Língua portuguesa
Tese: Língua portuguesa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 30/8/2013 • Tese • 5.730 Palavras (23 Páginas) • 471 Visualizações
Disciplina Comunicação Empresarial
Portfólio Portfólio 1
Portfólio 1
OBJETIVO
• Refletir sobre a pesquisa nos estudos da língua portuguesa;
• Articular conceitos teóricos à prática do ensino da língua materna;
• Verificar diferenças entre falar e escrever;
• Realizar estudo de textos escritos: interpretação e produção, tipos de composição,
desenvolvimento de parágrafos e frases.
• Retomar estudos de gramática: ortografia, concordância nominal, concordância verbal, flexões
verbais, regência verbal, regência nominal, pronomes, pontuação.
ORIENTAÇÕES
• As questões referem-se aos textos que as precedem. Leia-os com a máxima atenção antes de
iniciar a análise.
• Deve-se observar o sentido real e o figurado das palavras do texto, a fim de verificar seu uso no
contexto escrito.
• Os exercícios são de caráter objetivo. Logo há apenas uma resposta para cada item.
• Para utilizar o Dicionário Aurélio que está no Portal Eniac:
• 1- Acesse o endereço: www.portaleniac.com.br e faça seu login.
• 2- Clicar em APOIO.
• Obs.: Utilizar a Bibliografia para consulta e resolução dos exercícios.
• FIORIN, P. Lições de Textos: Leitura e Redação.SP: Ática, 2003.
• MENDES, E. ; COSTACURTA JUNQUEIRA, L.A. Comunicação sem medo.SP: Gente, 1999.
• GRION, L.400 Erros que um Executivo comete ao Redigir.SP: Edicta, 2002.
QUESTÕES:
1. Platão Savioli e Francisco Fiorin em sua obra “Lições de Texto: Leitura e redação”
apresentam a definição de texto. Leia as alternativas abaixo e assinale a única
alternativa que não condiz com a definição correta de texto.
a) Texto é um todo organizado, histórico e independe da forma, não é delimitado e o
sentido é solitário.
b) é um todo organizado de sentido; é um objeto integralmente lingüístico e integralmente
histórico. c) Tem como propriedade: coerência – as partes estão relacionadas entre si; há
continuidade de sentido entre elas; não há qualquer contradição entre elas;
d) Tem como propriedade: delimitação – é um espaço de sentido organizado entre dois
espaços de não sentido; dialogismo – um texto se opõe a textos que refletem idéias e
concepções opostas.
e) Conseqüências: O sentido das partes não é autônomo. O sentido não é solitário, mas
solidário. O sentido global não é resultado da soma das partes, mas de suas relações.
2. “Lixo a gente põe nos sacos de lixo, vêm os lixeiros, põem os sacos de lixo nos
caminhões, e o lixo desaparece da nossa vista. Desaparece da nossa vista mas não
desaparece de verdade porque nada no mundo desaparece. O lixo vai para outro lugar,
longe dos olhos. E a montanha vai crescendo, crescendo, crescendo sem parar – até
quando as montanhas de lixo poderão crescer?”
(Rubem Alves: O Lixo in http:www.rubenalves.com.br/olixo.htm)
O texto acima faz referência a um dos maiores problemas das grandes cidades hoje em
dia. Algumas administrações públicas municipais têm procurado reduzir o acúmulo de
lixo, desenvolvendo, com a participação da comunidade, projetos de:
a) eliminação de gases tóxicos.
b) incineração em fornos domésticos.
c) separação de materiais recicláveis.
d) compactação de produtos orgânicos.
e) pavimentação asfáltica.
3. Leia o trecho:
O movimento antiglobalização apresenta-se, na virada deste novo milênio, como uma
das principais novidades na arena política e no cenário da sociedade civil, dada a sua
forma de articulação/atuação em redes com extensão global. Ele tem elaborado uma
nova gramática no repertório das demandas e dos conflitos sociais, trazendo novamente
as lutas sociais para o palco da cena pública, e a política para a dimensão, tanto na
forma de operar, nas ruas, como no conteúdo do debate que trouxe à tona: o modo de
vida capitalista ocidental moderno e seus efeitos destrutivos sobre a natureza (humana
animal e vegetal). GOHN, 2003.
