Mandarová – Erinnyis ello
Por: leogustavo • 26/8/2016 • Relatório de pesquisa • 5.010 Palavras (21 Páginas) • 422 Visualizações
Mandarová – Erinnyis ello
O mandarová é uma praga de ocorrência esporádica, mas de grande importância econômica para a cultura da mandioca, devido sua capacidade de consumo, causando completo desfolhamento e redução na produção. De ocorrência intermitente, pode ocorrer em qualquer época do ano, com maior freqüência entre os meses de outubro a abril, no entanto, os prejuízos são mais significativos quando o ataque ocorre em plantas jovens com dois a cinco meses após o plantio. O ciclo completo dessa espécie (ovo a adulto) varia de 33 a 55 dias, dependendo principalmente da temperatura.
Os ovos, em número de 400 a 800 por fêmea, são ovipositados isoladamente na parte superior da folha, apresentando coloração verde claro logo após a postura, evoluindo para tom escuro próximo a eclosão do ovo, passando a transparente após a saída da lagarta. Após o completo desenvolvimento, a lagarta desce para o solo, onde se transforma em pupa. Os danos são causados pela fase jovem (lagarta), sendo que de 70 a 80% dos danos ocorrem durante os últimos cinco dias da fase de lagarta. Cada lagarta consome 12 a 13 folhas aproximadamente, dependo do tamanho da folha e da qualidade nutricional da mesma. A porcentagem de dano varia em função da época de ocorrência do ataque da lagarta e da frequência de ataques, da intensidade de desfolha ocasionada na planta, das condições de fertilidade do solo e fatores ambientais, especialmente chuvas. Experimentos têm 08 09 demonstrado uma variação de 25 a 47% em solos férteis e 45 a 64%, em solos de baixa fertilidade.
O mandarová é de fácil controle quando se faz um monitoramento constante da lavoura para se detectar o início do ataque. Portanto, é de suma importância que o agricultor conheça as diferentes fases do ciclo biológico do inseto mandarová. Algumas estratégias podem ser utilizadas para detectar a chegada da praga na lavoura, tais como: observação da presença de mariposas em lâmpadas próximas à lavoura; vistoria na lavoura para detectar a presença de ovos (verdes e amarelos) e lagartas pequenas (até 4 cm), e instalação de armadilhas luminosas a, pelo menos, 5 metros de altura. Na escolha do método de controle, deve-se considerar que o mandarová tem um número expressivo de inimigos naturais, e que devem ser preservados, recomendando-se para isso o uso de produtos biológicos (baculovirus e bacilus).
O controle do mandarová utilizando o baculovirus (Baculovirus erinnyis), desenvolvido pela EPAGRI é uma alternativa viável, econômica e segura, podendo causar mortalidade de até 100% das lagartas. A eficiência depende de alguns cuidados que devem ser observados na preparação da calda e aplicação, tais como: coleta da lagarta na fase adequada, a partir da perda de movimento, porém, antes que haja o escurecimento. A aplicação deve ser feita quando as lagartas ainda estiverem pequenas (3 a 4 cm), aproximadamente 3 a 5 dias após a observação da presença de ovos na lavoura.
O pH da calda deve ser ácido; a aplicação deve ser realizada no final do dia (baixa incidência de luz ultravioleta) e com volume de calda que proporcione molhamento completo da planta. A dosagem ideal a ser utilizada depende muito da qualidade da calda, em geral recomenda-se de 50 a 100 ml do macerado de lagartas por hectare e volume de água que propicie um completo molhamento da planta de mandioca. Outra alternativa de controle biológico que apresenta boa eficiência e é altamente seletivo aos inimigos naturais é o Bacillus thuringiensis (Dipel WP, Thuricide e Bac-Control WP), registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), cuja recomendação é de 250 a 500 gramas por hectare, devendo tomar os mesmos cuidados recomendados para o baculovirus. 10 11 Ovo Larva Pupa Adulto.
Ciclo Biológico do Mandarová Erinnyis ello 15 a 18 dias s ia d 13 a 10 10 a 20 dias demonstrado uma variação de 25 a 47% em solos férteis e 45 a 64%, em solos de baixa fertilidade. O mandarová é de fácil controle quando se faz um monitoramento constante da lavoura para se detectar o início do ataque. Portanto, é de suma importância que o agricultor conheça as diferentes fases do ciclo biológico do inseto mandarová. Algumas estratégias podem ser utilizadas para detectar a chegada da praga na lavoura, tais como: observação da presença de mariposas em lâmpadas próximas à lavoura; vistoria na lavoura para detectar a presença de ovos (verdes e amarelos) e lagartas pequenas (até 4 cm), e instalação de armadilhas luminosas a, pelo menos, 5 metros de altura.
Na escolha do método de controle, deve-se considerar que o mandarová tem um número expressivo de inimigos naturais, e que devem ser preservados, recomendando-se para isso o uso de produtos biológicos (baculovirus e bacilus). O controle do mandarová utilizando o baculovirus (Baculovirus erinnyis) (Figura 02A), desenvolvido pela EPAGRI é uma alternativa viável, econômica e segura, podendo causar mortalidade de até 100% das lagartas. A eficiência depende de alguns cuidados que devem ser observados na preparação da calda e aplicação, tais como: coleta da lagarta na fase adequada, a partir da perda de movimento, porém, antes que haja o escurecimento (figura 02 B). A aplicação deve ser feita quando as lagartas ainda estiverem pequenas (3 a 4 cm), aproximadamente 3 a 5 dias após a observação da presença de ovos na lavoura.
O pH da calda deve ser ácido; a aplicação deve ser realizada no final do dia (baixa incidência de luz ultravioleta) e com volume de calda que proporcione molhamento completo da planta. A dosagem ideal a ser utilizada depende muito da qualidade da calda, em geral recomenda-se de 50 a 100 ml do macerado de lagartas por hectare e volume de água que propicie um completo molhamento da planta de mandioca. Outra alternativa de controle biológico que apresenta boa eficiência e é altamente seletivo aos inimigos naturais é o Bacillus thuringiensis (Dipel WP, Thuricide e Bac-Control WP), registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), cuja recomendação é de 250 a 500 gramas por hectare, devendo tomar os mesmos cuidados recomendados para o baculovirus. 10 11 Ovo Larva Pupa Adulto Figura 1: Ciclo Biológico do Mandarová Erinnyis ello 15 a 18 dias s ia d 13 a 10 10 a 20 dias Dentro das opções de moléculas químicas (controle químico convencional), o único produto registrado no MAPA é o Bulldock 125 (beta-ciflutrina). Porém, esse piretróide dever ser utilizado com muita cautela e como última opção, pois tem baixa seletividade, eliminando os inimigos naturais e possibilitando o aparecimento de outras pragas.
Percevejo-de-renda – Vatiga sp
As espécies conhecidas vulgarmente como percevejo de renda são citadas como associadas à cultura da mandioca em vários países da América Latina. Os insetos adultos do percevejo de renda são de coloração cinza, enquanto que as ninfas (fase jovem) são esbranquiçadas. A postura é feita dentro do tecido da folha, com número de ovos por fêmea variando de 61 a 94. A fase de ovo dura 8 a 15 dias, enquanto que a fase de ninfa 12 a 17 dias. Em média os adultos vivem de 23 a 90 dias.
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