Leitura E Os Sentidos Do Texto
Ensaios: Leitura E Os Sentidos Do Texto. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 8404114523 • 9/4/2014 • 1.943 Palavras (8 Páginas) • 423 Visualizações
Leitura e os Sentidos do Texto
Concepção de Leitura
A leitura é uma atividade de capacitação das ideias do autor, na qual se leva em conta as experiências e os conhecimentos do leitor; e exige do leitor bem mais que o conhecimento do código linguístico, o texto não é simples produto a codificação de um emissor a ser decodificado por um receptor passivo.
A partir dessa proposta, temos o fato de que a concepção de leitura se torna pessoal ao notar-se que essas perguntas abaixo podem ser respondidas de diferentes maneiras dependendo da concepção de sujeito, de língua, de texto e de sentido que se adote.
O que é leitura?
O que lemos?
Por que lemos?
Segundo Koch (2000, PLT 225, p. 09 – cap. 1), concepção de língua referente à representação do pensamento é igual a sujeito psicológico, individual, dono de sua vontade e de suas ações.
O que é Leitura?
É um tipo de conhecimento? Conhecimento prévio e/ou construído no grupo?
Relaciona-se com a experiência de cada um?
É o resgate de uma experiência vivida? Ou é o desejo de uma experiência por viver?
Como leitura e experiência podem se articular? Contando histórias e resinificando-se?
Pode ser fragmentada ou global essa leitura? Pode acontecer por diferentes formas de ver, expressar-se? Precisa ou não do outro?
Qual é o papel desse outro na leitura? Influenciar? Ser influenciado? Os dois? Leitura e mudança e pontos de vista... Por que essa relação?
A leitura nos ajuda a fazer relações? Ou é nas relações que ela se constitui?
O que a leitura tem a ver com a visão de mundo, afinal? E com a nossa história pessoal e social? Ler pode ser construir uma determinada história? Mas e, o conhecimento, o que tem a ver com essa história?
O que Lemos?
Na verdade, a leitura pode estar relacionada a todas estas questões, como tudo o que não podemos de imediato imaginar. A leitura é o próprio ato de ver, na sua concretude ou representado por meio da escrita, do som, da arte, dos cheiros.
A leitura é uma experiência cotidiana e pessoal representativa para cada pessoa.
Por que Lemos?
Por meio da leitura e de nossa visão de mundo, conseguimos o domínio da palavra. Através da palavra, trocamos ideias e conhecimentos, sendo possível entender o mundo que nos cerca. Com o domínio da palavra nós nos transformamos e, ao nos transformar, nos é permitido construir um mundo melhor.
Em nossas histórias, é possível resgatar lembranças... Resgatando lembranças, voltamos no tempo. Ao voltarmos no tempo, entendemos as raízes que fazem parte da nossa cultura, essa cultura que nos foi dada como base para nossa formação de cidadãos críticos e conscientes dos nossos atos.
Estratégias de Leitura
Nossas leituras nos fazem pensar sobre as verdades pessoais. Como se constroem? De que maneira sobrevivem? E até mesmo podemos pensar se existe a possibilidade de transformá-las. Percebemos a fragmentação como obstáculo considerável no processo de leitura.
Somos seres integrados, capazes de relacionar ideias e isso nós torna capazes de operar transformações. Assim como é impossível separar corpo e mente, torna-se evidente a incoerência na segmentação do conhecimento.
Nossa experiência nos permite avançar no conhecimento e, assim, amplia nossa visão de mundo. Nada está estático, nada é absoluto: as verdades se constroem e se reconstroem ao longo da vida.
A verdade está dentro dos olhos de quem a vê, no coração de quem a sente e na mente que reflete sobre ela. Assim, tudo é uma coisa só.
Leitura e a Produção de Sentidos
A mente humana necessita organizar as vivências e experiências de modo significativo e articulado, buscando relações até mesmo entre acontecimentos que não revelam ligações ou correspondências evidentes entre si. Não lida apenas com o que é mais com o que não se pode ser não se limita ao que está literalmente posto ao contrário, vai além.
A produção de sentidos textuais implica ouvir o que o texto tem para dizer e relacionar aquilo que se puder perceber e capturar, de modo bastante assimétrico, não linear e difuso, os conhecimentos já construídos e incompatíveis com o que o texto compõe.
É o leitor quem orquestra a leitura, quem produz sentido, quem transforma, mas é o texto quem inicialmente dirige o processo.
Ler é estar conectado com a leitura do outro, é receber e enviar informações, é logar na realidade do outro, é entender que sem o outro o seu ponto de vista é só um ponto de vista.
Gêneros textuais
Os gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais.
Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características.
Gêneros Textuais
Carta - Quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativo-argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores. Quando se trata de "carta pessoal", a presença de aspectos narrativos ou descritivos uma linguagem pessoal é a mais comum.
Propaganda - É um gênero textual dissertativo-expositivo onde há o intuito de propagar informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo.
Bula de Remédio - É um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto
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