
Frank B. Gilbreth 1868 - 1934 Estudo dos movimentos, métodos, contratos de construção e consultoria
Lílian M. Gilbreth 1878 - 1973 Estudos da fatiga, ergonomia, seleção e treinamento de empregados
Henry L. Gantt 1861 - 1919 Gráficos de Gantt, sistemas de pagamento por incentivo, abordagem humanística ao trabalho, treinamento
Carl
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