LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS
Pesquisas Acadêmicas: LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kamillamarcia • 15/9/2014 • 1.610 Palavras (7 Páginas) • 337 Visualizações
INTRODUÇÃO
Este texto tem por finalidade abordar e refletir sobre a docência: as perspectivas e os desafios que envolvem esta profissão. Considerações serão realizadas acerca dos aspectos aliados às práticas docentes, à realidade do professor, sua formação, bem como aos desafios que o mundo contemporâneo faz à educação, mais especificamente à escola e ao profissional que nela atua.
A Profissão Docente: Perspectivas e Desafios
Atualmente a identidade do profissional docente tem sido redefinida em função de uma sociedade em rápida transformação de perspectiva e valores, o que tem demandado tanto dos profissionais quanto dos sistemas educativos nos quais estão inseridos; ações que possam responder a esses desafios.
Os desafios pertinentes a profissão docente é alvo nas mais atuais discussões no âmbito educacional. Analisando a educação brasileira e sua crise histórica, que se manifesta nos altos índices de evasão e fracasso escolar, nos recursos insuficientes destinados à educação e na busca incessante por uma educação de qualidade, podemos chegar a uma conclusão de uma sucessão de tentativas.
A grande maioria das reformas educacionais brasileiras propostas e colocadas em prática é caracterizada por enfatizar o processo, recorrendo a novos recursos da tecnologia educacional e por condicionar os fins da educação às necessidades da produção e do desenvolvimento econômico do país.
Nessa perspectiva, o professor é visto como um mero técnico aplicador de regras, planos e normas concebidas por especialistas e, como tal, não é ouvido nem considerado com relação às mudanças possíveis no seu campo de trabalho, além de muitas vezes ser cobrado e culpado pelo fracasso da escola e do sistema educacional.
Desta forma, os educadores podem encontrar caminhos para lidar, por exemplo, com as dificuldades associadas à implementação do projeto pedagógico, ao distanciamento das famílias, à violência e às drogas na escola, ao mau desempenho dos alunos, à falta de identidade da instituição, fatores que, isoladamente ou em conjunto, afetam o equilíbrio da profissionalidade docente.
Pelo fato de favorecer uma reflexão contextualizada sobre o exercício profissional, o posicionamento crítico sobre a vida escolar, válido em si mesmo, estende o seu potencial formativo, criando alternativas também para o enfrentamento responsável das condições limitantes do trabalho docente e dos fatores de insatisfação que, tão freqüentemente, associam-se aos prejuízos educacionais ou até ao comprometimento da saúde dos docentes.
Um dos questionamentos que envolvem essa temática pode ser respondido quando se entende a competência docente como algo não traduzível por técnicas ou habilidades. O professor não é um técnico. É, antes de tudo, um sujeito integrado com o mundo e sabedor de seu papel social. Ser professor significa ser um sujeito capaz de utilizar o seu conhecimento e a sua experiência para desenvolver-se em contextos pedagógicos práticos.
Analisando a nível acadêmico, percebemos que as ideias são contrárias; devemos apostar na transformação e mudança da educação como um processo interno, gerado pela reflexão, participação e conscientização dos sujeitos educativos: seu pensamento, sua experiência para a vida e seus projetos, atitudes, crenças, valores e ideais, com o objetivo maior de incentivar a participação do professor nas políticas educacionais e na construção do coletivo nas escolas.
Formar profissionais capazes de criar situações de aprendizagem deveria ser o objetivo principal da maior parte dos programas de formação inicial e continuada dos professores da pré-escola à universidade. Tal visão, porém ainda está muito longe do verdadeiro sentido que se deve dar ao termo tornar-se professor.
Ensinar é trabalhar com alunos sobre conhecimentos que evoluem sem cessar e que estão organizados em disciplinas com fronteiras mais ou menos estáveis. Com freqüência, os jovens têm que percorrer uma grande distância para se apropriarem de conhecimentos fundamentais; por outro lado, a sociedade exige aos professores que os seus alunos não fracassem, que todos dominem saberes elaborados e evolutivos, que desenvolvam uma atitude crítica e que, em situações imprevistas, sejam capazes de resolver problemas complexos. Os professores têm que transmitir saberes atualizados, pondo em evidência as suas múltiplas utilizações na vida. Com a educação ao longo da vida, que se converteu numa necessidade, há que transmitir saberes mais pertinentes, iniciar a pesquisa de informação e de conhecimentos (recorrendo aos meios de comunicação mais modernos como internet e etc.) e estimular o gosto pela descoberta e a atividade intelectual permanente.
Para Perrenoud (1997) a profissionalização só será um progresso quando, do ponto de vista social, o aumento do nível de instrução geral se tornar prioritário, numa tentativa de acelerar uma evolução global da sociedade. O docente tem que trabalhar o sentido dos conhecimentos ensinados e motivar os alunos para quem esta ideia não seja clara. Trabalhar os conhecimentos com os alunos é o núcleo central da atividade docente. É necessário convencer os jovens de que é através da atividade intelectual que garantem o seu êxito, de que o verdadeiro saber não é um conjunto de conhecimentos memorizados para recitar, mas um saber crítico adaptável a situações diversas. Da parte dos professores, é indispensável um bom domínio dos conhecimentos científicos. O desenvolvimento de uma pesquisa própria, que não se restringe apenas à sua prática, mas aos conhecimentos específicos de sua identidade disciplinar e aos saberes docentes próprios do campo, contribuirá decisivamente para que o professor encontre os próprios rumos de sua profissionalização – contribuição necessária para a valorização do trabalho docente.
Ao mesmo tempo, o professor deve conseguir que os alunos adquiram valores sociais e cívicos fundamentais para a coesão social e para a vida democrática das sociedades.
Neste sentido, ensino e educação são duas faces inseparáveis da profissão docente. Incitando o aluno a enfrentar as conquistas humanas, a compreender o seu sentido e a apropriar-se dos seus princípios, o professor
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