Liderança
Artigo: Liderança. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Cristiane25 • 12/5/2013 • 4.465 Palavras (18 Páginas) • 468 Visualizações
1 – CONCEITO DE LIDERANÇA
Liderança é um termo carregado de diferentes pontos de vista que nos remete sempre ao mesmo conceito de “conduzir um grupo de pessoas através da habilidade de motivar e influenciar para que contribuam da melhor forma para o objetivo do grupo e da organização”.
Se o poder é visto como algo negativo, a liderança tende a ser considerada como uma qualidade. Essa colocação tem sido um dos fatores que evitara, através dos tempos, uma análise neutra e sistemática desse fenômeno que surge toda vez que pessoas se reúnem em grupo, seja esse formal ou informal.
A questão da liderança atraiu principalmente a atenção dos estudiosos da psicologia e da administração com o objetivo de se compreender a emergência e estabelecer a sua eficácia nas organizações produtoras de bens ou serviços. Apesar do acúmulo de estudos nessa área, cujo número tem-se multiplicado nos últimos oitenta anos, os resultados têm sido pouco conclusivos.
O conceito de liderança tem um status ambíguo na prática organizacional, da mesma forma como na teoria. As primeiras investigações sistemáticas sobre a liderança centraram-se na procura de um conjunto de traços universais que distinguiram o líder dos seus subordinados. Essas características procuradas variam desde fatores físicos e constitucionais até habilidades, traços de personalidade, história de vida etc. Os resultados dessa linha de investigação acabaram por redirecionar o foco para análise da interação mais como uma forma de relacionamento e com a definição de categorias ou fatores que captassem as características do líder eficaz e permitisse encontrar fórmulas ou prescrições universais para a liderança ideal.
Dentro das organizações a historia não é diferente no que se diz respeito às qualidades pessoais dos lideres. A estrutura de uma organização exige que se adotem grupos, seções, departamentos ou qualquer divisão que distribua as tarefas dos demais variados tipos a serem executados por diversas pessoas em suas determinadas categorias de cargo.
Estes “funcionários” compõem cada um, uma peça de engrenagem para funcionamento total da organização, a que se depara com os mais variados tipos de situações à que estão submetidos no seu cotidiano. De acordo com o grau de instrução, elas não conseguem sair de algumas situações às quais não conhecem ou não estão preparadas. Diante disso é de grande importância o trabalho de uma liderança, porque temos nele uma diretriz para qualquer situação, onde podemos encontrar soluções ou orientação de como resolve-los.
Os estudos pioneiros isolaram duas variáveis ou dimensões que determinariam a liderança eficaz, a consideração e a estrutura, sintetizando duas tendências bastante claras das ciências da administração, ou seja, os aspectos humanos (consideração) e aspectos técnicos (estrutura). O estilo ideal seria aquele em que o líder apresentasse alta consideração (relacionamento e comunicação) e alta estruturação (papel ativo no planejamento e direcionamento do grupo).
Com inspiração neste modelo bastante simples, surgiram outros com outras variáveis, todas elas com um ponto em comum: a busca de estilos ideais. As diferenças eram a introdução de variáveis interventoras situacionais ou contingências tais como: características, necessidades, motivação do liderado, natureza da atividade, condições do meio ambiente, e etc. Todos esses modelos focalizavam a relação chefe/subordinado dentro do contexto da organização, partindo do pressuposto de que o líder pode adquirir as habilidades requeridas pela liderança eficaz através do treinamento.
Segundo Cortella em artigo publicado no blog Ciatech, “Liderar é inspirar, motivar e animar ideias, pessoas e projetos. Desse ponto de vista, liderança é a capacidade de elevar para melhor uma condição coletiva. É por isso que não se deve confundir liderança com chefia. Chefes são ligados à hierarquia e não são os responsáveis por elevar uma equipe para o melhor, diferentemente do líder, que implica nessa elevação e busca constantemente isso”.
Mediante a esta citação, comprova-se a ideia de que a liderança é uma arte, pois não basta apenas ter técnicas de liderança, é necessário capacidade e sensibilidade, pois lidar com pessoas e influencia-las a fazer aquilo que se tem como objetivo é uma tarefa um tanto quanto árdua, pois pessoas são mutáveis e diferentes uma das outras, por apresentarem criações e caráter diferenciado.
Liderança não é algo que nasce da noite para o dia, é algo que se constrói em decorrência de exemplo e admiração. Mover sua equipe a fazer o que deve ser feito com vontade e determinação exige muita habilidade e senso de que um líder sozinho não faz nada, mas um líder com uma equipe bem formada torna os objetivos alcançáveis e reais.
2 – CONCEITOS DAS TEORIAS DE LIDERANÇA
Os desafios atuais das organizações exigem diferenciar o líder do chefe, que é aquela pessoa encarregada por uma tarefa ou atividade de uma organização e que, para tal, comanda um grupo de pessoas, tendo autoridade de mandar e exigir obediência.
Para os gestores atuais, são necessárias não só as competências do chefe, mas principalmente as do líder. Mas, o que é liderança?
Liderança é um campo convida a exploração e a descoberta. Olhando para o futuro, a pergunta pode até ser mudada de: “O que é liderança?”, para: “O que será liderança?”. No debate sobre líderes e liderança respostas já foram encontradas, mas muitas perguntas ainda permanecem.
Como um conceito geral e simplificado, podemos dizer que Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados. É a habilidade de motivar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da organização.
Ao longo dos tempos diversos autores conceituaram o tema Liderança de acordo com seus estudos, contexto cultural, social e ambiental. Entre as teorias mais estudadas podemos citar a Teoria dos traços, a Teoria comportamentalista e o Modelo contingencial, que serão apresentados a seguir.
2.1 – Teoria dos Traços
A primeira abordagem vê a liderança como resultado de uma combinação de traços, enfatizando especialmente as qualidades pessoais do líder, onde o mesmo deveria possuir certas características de personalidade especiais que seriam facilitadoras no desempenho da liderança e que de certa forma os diferenciasse dos que não possuíssem nenhuma habilidade
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