MONSTER CONCURSOS LÍNGUA PORTUGUESA
Por: jhoinilson • 31/10/2018 • Trabalho acadêmico • 1.365 Palavras (6 Páginas) • 197 Visualizações
MONSTER CONCURSOS
LÍNGUA PORTUGUESA
WANILSON SIQUEIRA DE PAULA
INTRODUÇÃO
A existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa (a lusitana e a brasileira) tem sido prejudicial à unicidade do português bem como para o seu prestígio no internacional. A solução para uma unificação da língua portuguesa é buscada desde tempos remotos, como observamos pela primeira grande reforma ortográfica de 1911, porém as mudanças propostas por esse acordo somente foram adotadas por Portugal, não sendo extensivas ao Brasil.
A historia da língua portuguesa é repleta de tentativas de acordos ortográficos, porém não conseguiram êxito em grande parte deles. O Decreto número 6.583 de 29 de setembro de 2008 promulgou o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que foi assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990. O referido acordo somente passou a ter efeitos no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2009, sendo o período de 2009 a 2012 considerado como o período de transição, onde coexistiram a norma ortográfica anterior e a norma ortográfica estabelecida pelo acordo ortográfico de 2008, atualmente em vigor. Posteriormente foram editados outros decretos dispondo sobre a implementação do acordo ortográfico, sendo eles: Decreto nº 6.584, Decreto nº 6.585 e Decreto nº 6.586, todos de 29 de setembro de 2008.
Como se sabe, o acordo ortográfico apresentou alterações consideráveis na língua portuguesa, o que será o objeto do presente trabalho, sendo apresentadas em tópicos as principais e mais significativas alterações trazidas pelo acordo em comento.
DESENVOLVIMENTO
A ortografia atual do Brasil é regida pelo acordo ortográfico promulgado em 2008, por meio do decreto número 6.586, mas foi assinado em Lisboa, em 12 de outubro de 1990, pela Academia das Ciências de Lisboa, Academia Brasileira de Letras e delegações de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Desta forma, as principais mudanças serão apresentadas a seguir, juntamente com sua aplicação e alguns exemplos.
Alfabeto
O alfabeto da língua portuguesa é composto por 26 (vinte e seis) letras, todas apresentando uma forma maiúscula e uma minúscula. Assim, as letras “k”, “w” e “y” foram incluídas no alfabeto brasileiro, deixando de possuir 23 (vinte e três) letras para ser composto pelas 26 (vinte e seis) letras: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z.
Essa inclusão não se mostra como grande novidade, pois elas já eram utilizadas pelos brasileiros em algumas situações, como nas siglas “km” (abreviatura de quilômetro), “w” (abreviatura de watts), palavras oriundas de outras línguas (por exemplo o kung fu) ou em nomes próprios, como Washington e Franklyn.
Acentuação
1. Os ditongos abertos “ei” e “oi” nas paroxítonas:
As paroxítonas terminadas em ditongos abertos “ei” e “oi” serão grafadas sem acento agudo. Por exemplo: assembleia, europeia, geleia, ideia, teteia, claraboia, heroico, jiboia, joia, asteroide etc.
Uma observação importante é quanto às oxítonas e monossílabas que permanecem sendo grafadas com o acento agudo. Como por exemplo: papéis, anéis, pasteis, herói, destrói, dói, etc.
2. Forma – substantivo e verbo:
É facultativo a grafia da palavra fôrma (utensílio doméstico, substantivo) com acento circunflexo, para distingui-la das demais homógrafas forma (configuração física, substantivo) ou forma (verbo formar).
Exemplos: Qual dessas fôrmas/formas você usou para fazer o bolo em forma de coração?
Ele forma um par perfeito com aquela garota.
Forma tu um plano para sairmos daqui.
3. Verbos “crer”, “dar”, “ler” e “ver”:
Os verbos “crer”, “dar”, “ler” e “ver” na terceira pessoa do presente do indicativo e subjuntivo, bem como de seus derivados não serão mais acentuados.
Por exemplo:
Eles leem diariamente muitas notícias.
Eles creem em Deus.
Eles sempre veem televisão após o almoço.
Preciso que eles deem uma olhada nos documentos.
Eles releem, todos os anos, os clássicos da literatura.
4. Paroxítonas terminadas em “oo”:
As paroxítonas terminadas em “oo” não serão mais grafadas com acento circunflexo. Por exemplo: enjoo, voo, povoo, perdoo, magoo, abençoo etc.
5. Acento diferencial:
O acento diferencial é utilizado para distinguir duas palavras iguais com significados diferentes, como por exemplo pára (do verbo parar) e para (preposição), ou pêlo (substantivo) e pelo (preposição).
Então, o acento diferencial deixa de existir nas seguintes situações: para (verbo) e pelo (substantivo).
6. Paroxítonas com vogal tônica “i” ou “u” precedidas de ditongo crescente:
As paroxítonas cujas vogais tônicas “i” ou “u” são precedidas de ditongo crescente não serão mais acentuadas.
Veja os exemplos: feiura, baiuca, boiuno, bocaiuva etc.
Trema
O trema (os dois pontos utilizados em cima da letra u – ü) deixa de ser utilizado em todas as palavras da língua portuguesa.
Como podemos ver nos exemplos: tranquilo, consequencia, linguiça, bilingue, etc.
Contudo, as palavras estrangeiras permanecem como na origem quanto ao uso do trema, como por exepmlo nas palavras Müller, mülleriano etc.
Verbos aguar, enxaguar, apaziguar, apropinquar, delinquir e afins
Os verbos aguar, enxaguar, apaziguar, apropinquar, delinquir e afins possuem duplo paradigma e não mais receberão trema nem acento agudo no “u” tônico. Tais verbos receberão acento agudo no “a” ou no “i” radicais tônicos.
Exemplos: Averigue o que ocorreu, por favor. Águe bem este jardim todas as manhãs.
Hífen
1. Quando será usado:
a) nos compostos por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido. Como nos exemplos a seguir: ano-luz, guarda-noturno, arco-íris, luso-brasileiro, conta-gotas, guarda-chuvas etc.
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