É INCORRETO afirmar que o movimento antiglobalização referido nesse trecho:
a) cria uma rede de resistência, expressa em atos de desobediência civil e propostas
alternativas à forma atual da globalização, considerada como o principal fator da
exclusão social existente.
b) defende um outro tipo de globalização, baseado na solidariedade e no respeito às
culturas, voltado para um novo tipo de modelo civilizatório, com desenvolvimento
econômico, mas também com justiça e igualdade social. c) é composto por atores sociais tradicionais, veteranos nas lutas políticas, acostumados
com o repertório de protestos políticos, envolvendo, especialmente, os trabalhadores
sindicalizados e suas respectivas centrais sindicais.
d) recusa as imposições de um mercado global, uno, voraz, além de contestar os valores
impulsionadores da sociedade capitalista, alicerçada no lucro e no consumo de
mercadorias supérfluas.
e) utiliza-se de mídias, tradicionais e novas, de modo relevante para suas ações com o
propósito de dar visibilidade e legitimidade mundiais ao divulgar a variedade de
movimentos de sua agenda.
4. “A verdade é que o mundo mudou. E é neste novo mundo que o desempregado
precisa descobrir caminhos em meio aos novos fatores econômicos, tecnológicos e
políticos. Hoje em dia se exige um operário [...] polivalente, existe um modelo novo a
seguir. As novas relações de trabalho pressupõem não mais apenas patrão e
empregado, mas contratantes e fornecedores de serviços.”
(in: SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Mutações do trabalho. Rio de Janeiro: Ed.
Senac Nacional, 1999)
O texto acima trata das transformações no mundo do trabalho ocorridas nas últimas
décadas. Entre essas transformações, pode-se citar:
a) a diminuição da contratação de firmas terceirizadas.
b) a exigência de maior qualificação dos trabalhadores.
c) a contratação de trabalhadores com menos escolaridade.
d) o aumento da especialização das funções dentro das empresas.
e) requalificação da mão de obra.
5. Considere o seguinte parágrafo, que inicia o conto “A noite em que prenderam Papai
Noel”, de José Eduardo Agualusa:
“O velho Pascoal tinha uma barba comprida, branca, esplendorosa, que lhe caía em
tumulto pelo peito. Estilo? Não: era apenas miséria. Mas foi por causa daquela barba
que ele conseguiu trabalho. Por isso e por ter nascido albino, pele de osga e piscos
olhinhos cor-de-rosa, sempre escondidos por detrás de uns enormes óculos escuros.
Naquela época já nem pensava mais em procurar emprego, certo de que morreria em
breve numa rua qualquer da cidade, mais de tristeza que de fome, pois para se alimentar
bastava-lhe a sopa que todas as noites lhe dava o General, e uma ou outra côdea de
pão descoberta nos contentores. À noite dormia na cervejaria, na mesa de bilhar,
enrolado num cobertor, outro favor do General, e sonhava com a piscina.” A organização do parágrafo contém informações suficientes para se dizer que:
a) predominam os elementos dissertativos sobre os narrativos.
b) ocorrem unicamente passagens narrativas em terceira pessoa.
c) estão combinados elementos tipicamente narrativos e descritivos.
d) há alternância entre as passagens narrativas e as dissertativas.
e) existe uma descrição inicial e um trecho dissertativo posterior.
6. Assinale a alternativa CORRETA, segundo o novo acordo ortográfico:
“O pronunciamento do parlamentar na _____________da peça de teatro teve
repercussão na impressa, de modo que o outro Deputado o desembarcar do seu
_____________ rumo à cidade de _____________, no estado do _____________
também falou sobre o assunto: Os que ________________ jornais saberão do que estou
falando”
a) Estréia – vôo – Parnaíba – Piauí – lêem
b) Estreia – vôo – Parnaiba – Piaui – lêem
c) Estreia – voo – Parnaíba – Piaui – leem
d) Estreia – voo – Parnaíba – Piauí – leem
e) Estreia – voo – Parnaíba – Piauí – lêem
7. O sertão vai a Veneza
Festival de Veneza exibe “Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo”, de Karim Aïnouz
e Marcelo Gomes, feito a partir de uma longa viagem pelo sertão nordestino. [...]
Rodaram 13 mil quilômetros, a partir de Juazeiro do Norte, no Ceará, passando por
Pernambuco, Paraíba, Sergipe e Alagoas, improvisando dia a dia os locais de filmagem.
“Estávamos à procura de tudo que encetava e causava estranhamento. Queríamos
romper com a ideia de lugar isolado, intacto, esquecido, arraigado numa religiosidade
intransponível. Eu até evito usar a palavra ‘sertão’ para ter um novo olhar sobre esse
lugar”, conta Karim. A ideia era afastar-se da imagem histórica da região na cultura
brasileira. “Encontramos um universo plural que tem desde uma feira de equipamentos
eletrônicos a locais de total desolação”, completa Marcelo. CRUZ, Leonardo. Folha de S.
