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Influência da composição corporal sobre a massa óssea em crianças e adolescentes

Tese: Influência da composição corporal sobre a massa óssea em crianças e adolescentes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/9/2013  •  Tese  •  3.760 Palavras (16 Páginas)  •  501 Visualizações

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Influência da composição corporal sobre a massa óssea em crianças e adolescentes

Wellington Roberto Gomes de CarvalhoI; Ezequiel Moreíra GonçalvesII; Roberto Regís RíbeiroIII; Edson Santos FariasIV; Sara Silveira Penido de CarvalhoV; Gil Guerra-JúniorVI

IPhD in Child and Adolescent Health; Professor, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS), Centro de Ciências Aplicadas à Educação e Saúde (CeCAES), Campus Muzambinho, Muzambinho, MG, Brazil

IIMSc in Child and Adolescent Health; PhD Student, Postgraduate Program in Child and Adolescent Health, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas (FCM-UNICAMP), Campinas, SP, Brazil

IIIPhD in Child and Adolescent Health; Professor, Department of Physical Education, Faculdade Assis Gurgacz, Cascavel, PR, Brazil

IVPhD in Child and Adolescent Health; Professor, Centro de Ciências da Saúde e do Desporto (CCSD), Universidade Federal do Acre (UFAC), Rio Branco, AC, Brazil

VPhysical Education Professional; Universidade Vale do Rio Verde (UNINCOR), Três Corações, MG, Brazil

VIAssociate Professor of the Department of Pediatrics, FCM-UNICAMP, Campinas, SP, Brazil

Correspondência para

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RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a influência da composição corporal sobre a massa óssea em crianças e adolescentes.

MÉTODOS: Estudo transversal com 267 estudantes saudáveis de ambos os sexos (141 meninos e 126 meninas) com idades entre 8 e 18 anos. Peso, altura, índice de massa corporal, massa magra, massa gorda, índice de massa gorda, percentual de gordura corporal, circunferência da cintura e do quadril e relação cintura-quadril foram avaliados. A massa óssea foi avaliada por ultrassonografia das falanges da mão (DBM Sonic BPI GEA, Carpi, Italy).

RESULTADOS: As meninas apresentaram maior massa óssea em relação aos meninos, com o avanço da idade e estádio puberal. Em ambos os sexos, a massa óssea apresentou correlações significativas e positivas com idade, peso, altura, índice de massa corporal, massa magra, e circunferências da cintura e do quadril; e negativa com a relação cintura-quadril. Nas meninas, houve também correlação positiva com massa gorda, índice de massa gorda e percentual de gordura corporal. A idade e a massa magra foram preditoras para a massa óssea nos meninos e a idade, o estádio púbere e o índice de massa gorda preditores nas meninas.

CONCLUSÃO: A correlação entre massa óssea e composição corporal ocorreu em ambos os sexos, sendo a massa magra preditora da quantidade óssea nos meninos e o índice de massa gorda nas meninas.

Unitermos: Ultrassonografia; densidade óssea; falanges dos dedos da mão; obesidade; saúde escolar.

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INTRODUÇÃO

A avaliação da composição corporal em crianças e adolescentes assume grande relevância, pois expressa as condições de vida e de saúde da população e a sua influência sobre os riscos de morbimortalidade. A incidência de obesidade aumenta progressivamente em praticamente todo o mundo e pode ser considerada atualmente um dos principais problemas de saúde pública1. A infância tem sido apontada como período crítico para desenvolver a obesidade2,3.

Em contraste com tais consequências, estudos sugerem que a obesidade parece ser um fator protetor contra risco de fraturas e osteoporose4, tendo em vista que indivíduos obesos apresentam maior massa óssea quando comparados com eutróficos5. Em princípio, a maior massa óssea em indivíduos obesos pode estar ligada ao aumento do peso corporal.

Ainda, é muito discutida a verdadeira contribuição da massa gorda para a massa óssea. Arabi et aí.6, realizaram um estudo transversal com 363 estudantes, com idade entre 10 e 17 anos, e observaram que as massas magra e gorda foram preditoras da massa óssea em meninos e meninas.

Verifica-se que a avaliação da massa óssea em crianças e adolescentes é importante não apenas para elaboração de programas de intervenção, mas sobretudo porque o acúmulo de massa óssea durante a fase de crescimento desempenha um importante fator de prevenção da osteoporose na fase adulta7. Estudos que levem a uma melhor compreensão desta problemática são de grande interesse da comunidade científica, sobretudo, tendo em vista que a contribuição da composição corporal sobre a massa óssea ainda não está totalmente esclarecida.

Diante disso, o estudo objetivou-se a avaliar a influência da composição corporal sobre a massa óssea em crianças e adolescentes.

MÉTODOS

Trata-se de estudo transversal realizado em estudantes, de ambos os sexos, com idade entre 8 e 18 anos, matriculados em escola da rede pública da cidade de Francisco Morato (SP), região norte-nordeste de São Paulo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Protocolo nº 504/2009), e o consentimento informado por escrito foi outorgado pela direção da escola e pelos responsáveis pelos alunos.

Foram incluídos todos os alunos regularmente matriculados na escola no ano letivo de 2009. Os critérios de exclusão foram presença de deficiências físicas (permanentes ou temporárias) que impossibilitassem as avaliações, uso de medicamentos que pudessem interferir na composição corporal ou na massa óssea, não concordância dos pais ou dos alunos ou não comparecimento na avaliação.

A amostra foi composta por 267 estudantes (masculino = 141 ou 52,8% e feminino = 126 ou 47,2%).

As idades cronológicas foram estabelecidas por meio de cálculo das idades decimais, tendo como referência a data de nascimento e a data de coleta de dados, adotando-se os intervalos decimais entre 0,50 a 0,49 de acordo com Eveleth e Tanner8, ou seja, para que uma criança fosse incluída no grupo etário de 8 anos deveria apresentar idade centesimal de 7,50 a 8,49 anos na data da coleta de dados. A partir desse dado, todos os alunos foram divididos em grupos de 8 a 10 anos, 11 a 13

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