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LEITURA E OS SENTIDOS DO TEXTO

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Por:   •  20/3/2014  •  1.622 Palavras (7 Páginas)  •  386 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Falar em leitura traz à questão da produção de sentidos no contexto de interação recíproca entre escritor e leitor através de um texto, os quais se compreendem, de acordo com a subjetividade do leitor: seus conhecimentos, suas experiências e seus valores.

Por isso, podemos dizer que o texto se constrói a cada leitura, não trazendo em si um sentido preestabelecido. Na produção de sentidos, quem lê, tem um papel ativo, sendo a interpretação muito importante para esse tipo de atividade. Isto acontece porque se proporciona a construção de novos conhecimentos a partir de dados previamente existentes que são ligados às informações e idéias do texto. Esse processo oportuniza a mudança e a transformação do leitor, que acaba por transformar o texto.

Este texto pretende fazer uma reflexão acerca das questões que envolvem a leitura e seus processos de sentido.

A LEITURA E A PRODUÇÃO DE SENTIDOS

Se incluir no mundo se faz a partir do embate de diferentes significados. O indivíduo sente-se inserido à medida que vivencia significados relacionados ao mundo por ele mesmo e pelos outros (Silva, 1996).

No entanto, as significações que cria do mundo dependem das posições que nele assume. Por isso, o “estar no mundo” sugere a possibilidade de atribuição de significados, de dar sentidos às coisas. “A psiquê humana não lida apenas com o que é, mas com o que pode ser”. (Donaldson, 1987, p. 97).

O significado não está apenas no texto oral ou escrito. Ainda que o texto carregue um sentido pretendido, ele pode ter várias facetas, oferecendo possibilidades de ser reconstruído a partir do universo de sentidos de quem lê, a partir dessa própria interação.

Na leitura, tanto autor e leitor, constituem-se e são constituídos através do encontro de significados gerados de acordo com suas próprias perspectivas de mundo e esta perspectiva assumida pelo sujeito, amplia sua compreensão da realidade.

Dessa forma, ao atribuir sentido ao texto, o indivíduo o constitui, transformando-o em algo novo e diferenciado, aplicando vida ao texto.

E são vários os gêneros textuais que possibilitam a construção de inferências do leitor, dando-lhe a liberdade de dar significado, criando e recriando realidades.

De modo geral, podemos dizer que há textos que lemos porque queremos nos manter informados (jornais, revistas); há textos que lemos para realizar trabalhos (teses, livros); há, ainda, outros textos cuja leitura é realizada por prazer, (poemas, contos); e não podemos esquecer dos textos que lemos para consulta (dicionários, catálogos), dos que somos coagidos a ler de vez em quando (manuais, bulas), dos que chegam em nossas mãos (panfletos) ou nos são apresentados aos olhos (outdoors, faixas).

São os objetivos do leitor que guiarão o modo de leitura, em mais tempo ou em menos tempo; com mais atenção ou com menos atenção; com maior interação ou com menor interação, etc.

Além dos fatores da compreensão da leitura derivados do autor e do leitor, há os derivados do texto que dizem respeito à sua legibilidade, podendo ser materiais, lingüísticos ou de conteúdo.

Dentre os aspectos materiais que podem comprometer a compreensão, existem: o tamanho e a clareza das letras, a cor e a textura do papel, o comprimento das linhas, etc.

Também existem os aspectos lingüísticos que podem dificultar a compreensão, tais como: estruturas complexas; orações super-simplificadas, marcadas pela ausência de nexos para indicar relações de causa/efeito, espaciais, temporais; ausência de sinais de pontuação, etc.

Vale à pena lembrar que, uma boa leitura se constitui de interesse e concentração. E mais

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