Paulo, p. E1, 05/09/2009.
A partir da leitura desse trecho, é INCORRETO afirmar que:
a) a feira de equipamentos eletrônicos, símbolo da modernidade e da tecnologia
sofisticada, é representativa do contrário do que se pensa sobre o sertão nordestino.
b) as expressões isolamento, esquecimento e religiosidade, utilizadas pelos cineastas,
são consideradas adequadas para expressar a atual realidade sertaneja.
c) o termo “sertão” tem conotação pejorativa, por implicar atraso e pobreza; por isso, seu
uso deve ser cuidadoso. d) os entrevistados manifestam o desejo de contribuir para a desmitificação da imagem
do sertão nordestino, congelada no imaginário de parte dos brasileiros.
e) revela o estranhamento que é comum entre pessoas mal informadas e
simplificadoras, que veem o sertão como uma região homogênea.
8. Considere o seguinte parágrafo, que inicia o conto “A noite em que prenderam Papai
Noel”, de José Eduardo Agualusa:
“O velho Pascoal tinha uma barba comprida, branca, esplendorosa, que lhe caía em
tumulto pelo peito. Estilo? Não: era apenas miséria. Mas foi por causa daquela barba
que ele conseguiu trabalho. Por isso e por ter nascido albino, pele de osga e piscos
olhinhos cor-de-rosa, sempre escondidos por detrás de uns enormes óculos escuros.
Naquela época já nem pensava mais em procurar emprego, certo de que morreria em
breve numa rua qualquer da cidade, mais de tristeza que de fome, pois para se alimentar
bastava-lhe a sopa que todas as noites lhe dava o General, e uma ou outra côdea de
pão descoberta nos contentores. À noite dormia na cervejaria, na mesa de bilhar,
enrolado num cobertor, outro favor do General, e sonhava com a piscina.”
A primeira frase do texto fala da barba do velho Pascoal e diz que ela “lhe caía em
tumulto pelo peito”. Para introduzir essa informação, o autor empregou o pronome
relativo QUE. Se o trecho fosse alterado com a intenção de se empregar, dentro das
normas da língua padrão, um outro pronome relativo, o resultado poderia ser o seguinte:
a) Esta é a história de um velho chamado Pascoal, no qual a sua barba caía em tumulto
pelo peito.
b) Vou falar de um velho chamado Pascoal, de quem a barba lhe caía em tumulto pelo
peito.
c) Estou falando do velho chamado Pascoal, aquele da barba caindo em tumulto pelo
peito.
d) Conheci um velho chamado Pascoal, cuja barba lhe caía em tumulto pelo peito.
e) Ouvi contar que um velho chamado Pascoal tinha uma barba em que tumultuava pelo
peito.
9. Leia o texto para responder a questão:
A vida de um desempregado é horrível, porque na nossa sociedade tudo depende do
trabalho: salários, contatos profissionais, prestígio e ( quando se é católico) até o resgate
do pecado original e o bilhete de ingresso para o paraíso. Portanto, se falta o trabalho,
falta tudo. Mas corre-se o risco de que o problema do desemprego coloque em segundo
plano o problema de quem tem um emprego. Com uma frequência sempre maior, a vida
do trabalhador é transformada num inferno, porque as organizações das empresas se preocupam em multiplicar a quantidade de produtos, mas não dão a mínima para a
felicidade de quem os produz.
DE MASI, Domenico. In: O sócio criativo. Rio de Janeiro: Sestante,2000.)
Sobre o texto é correto afirmar:
a) O autor utiliza apenas de um tempo verbal, o Presente do Indicativo.
b) Em momento algum, o autor distancia-se da linguagem formal.
c) O texto é predominantemente descritivo.
d) Ao ilustrar a dependência do homem em relação ao trabalho, no primeiro parágrafo, o
autor finaliza essa ilustração de forma irônica.
e) Ao se tentar convencer o leitor, no texto, destaca-se a função apelativa da linguagem.
