Introdução
Trabalho Escolar: Introdução. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Naira12 • 11/4/2014 • 1.945 Palavras (8 Páginas) • 443 Visualizações
INTRODUÇÃO
A Escola Municipal de Ensino Fundamental “Arlinda Gomes da Silva”, fundada no dia 27 de novembro de 2002, localizada à Avenida Principal S/N no Bairro Ouro Fino, Município de Barra do Garças – MT, trata-se de uma escola bem estruturada, à qual escolhemos como fonte de informações necessárias para a análise teórico-reflexiva sobre esse espaço educativo.
Contudo, buscamos conhecer o espaço educativo empreendendo uma atitude investigativa o que permitiu discutirmos a realidade escolar, colaborando para a produção de um texto coletivo que sintetiza a compreensão adquirida sobre a educação atual.
Neste texto, apresentamos as experiências vividas durante a visita feita na Escola Municipal de Ensino Fundamental “Arlinda Gomes da Silva” levando em consideração que nossa observação foi para além da aparência, buscamos perceber a essência do ato educativo dos “atores” envolvidos diretamente à rotina escolar e ao aprendizado dos alunos.
Para uma melhor análise, solicitamos de uma professora com formação em pedagogia a permissão para acompanharmos um dia de aula. A Prof.ª Eliana Marques Santos, profissional essa com 12 anos de experiência trabalhando com Educação Infantil, nos foi solidária não só permitindo que acompanhássemos uma de suas aulas como também nos munindo de informações e experiências vivida por ela em sala de aula.
DESENVOLVIMENTO
Assumindo uma postura investigativa com olhar pesquisador, buscamos apresentar o ambiente educativo da Escola Municipal de Ensino Fundamental Arlinda Gomes da Silva, situada no Bairro Ouro Fino na cidade de Barra do Garças, Estado de Mato Grosso.
A princípio iniciamos a coleta de informações visitando a escola em questão, conhecendo seus ambientes. Nesta rápida observação averiguamos que esta escola possui todos os quesitos mínimos para a aplicação de uma educação de qualidade, ou seja, sala de professores, biblioteca, laboratório de informática, refeitório, área de lazer, quadra poliesportiva, coordenadoria e sala exclusiva para a direção. Quanto ao corpo docente, observa-se que os mesmos se reúnem frequentemente em conselho de classe onde, em teoria, deveriam discutir as dificuldades apresentadas pelos alunos em sala de aula e elaborarem ações que os auxiliem a melhorar o aprendizado individual e coletivo dos alunos citados no conselho.
O privilégio de acompanhar a rotina dentro de uma sala de aula nos foi dado pela Prof.ª Eliana Marques Santos, responsável pelos alunos do 1º ano do Ensino Fundamental. Formada em Pedagogia, muito focada na aprendizagem dos seus alunos, ministra aulas há 12 anos. Em uma sala bem diversificada, observamos um grande empenho da Prof.ª Eliana, muito carinhosa e atenciosa, busca dia a dia instruir seus alunos de forma que os mesmos não se sintam obrigados a aprender e sim felizes em aprender. Nesta sala de aula, percebemos a presença de um aluno “cadeirante”, e o mesmo é coberto de atenção e carinho de forma que não se sente diferente ou “especial” em relação aos demais colegas de sala. Colegas esses que não apresentaram nenhum tratamento desigual pelo fato do mesmo ter restrições físicas.
Algumas atividades apresentadas pela Prof.ª Eliana são atividades motoras e neste caso a atenção dada ao “cadeirante” é redobrada. O aluno em questão demonstrou gostar muita da professora, de seus colegas e principalmente das atividades fora de sua cadeira de rodas.
Nesta sala de aula o que nos trouxe admiração é a atenção que a professora tem com a vida dos alunos fora da escola. Ela nos informou que muito dos pais, não acompanham a vida escolar dos seus filhos e não vêem a escola como agende de auxilio na educação e alfabetização e sim como único responsável na formação destes indivíduos. Devido esse abandono dos pais e ou responsáveis os professores sentem dificuldade no processo de aprendizagem dos seus alunos. Infelizmente sabemos que este desinteresse por parte dos pais não é um caso isolado e além de ser um fato prejudicial no desenvolvimento das crianças é algo complexo para ser resolvido apenas pelos agentes colaboradores nas instituições de ensino.
A Escola Arlinda Gomes da Silva faz parte do projeto “Mais Educação” oferecido pelo Governo Federal. Este projeto visa complementar o projeto educacional das escolas fazendo com que as crianças permaneçam por mais algumas horas na escola tendo acesso a aulas de dança, canto, capoeira, reforço a alfabetização e socialização. Além de alimentação esses alunos também são monitorados por tutores e orientadores que buscam auxiliar em todas as atividades.
Mesmo com todos esses esforços da escola em questão, notamos certa dificuldade no quesito “educação”. Mas quando aqui falamos em educação estamos falando em seu sentido mais amplo, aquela educação de costumamos dizer que vem de berço. Um número grande de pais faz uso da escola e do projeto “Mais Educação” pensando que a escola é a única responsável por educar seus filhos e isso não é totalmente verdade. Orientações éticas e morais devem ser iniciadas no convívio familiar, porém na sala de aula da Prof.ª Eliana há um aluno que não possui uma estrutura familiar que possa instruí-lo, pois segundo relatos da professora este aluno não conhece a mãe, o pai trabalha como viajante fazendo que ele passe apenas poucas horas em casa, desta forma a responsabilidade da educação fica por conta dos avós paternos que já estão em idade avançada e apresentam uma saúde fragilizada o que dificulta o acompanhamento escolar pois os mesmos não são alfabetizados.
Fatos como esse são comuns e os educadores acabam tendo que lidar com outro problema, os traumas psicológicos que porventura surgem nessas crianças. Pois a criança percebe que ao seu redor todos seus colegas possuem uma referência familiar (pai e mãe) e em seu caso se sente excluído, abandonado mesmo com o esforço da professora entrevistada em amenizar a dor desta criança.
Quando questionamos a Prof.ª Eliana sobre quais as atividades ligadas à rotina escolar são consideradas mais importante a mesma apresentou que as atividades oferecidas pelo programa “Mais Educação” é um forte aliado no desenvolvimento cultural e social das crianças. Como sugestão sobre o que deveria ser diferente dentro do espaço escolar, a Prof.ª Eliana diz que se sentiria muito mais motivada e feliz se todo o corpo docente da escola seguisse o Plano Político Pedagógico da escola visando realmente o bem estar e a aprendizagem dos alunos e não apenas se importar com o salário final do mês. Talvez mais qualificação, práticas educacionais e um toque de sensibilidade pedagógica
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