Jhonas Eliaby
Dissertações: Jhonas Eliaby. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Ceclia • 3/4/2014 • 1.313 Palavras (6 Páginas) • 192 Visualizações
O Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) tem como principal objetivo auxiliar o professor na hora da escolha dos livros que serão utilizados pelo corpo docente durante o ano letivo. Essa escolha deve ser feita de acordo com o projeto político-pedagógico e com as características socioculturaisda escola,e, por isso, deve ser criteriosa. Por esse motivo, as resenhas das coleções aprovadas pelo MEC, devem ser analisadas atentamente. A coleção escolhida pela dupla para fazer uma resenha é “Matemática e realidade”, código 24931COL02, de Gelson Iezzi, Osvaldo Dolce e Antônio Machado.
Introdução
“Matemática e realidade” é uma coleção bem estruturada, disposta em unidades e, dentro dessas, capítulos. Ela dá muita atenção a algoritmos, em detrimento ao pensamento utilizado para se chegar neles. Isto priva o aluno do raciocínio lógico, que é essencial na Matemática, acostumando-o a decorar métodos e fórmulas para resolver problemas. Desde cedo é necessário o incentivo ao raciocínio, pois quanto antes o aluno souber analisar questões e demonstrar propriedades, mais proveitoso será o aprendizado da Matemática.
Há também uma preocupação desnecessária com nomenclatura, o que atrapalha, pois é mais uma coisa que o aluno tem que decorar.
Por outro lado, o livro traz exercícios que aumentam o grau de dificuldade gradativamente ao longo do capítulo. E também são encontradas suas respostas no fim de cada exemplar, auxiliando o aluno na verificação.
Destacam-se positivamente também as seções “Desafio”, propondo questões que exigem bastante esforço mental do aluno, o que ajuda o desenvolvimento do seu raciocínio matemático, “Matemática em notícia”, mostrando a disciplina no cotidiano, “Teste seu conhecimento”, que faz um apanhado geral do conteúdo visto na unidade através de exercícios mais elaborados, uns até de vestibular e “Matemática no tempo”, que recorre a alusões históricas para explicar o surgimento de alguma ideia ou conceito e, após isso, propõe exercícios interessantes sobre o assunto.
A seguir será comentado com mais detalhes cada livro dessa coleção.
6º ano
O livro desse ano apresenta o conteúdo bem disposto entre as unidades e traz uma linguagem clara e de fácil entendimento, mas no primeiro capítulo os tópicos “A criação dos números” e “Números naturais” poderiam preceder as operações de adição, subtração e expressões aritméticas.
Os autores mesclam muito bem a operação de multiplicação com os problemas de contagem, já introduzindo, disfarçadamente, a ideia de Análise Combinatória. Contudo, isso é feito de uma forma bem rápida, com apenas um exemplo e, após isso, uma bateria de exercícios.
As frações são apresentadas seguindo uma ordem adequada, mas o que impressiona é a grande quantidade de algoritmos e regras que o livro coloca para resolver questões simples, como frações equivalentes e adição de frações. Sendo que, antes de apresentar esses métodos, o livro poderia mostrar como pensar nos problemas sem usá-los, para assim, mais tarde, permitir que os alunos cheguem sozinhos (ou com a ajuda do professor) aos algoritmos.
Já na multiplicação e na divisão de frações, os autores dão uma explicação bastante lúcida sobre tais operações, para depois explicitar a “regra”, o que auxilia o aluno no pensamento. Faltou a representação da fração na reta.
A Geometria é muito bem comentada e explicada, pois dá um bom fundamento, perfeito para quem está começando a ter um contato mais formal com essa área da Matemática. Os assuntos que ficaram um pouco soltos foram as noções de semirreta e de ângulos. O livro já introduz a ideia de polígonos e curvas, o que é bom, mas exagera quando explicita as fórmulas de volume e de unidade de massa.
7º ano
O conteúdo abordado em todas as unidades do livro está de acordo com o que é proposto no PCN. A abordagem do livro é feita de maneira sucinta, pois vai direto aos conceitos sem uma contextualização, porém, o conteúdo ensinado é, em sua maioria, direcionado ao cotidiano do aluno. Em alguns capítulos se utiliza, como ferramenta, um breve resumo de conceitos já vistos em unidades anteriores.
Os exemplos usados são bons, pois são situações vivenciadas pelo aluno, facilitando sua aprendizagem. Porém são feitos poucos exemplos numéricos e logo é proposta uma bateria de exercícios para serem resolvidos. Esses meramente mecânicos, levando o aluno a decorar ao invés de pensar. Existem poucas atividades em grupo, deixando de trabalhar o lado sociocultural do aluno.
Em todo final de capítulo há um desafio, que leva o aluno a pensar e a investigar, visto que estes são interdisciplinares. Destaque para a seção “Matemática em nota”, onde o aluno vê a aplicabilidade do assunto ensinado, como gráficos e artigos de jornais.
Há ainda a seção “Você sabia?”, que ajuda no aumento de conhecimento do aluno. Nos finais das unidades encontra-se também o “Teste seu conhecimento”, servindo como revisão do conteúdo estudado.
8º
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