10. A questão abaixo refere-se ao texto abaixo:
UM PAÍS QUE NÃO LÊ
Na última década, praticamente todas as crianças brasileiras em idade escolar foram
matriculadas. A taxa nacional de analfabetismo também recuou. Hoje, cerca de 98% dos
jovens brasileiros conseguem escrever o próprio nome ou ler um letreiro de ônibus. Mas
o país ainda está alguns capítulos atrás do aceitável em termos educacionais. Dados da
Câmara Brasileira do Livro (CBL) mostram que, em média, cada brasileiro lê o
equivalente a 1,8 livro por ano. Longe do que se vê em países como França e Estados
Unidos, onde cada pessoa lê de cinco a sete livros por ano. Em rankings internacionais
de leitura de países ricos ou em desenvolvimento, o Brasil é lanterninha, atrás de outros
latinos como Argentina e México. Um terço dos alunos brasileiros de 1ª a 4ª série nunca
pegou espontaneamente um livro para ler.
Um dos argumentos mais usados para justificar isso é o preço do livro. Não é uma
explicação convincente. Cerca de 45 milhões de lares no país têm TV em cores. A mais
barata sai por R$ 300,00, o que equivale a um pacote de livros. Além disso, as
bibliotecas públicas e das escolas quando existem são pouco usadas. Os motivos
populares para a aversão nacional ao livro são revelados por um levantamento da CBL.
As justificativas mais citadas pelos entrevistados são a falta de tempo, o desinteresse e a
pura preguiça. O quarto motivo: eles preferem outras formas de entretenimento. A razão
menos citada é falta de dinheiro.
Essa vergonha assumida tem origem na escola. “Os brasileiros não lêem simplesmente
porque não sabem ler”, afirma Ilona Becskeházy, diretora da Fundação Lehmann, um
instituto de pesquisa educacional. Segundo o Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Básica, apenas 2,5% dos alunos do ensino médio da Região Norte têm nível adequado de leitura. No Sudeste, os resultados também são ruins. Apenas 7,6% dos
alunos têm nível adequado de leitura.
Um dos problemas é a falta de biblioteca na escola. Segundo o Ministério da Educação,
metade dos alunos que estudam no ensino fundamental tem acesso a elas. No
Nordeste, esse índice é ainda mais baixo. As bibliotecas estão disponíveis para somente
35,2% das crianças e dos adolescentes. Mas não basta rechear as estantes. É preciso
também desenvolver o hábito de ler.
Essa é a chave de um projeto simples, criado por três garotas de São Paulo, a
Expedição Vaga-Lume. Além de montar bibliotecas comunitárias em regiões distantes da
Amazônia, elas investem na formação de professores, pais e alunos, para incutir neles o
prazer de ler e contar histórias. “O brasileiro adora novelas. Elas nada mais são que
histórias, que também estão contidas nos livros. É isso que mostramos às pessoas e que
as faz mudar de comportamento”, diz Sylvia Guimarães, da Vaga-Lume.
(COTES, Paloma. Um país que não lê. Época, São Paulo, 3 abr. 2006, p. 46.)
Assinale a alternativa que explica corretamente a frase “Mas o país ainda está alguns
capítulos atrás do aceitável em termos educacionais.” em sua relação com o conteúdo
geral do texto.
a) A despeito dos avanços descritos nas frases anteriores, reconhece-se a permanência
do atraso brasileiro no que se refere à educação.
b) Os avanços descritos anteriormente no texto são inverídicos, portanto opostos ao
conteúdo presente na frase em destaque.
c) Há uma incoerência entre esta frase e as anteriores, pois os dados sobre o Brasil são
conflitantes e anacrônicos.
d) A frase em questão revela mera opinião da autora, insustentável, aliás, haja vista os
dados revelados pela CBL.
e) Segundo a frase em questão, o nível educacional do Brasil precisa ser aceito pelos
demais países proficientes na leitura.
11. Quanto à Comunicação Empresarial assinale a alternativa correta:
a) Tautologia é uma necessidade, por isso use expressões genéricas.
b) O mais importante numa correspondência é a mensagem, portanto, evite o suspense
indesejável.
c) A mensagem provocará reações positivas no receptor com o uso da prolixidade.
d) Há sempre um verbo ou um adjetivo que transmitem com mais precisão e clareza uma
ideia.
e) Na comunicação utilizada na empresa é indispensável o uso de palavras rebuscadas. 12. No que se refere à comunicação humana, pode-se afirmar que os “ruídos” interferem
em todo o percurso da informação e sempre reduzem
a) a eficiência da comunicação.
b) a fonte de comunicação.
c) o canal da mensagem.
d) o percurso da informação.
e) o suporte material.
13. Observe a construção abaixo:
“O que estraga o Brasil são os políticos. Sem eles estaríamos bem melhor, cada um
fazendo a sua parte.”
