“Impactos das mudanças climáticas em cidades no Brasil” de Wagner Costa Ribeiro
Por: Gustavo Rabello • 24/5/2017 • Resenha • 880 Palavras (4 Páginas) • 534 Visualizações
O artigo “Impactos das mudanças climáticas em cidades no Brasil” de Wagner Costa Ribeiro, primeiramente, procura entender como as mudanças climáticas no mundo afetariam o Brasil. Ao descrever o processo histórico brasileiro, e principalmente como ocorreu a ocupação territorial no país, o autor supõe como as questões ambientais afetam a sociedade, suposições estas quase sempre para ele, ligadas à ocupação indevida do terreno e a grande desigualdade social. Também é deixado claro que, este artigo procura contribuir para que as emissões em áreas urbanas possam ser reduzidas e, também, para diminuir os impactos socioambientais graves, que resultem em perdas de vidas humanas e de bens materiais, como o próprio autor descreve.
É importante citar que o autor não se atém a descrever os males das mudanças climáticas, e sim por em dúvida como o Brasil se sairia dentro deles.
A maioria das grandes metrópoles possui uma distribuição de renda e território muitíssimo desiguais, principalmente na região sudeste. Isso vem desde a época da industrialização, onde a oferta de emprego causo um fluxo migratório gigante para esta região. A superpopulação neste cenário era iminente e resultou em vazios urbanos, concentração de áreas nobres em meio à pobreza e na ocupação de sítios urbanos indevidos, e é neste ambiente que o autor indica um grau de impacto maior dos males das mudanças climáticas.
Foi estabelecida nessas cidades uma economia política que trata o solo como uma mercadoria, cara, e muitas vezes privatizadas para construção de mais indústrias. Se no início as cidades tinham funções voltadas ao comércio e à distribuição de mercadorias, agora passou a desempenhar também a função de produtora de mercadorias. Essa industrialização das cidades adquiriu um caráter homogêneo somente na década de 1990, quando isenções fiscais desconcentrou a industrialização do sudeste, e tornou a urbanização mais presente em outras regiões, entretanto, os mesmos problemas das grandes cidades se repetiam.
Por isso, combater a exclusão socioambiental é a primeira medida para evitar o pior. Por exemplo, a população mais rica do país tem muito mais condições de se adaptarem às catástrofes ambientais do que a população mais carente; mesma analogia feita entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Pessoas que vivem a margem de córregos, beiras de avenidas movimentadas, terrenos íngremes, muito provavelmente possuem baixa renda, e enchentes, poluição e deslizamentos podem se tornar uma realidade muito mais provável para estes, diferente dos que vivem nas zonas mais nobres da cidade.
Entretanto, essa maior adaptação não significa invulnerabilidade. No caso da poluição, mesmo que as emissões mundiais de gases estufa caiam rapidamente, o que é muito pouco provável, os efeitos do aquecimento global serão sentidos pela população das cidades e metrópoles brasileiras por muito tempo. Eles resultam de gases de efeito estufa lançados no passado,em especial pelos países que se industrializaram inicialmente.
Deduz-se então que além da redução da desigualdade, investimentos em infra-estrutura para a proteção da população e, também, a capacitação das pessoas para que saibam atuar diante das situações de risco que muito provavelmente devem surgir em maior quantidade nas cidades brasileiras no cenário mundial atual. Essa iniciativa para problemas socioambientais no brasil deve partir de muitos órgãos do governo, e não
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