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Macroeconomia E Microeconimia

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Por:   •  11/10/2013  •  5.841 Palavras (24 Páginas)  •  440 Visualizações

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mercado, consideraremos uma economia concorrencial, isto é, refletem o funcionamento de um mercado livre, sem barreiras à entrada e totalmente transparente. As hipóteses específicas deste mercado são:

- O mercado é autorregulado pelas leis da oferta e da demanda do mercado;

- Isto ocorre porque cada vendedor e comprador são tão pequenos que a ação de um deles sozinho não consegue afetar o preço e as quantidades do produto no mercado. Se uma empresa deixa de produzir não faz falta ou impede o funcionamento do mercado, se um consumidor deixa de comprar também não faz diferença para as vendas do mercado.

Unidade 01 - Microeconomia e Macroeconomia

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Por isso, cada empresa deve estabelecer seu preço igual ao preço de mercado, por exemplo, se um produto está sendo vendido a R$ 10,00 no mercado, qualquer empresa que quiser vendê-lo deverá ter preço de R$ 10,00. Isto ocorre porque como existe um grande número de empresas no mercado se ela tentar vender acima deste preço os consumidores comprarão nas empresas que vendem ao preço de mercado. E pelo princípio da racionalidade, ele não venderá abaixo deste peço porque seu lucro seria menor. Por isso as empresas são chamadas de tomadoras de preços, ou seja, devem praticar o preço de mercado.

- Trabalha com a noção de produtos homogêneos: isto significa que não existe grande diferenciação entre os produtos ofertados pelas empresas concorrentes, isto é, produtos que servem para atender uma mesma necessidade são iguais. Por exemplo: sapato protege os pés, todos os sapatos são feitos para isto, não interessa a marca, por isso qualquer sapato venderá, desde que tenha preço de mercado. Não são considerados diferenças de qualidade, marca embalagem, etc.

- Não existem barreiras à entrada, pois como as empresas são pequenas e o capital investido também é pequeno existe a livre entrada e saída de firmas no mercado. Também existe a livre entrada de compradores no mercado.

- Supõe a transparência no mercado, isto é, os preços expressam o grau de eficiência de mercado. Como os consumidores e vendedores têm acesso à todas as informações sem custos, isto é, conhecem o preço, qualidade, custo, receitas e lucros de seus concorrentes.

- Supõe-se a livre mobilidade de fatores: isto significa que os insumos podem ser convertidos rapidamente de um uso para outro para atender outras necessidades. Então, a cana de açúcar tanto serve para produzir açúcar quanto álcool, e os trabalhadores tem as mesmas habilidades. Além disso, as empresas dominam as técnicas de produção, ela pode se localizar em qualquer lugar, utilizar qualquer fator de produção; sair de um lugar e ir para o outro. Enfim, caso verifiquem que não conseguirão ter o preço de seu produto igual ao preço de mercado, elas podem escolher produzir outro produto no qual tenham eficiência e consigam produzir ao preço que prevalece naquele mercado.

- Supõe-se que não existem externalidades, isto é, qualquer evento que aconteça fora de sua empresa, prejudicando ou beneficiando, sua produção não é considerado na análise.

Agora que finalizamos os estudos dos pressupostos e hipóteses necessárias para entender a análise de mercado, podemos iniciar o estudo do mercado, começaremos analisando os determinantes da demanda.

Comentamos que os consumidores são agentes racionais e que procuram consumir bens e serviços para satisfazer suas necessidades. Então, como o consumidor define a satisfação de uma necessidade? Geralmente ele vai dizer que para satisfazer sua necessidade ele escolhe produtos que tem uma serventia, uma utilidade. Então, entender a demanda pressupõe alguns entendimentos sobre a utilidade dos bens. Segundo Vasconcellos e Garcia (2004, p. 37) “a utilidade representa o grau de satisfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que podem adquirir no mercado”.

Os bens satisfazem necessidades, porém as necessidades têm seus aspectos subjetivos porque a preferência por um produto ou serviços diferem de pessoa para pessoa. Por outro lado, como os consumidores é que demandam e fazem isso de acordo com a utilidade do bem. Este comportamento é o que caracterizou o que chamamos de soberania do consumidor. Nas economias de mercado, toda empresa quer vender e, para isto, tem que oferecer algo para o qual haja demanda ou consumo. A primeira regra para isto é que o consumidor tem que enxergar a utilidade da mercadoria que está sendo vendida.

Do ponto de vista da teoria econômica foi necessário desenvolver leis que expressassem o comportamento da maioria e, que, portanto, tem suas exceções. Assim, uma das teorias que buscou explicar a demanda baseou-se na utilidade, ficou conhecida como teoria do valor utilidade, a aplicação desta teoria foi utilizada para definir o valor dos bens econômicos. Quando aplicada, ela explica que os bens tem valor porque são úteis, isto é, o homem estabelece uma relação de uso com o objeto e atribui valor a ele a partir desta relação. Exatamente por causa desta relação o valor atribuído aos bens é chamado de valor de uso, que é contraposto ao valor cobrado pelo mercado pela venda de um produto, que é chamado de valor de troca.

Como dissemos anteriormente, a teoria do valor utilidade só teria significado quando aplicado para a maioria das pessoas, não há vantagem em criar uma teoria para um único indivíduo. Assim, esta teoria se utiliza da utilidade total e da utilidade marginal. A utilidade total de um bem é crescente, isto é, tende a aumentar à medida que consumimos mais dele. A utilidade marginal refere-se à satisfação adicional com cada nova unidade consumida, esta é decrescente, pois à medida que aumentamos o consumo de um bem cada nova unidade é menos útil e vai perdendo significado de satisfazer uma necessidade, até que chega o ponto em que ficamos saturados do consumo deste bem especificamente.

Para você, leitor, parece estranho ler sobre isto, pois você não se questiona sobre seu consumo, apenas exerce seu direito de consumir. Por outro lado, este conceito é muito utilizado por empresas para atrair os consumidores, como nos sistemas de rodízio, self service, etc. em que as quantidades vendidas estão associadas à utilidade marginal e saturação do consumidor para o produto que eles vendem. No sistema de rodízio, por exemplo, numa pizzaria em que o consumidor paga a entrada e come o quanto quiser, o empresário sabe que na média, no máximo, uma pessoa consome de 4 a 6 pedaços de pizza, portanto, estabelece um preço acima deste custo para ter lucro por pessoa e não por pizza.

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