O que a torna argumentativamente frágil é
a) a sua prolixidade.
b) o emprego de clichê.
c) a linguagem rebuscada.
d) o fato de ser contraditória.
e) a ambiguidade de linguagem.
14. Em O pulso ainda pulsa, os termos sublinhados são palavras
O PULSO
O pulso ainda pulsa
O pulso ainda pulsa...
Peste bubônica
Câncer, pneumonia
Raiva, rubéola
Tuberculose e anemia
Rancor, cisticercose
Caxumba, difteria
Encefalite, faringite
Gripe e leucemia.
(O pulso, de Marcelo Fromer/Tony Bellotto/Arnaldo Antunes)
a) antônimas, ou seja, exprimem sentido idêntico.
b) homônimas, ou seja, têm pronúncia igual e significados diferentes.
c) parônimas, ou seja, têm pronúncia e grafia parecidas e significados diferentes.
d) sinônimas, ou seja, exprimem ideias antagônicas (ou têm mesmo valor semântico).
e) que apresentam formas variantes, ou seja, não mudam de significado e apresentam
grafia idêntica. 15. Leia o texto “A noite em que prenderam Papai Noel”, de José Eduardo Agualusa e
em seguida responda a questão:
“O velho Pascoal tinha uma barba comprida, branca, esplendorosa, que lhe caía em
tumulto pelo peito. Estilo? Não: era apenas miséria. Mas foi por causa daquela barba
que ele conseguiu trabalho. Por isso e por ter nascido albino, pele de osga e piscos
olhinhos cor-de-rosa, sempre escondidos por detrás de uns enormes óculos escuros.
Naquela época já nem pensava mais em procurar emprego, certo de que morreria em
breve numa rua qualquer da cidade, mais de tristeza que de fome, pois para se alimentar
bastava-lhe a sopa que todas as noites lhe dava o General, e uma ou outra côdea de
pão descoberta nos contentores. À noite dormia na cervejaria, na mesa de bilhar,
enrolado num cobertor, outro favor do General, e sonhava com a piscina.”
A organização do parágrafo contém informações suficientes para se dizer que
a) predominam os elementos dissertativos sobre os narrativos.
b) ocorrem unicamente passagens narrativas em terceira pessoa.
c) estão combinados elementos tipicamente narrativos e descritivos.
d) há alternância entre as passagens narrativas e as dissertativas.
e) existe uma descrição inicial e um trecho dissertativo posterior.
16. Imagine que você está à procura de um emprego e encontrou uma empresa que
necessita de novos funcionários. Mas, para concorrer a uma vaga, é necessário redigir
uma carta de solicitação de emprego. Ao redigi-la, você:
a) evidenciará o registro informal.
b) usará a linguagem metafórica.
c) utilizará a norma padrão.
d) fará uso apenas de termos técnicos.
e) apresentará uma linguagem mista, ou seja, com elementos verbais e não
verbais.
17. Dois membros do comitê de gestão dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro,
discordam quanto ao local onde devem ser realizadas as provas de remo. Pode-se
afirmar que o conflito entre esses dois membros será prejudicial para o desempenho do
comitê. “O conflito não é possível de ser administrado, uma vez que resulta da
incompatibilidade interpessoal ou de relacionamento entre dois ou mais membros de um
grupo”.
A respeito dessas duas afirmações, é CORRETO afirmar que: a) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
b) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
c) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
d) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
e) as duas afirmações são falsas.
18. “Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é,
se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar
seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente
método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto
autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais
galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito,
mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco”. (Machado de Assis, in
Memórias Póstumas de Brás Cubas)
Pode-se afirmar, com base nas ideias do autor-personagem, que se trata:
a) de um texto jornalístico
b) de um texto religioso
c) de um texto científico
d) de um texto autobiográfico
e) de um texto teatral
19. As ações terroristas cada vez mais se propagam pelo mundo, havendo ataques em
várias cidades, em todos os continentes.
Nesse contexto, analise a seguinte notícia:
No dia 10 de março de 2005, o Presidente de Governo da Espanha José Luis Rodriguez
Zapatero em conferência sobre o terrorismo, ocorrida em Madri para lembrar os
atentados do dia 11 de março de 2004, “assinalou que os espanhóis encheram as ruas
em sinal de dor e solidariedade e dois dias depois encheram as urnas, mostrando assim
o único caminho para derrotar o terrorismo: a democracia. Também proclamou que não
existe álibi para o assassinato indiscriminado. Zapatero afirmou que não há política, nem
ideologia, resistência ou luta no terror, só há o vazio da futilidade, a infâmia e a barbárie.
Também defendeu a comunidade islâmica, lembrando que não se deve vincular esse
fenômeno com nenhuma civilização, cultura ou religião. Por esse motivo apostou na
criação pelas Nações Unidas de uma aliança de civilizações para que não se continue
ignorando a pobreza extrema, a exclusão social ou os Estados falidos, que constituem,
segundo ele, um terreno fértil para o terrorismo”.
A principal razão, indicada pelo governante espanhol, para que haja tais iniciativas do
terror está explicitada na seguinte afirmação:
a) O desejo de vingança desencadeia atos de barbárie dos terroristas.
b) A democracia permite que as organizações terroristas se desenvolvam. c) A desigualdade social existente em alguns países alimenta o terrorismo.
d) O choque de civilizações aprofunda os abismos culturais entre os países.
e) A intolerância gera medo e insegurança criando condições para o terrorismo.
20. Leia trechos da carta-resposta de um cacique indígena à sugestão, feita pelo
Governo do Estado da Virgínia (EUA), de que uma tribo de índios enviasse alguns
jovens para estudar nas escolas dos brancos. “(...) Nós estamos convencidos, portanto,
de que os senhores desejam o nosso bem e agradecemos de todo o coração. Mas
aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções diferentes
das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa
idéia de educação não é a mesma que a nossa. (...) Muitos dos nossos bravos
guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ciência.
Mas, quando eles voltaram para nós, eram maus corredores, ignorantes da vida da
floresta e incapazes de suportar o frio e a fome. Não sabiam caçar o veado, matar o
inimigo ou construir uma cabana e falavam nossa língua muito mal. Eles eram, portanto,
inúteis. (...) Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não
possamos aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão concordamos que os nobres
senhores de Virgínia nos enviem alguns de seus jovens, que lhes ensinaremos tudo que
sabemos e faremos deles homens.” A relação entre os dois principais temas do texto da
carta e a forma de abordagem da educação privilegiada pelo cacique está representada
por:
a) sabedoria e política / educação difusa.
b) identidade e história / educação formal.
c) ideologia e filosofia / educação superior.
d) ciência e escolaridade / educação técnica.
e) educação e cultura / educação assistemática.
21. Assinale a opção que identifica a variação lingüística presente nos textos abaixo.
Assaltante Nordestino
–Ei, bichin… Isso é um assalto… Arriba os braços e num se bula nem faça muganga…
Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim se não enfio a peixeira no teu bucho e
boto teu fato pra fora! Perdão, meu Padim Ciço, mas é que eu to com uma fome da
moléstia…
Assaltante Baiano
– Ô meu rei… (longa pausa) Isso é um assalto… (longa pausa). Levanta os braços, mas
não se avexe não… (longa pausa). Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar
cansado… Vai passando a grana, bem devagarinho… (longa pausa). Num repara se o
berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado… Não esquenta meu irmãozinho
(longa pausa). Vou deixar teus documentos na encruzilhada…Assaltante Paulista
– Orra, meu… Isso é um assalto, meu… Alevanta os braços, meu… Passa a grana logo,
meu… Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra comprar o
ingresso do jogo do Corinthians, meu… Pó, se manda, meu…
a) variação social
b) variação regional
c) variação cultural
d) variação histórica
e) variação padrão
22. Leia o texto para responder a questão abaixo:
Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode
imaginar um jogador de futebol dizendo “estereotipação”? E, no entanto, por que não?
Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera.
Minha saudação aos aficionados do clube e os demais esportistas, aqui presentes ou no
recesso dos seus lares.
Como é?
Aí, galera.
Quais são as instruções do técnico?
Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção coordenada, com energia
otimizada, na zona de
preparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico, concatenarmos um
contragolpe agudo com
parcimônia de meios e extrema objetividade, valendonos da desestruturação
momentânea do sistema oposto,
surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da ação.
Ahn?
É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça.
Certo. Você quer dizer mais alguma coisa?
Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental, algo banal, talvez mesmo
previsível e piegas, a uma pessoa à
qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas?
Pode.
Uma saudação para a minha progenitora.
Como é?
Alô, mamãe!
Estou vendo que você é um, um…
Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa de que o
atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota a estereotipação.
Estere o quê?
Um chato?
Isso.
Luís Fernando Veríssimo (In: Cor reio Brasiliense, 13/05/1998)
O texto retrata duas situações relacionadas que, fogem à expectativa do público:
a) A saudação do jogador aos fãs do clube, no início das entrevistas e saudação final
dirigida à sua mãe.
b) A linguagem muito formal do jogador, inadequada à situação da entrevista e um
jogador que fala, com desenvoltura, de modo muito rebuscado.
c) O uso da expressão “galera” por parte do entrevistador e da expressão “progenitora”,
por parte do jogador.
d) O desconhecimento, por parte do entrevistador, da palavra “estereotipação”, e a fala
do jogador em “é pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça”.
e) O fato de os jogadores de futebol serem vítimas de estereotipação e o jogador
entrevistado não corresponder ao estereótipo.
23. Assinale a alternativa INCORRETA, segundo o novo acordo ortográfico.
a) ideia
b) herói
c) pólen
d) Grajaú
e) princípios
24. O Brasil tem assistido a um debate que coloca, frente a frente, como polos opostos, o
desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. Algumas iniciativas merecem
considerações, porque podem agravar ou desencadear problemas ambientais de
diferentes ordens de grandeza. Entre essas iniciativas e suas consequências, é
INCORRETO afirmar que:
a) a construção de obras previstas pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)
tem levado à redução dos prazos necessários aos estudos de impacto ambiental, o que
pode interferir na sustentabilidade do projeto.
b) a construção de grandes centrais hidrelétricas nas bacias do Sudeste e do Sul gera
mais impactos ambientais do que nos grandes rios da Amazônia, nos quais o volume de
água, o relevo e a baixa densidade demográfica reduzem os custos da obra e o passivo
ambiental.
c) a exploração do petróleo encontrado na plataforma submarina pelo Brasil terá, ao lado
dos impactos positivos na economia e na política, consequências ambientais negativas,
se persistir o modelo atual de consumo de combustíveis fósseis. d) a preocupação mais voltada para a floresta e os povos amazônicos coloca em alerta
os ambientalistas, ao deixar em segundo plano as ameaças aos demais biomas.
e) os incentivos ao consumo, sobretudo aquele relacionado ao mercado automobilístico,
para que o Brasil pudesse se livrar com mais rapidez da crise econômica, agravarão a
poluição do ar e o intenso fluxo de veículos nas grandes cidades.
25. Está em discussão, na sociedade brasileira, a possibilidade de uma reforma política
e eleitoral. Fala-se, entre outras propostas, em financiamento público de campanhas,
fidelidade partidária, lista eleitoral fechada e voto distrital. Os dispositivos ligados à
obrigatoriedade de os candidatos fazerem declaração pública de bens e prestarem
contas dos gastos devem ser aperfeiçoados, os órgãos públicos de fiscalização e
controle podem ser equipados e reforçados.Com base no exposto, mudanças na
legislação eleitoral poderão representar, como principal aspecto, um reforço da
a) política, porque garantirão a seleção de políticos experientes e idôneos.
b) economia, porque incentivarão gastos das empresas públicas e privadas.
c) moralidade, porque inviabilizarão candidaturas despreparadas intelectualmente.
d) ética, porque facilitarão o combate à corrupção e o estímulo à transparência.
e) cidadania, porque permitirão a ampliação do número de cidadãos com direito ao voto.
26. Leia o texto para responder a questão abaixo:
"Arrumar o homem"
( Dom Lucas Moreira Neves Jornal do Brasil, Jan. 1997)
Não boto a mão no fogo pela autenticidade da estória que estou para contar. Não posso,
porém, duvidar da veracidade da pessoa de quem a escutei e, por isso, tenho-a como
verdadeira. Salva-me, de qualquer modo, o provérbio italiano: "Se não é verdadeira... é
muito graciosa!”.
Estava, pois, aquele pai carioca, engenheiro de profissão, posto em sossego, admitido
que, para um engenheiro, é sossego andar mergulhado em cálculos de estrutura. Ao
lado, o filho, de 7 ou 8 anos, não cessava de atormentá-lo com perguntas de todo
jaez,tentando conquistar um companheiro de lazer.
A ideia mais luminosa que ocorreu ao pai, depois de dez a quinze convites a ficar quieto
e a deixá-lo trabalhar, foi a de pôr nas mãos do moleque um belo quebra-cabeça trazido
da última viagem à Europa. "Vá brincando enquanto eu termino esta conta”. sentencia
entre dentes, prelibando pelo menos uma hora, hora e meia de trégua. O peralta não
levará menos do que isso para armar o mapa do mundo com os cinco continentes,
arquipélagos, mares e oceanos, comemora o pai-engenheiro. Quem foi que disse hora e meia? Dez minutos depois, dez minutos cravados, e o menino
já o puxava triunfante: "Pai, vem ver!" No chão, completinho, sem defeito, o mapa do
mundo.
Como fez, como não fez? Em menos de uma hora era impossível. O próprio herói deu a
chave da proeza: "Pai, você não percebeu que, atrás do mundo, o quebra-cabeça tinha
um homem? Era mais fácil. E quando eu arrumei o homem, o mundo ficou
arrumado!""Mas esse garoto é um sábio!", sobressaltei, ouvindo a palavra final. Nunca
ouvi verdade tão cristalina: "Basta arrumar o homem (tão desarrumado quase sempre) e
o mundo fica arrumado!"
Arrumar o homem é a tarefa das tarefas, se é que se quer arrumar o mundo.
Assinale o item cuja afirmativa está de acordo com o primeiro parágrafo do texto:
a) embora o autor do texto não confie na veracidade da estória narrada, conta-a por seu
valor moral;
b) como o autor do texto confia na pessoa que lhe narrou a estória, ele a transfere para o
leitor, mesmo sabendo que não é autêntica;
c) A despeito de ser bastante graciosa a história narrada, o autor do texto tem certeza de
sua inautenticidade;
d) O autor do texto nos narra uma história de cuja autenticidade não está certo, apesar
de ter sido contada por pessoas dignas de confiança;
e) a estória narrada possui autenticidade, veracidade e , além disso, certa graça.
27. Leia o trecho seguinte, associando-o com o texto anterior, do jornal Folha de S.
Paulo.
A letra ilegível, que “popularmente” ficou conhecida como a letra de médico, é uma
tradição antiga. Essa característica marcante advinha da relação de poder, no caso, do
médico, em relação ao paciente. Essa tradição foi tão enraizada por esses profissionais
que, mesmo aqueles que escrevem com letra legível, adotaram esse “modelo” na
escrita.
(www.portal-rp.com.br/bibliotecavirtual)
A leitura permite afirmar que o trecho
a) acrescenta à ideia expressa no jornal o fato de que a letra ilegível corresponde a uma
forma de identidade profissional, apesar de pôr em risco o tratamento dos pacientes.
b) indica, assim como o jornal, a existência de uma força oculta, que impede os médicos
de escreverem de forma legível, apesar dos esforços das pessoas envolvidas.
c) apresenta a ilegibilidade com o mesmo significado do jornal, reconhecendo-a como
um código da classe médica para manutenção de seus valores, conforme previsto no
código de ética da profissão.
d) contesta as informações do jornal, pois, ao contrário deste, defende a ilegibilidade
como necessária à instauração e manutenção do poder do médico sobre seus pacientes. e)indica a ausência de uma força oculta, defende a legibilidade como necessária à
instauração e manutenção do poder médico sobre seus pacientes.
28. O acordo de 1991, que entrou em vigor em 2009, procura unificar a escrita de
aproximadamente 220 milhões de pessoas que se comunicam em português em quatro
continentes: Europa, Ásia, África e América. Assinale a alternativa correta, segundo o
novo acordo:
a) Eles vêem
b) Eles veêm
c) Eles Leêm
d) Eles veem
e) Eles teêm
29. No entanto, quando a Suprema Corte decidiu ouvir o apelo do caso, em 1980, o
panorama da biologia molecular havia mudado radicalmente. - reescrito, Assinale a
alternativa em que o trecho encontra-se corretamente pontuado.
a) No entanto, o panorama da biologia molecular havia mudado radicalmente, quando a
Suprema Corte, decidiu ouvir o apelo do caso, em 1980.
b) Quando a Suprema Corte decidiu ouvir o apelo do caso, em 1980, no entanto, o
panorama da biologia molecular havia mudado radicalmente.
c) No entanto, em 1980, quando a Suprema Corte, decidiu ouvir o apelo do caso o
panorama da biologia molecular havia mudado radicalmente.
d) Quando, no entanto, em 1980, a Suprema Corte decidiu ouvir o apelo do caso, o
panorama da biologia molecular, havia mudado radicalmente.
d) No entanto o panorama, da biologia molecular havia mudado radicalmente, quando a
Suprema Corte, decidiu ouvir o apelo do caso, em 1980.
30. Analise o emprego correto da crase nas frases abaixo:
a) Fomos à feira.
b) À partir de amanhã, não haverá aulas.
c) Andou à cavalo.
d) Estava cara à cara com o bandido.
e) Pedimos um bife a milanesa.
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