Maradona
Por: AmandaLy • 8/12/2015 • Ensaio • 10.375 Palavras (42 Páginas) • 290 Visualizações
UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA
A HISTÓRIA DE VIDA DE MARADONA
ADRIANA S. RODRIGUES
AMANDA LYRA MORENO
ANDERSON TONIOLO DA ROCHA
ANGÉLICA SOARES DE AMARAL
MARCELO SILVEIRA COURY
SUZANA MOREIRA SANTANA
PIRACICABA
JUNHO/2015
AUTORES:
ADRIANA S. RODRIGUES
AMANDA LYRA MORENO
ANDERSON TONIOLO DA ROCHA
ANGÉLICA SOARES DE AMARAL
MARCELO SILVEIRA COURY
SUZANA MOREIRA SANTANA
A HISTÓRIA DE VIDA DE MARADONA
ANÁLISE DA NARRATIVA
[pic 2]
PIRACICABA
JUNHO/2015
SUMÁRIO
Apresentação____________________________________________3
Narrativa da história de vida____________________________7
Contexto histórico no qual o sujeito vivenciou sua história___________________12
Relações significativas no processo de socialização e sociabilidade (infância, adolescência, juventude, vida adulta)__________________________15
Papéis sociais vividos pelo sujeito ao longo de sua história e as particularidades na vivência pessoal desses papéis (personagens), relacionados às instituições definidoras desses papéis______________________________________ 16
Momentos de ruptura na história pessoal e os fatores relacionados a essa 20ruptura___________________________20
Análise interpretativa_____________________________21
Singularidades do sujeito (criação de novos personagens) e as reações do outro diante de tais singularidades__________________________________24
Os estereótipos e estigmas relacionados a tais singularidades, enfocando preconceitos e discriminações_____________________________27
O movimento identitário presente na história de vida / Mesmice e suas determinações______________________________29
Metamorfose progressiva (alterização) e regressiva e a consciência do sujeito em relação a esses movimentos__________________________________33
A experiência pessoal do sujeito na dimensão da condição humana contemporânea_____________________________________36
Referências bibliográficas____________________________________38
ANEXO (imagens) _______________________________________39
APRESENTAÇÃO
Buscamos neste estudo abordar a identidade e a multiplicidade de papéis que um indivíduo representa ao longo de sua história de vida e para isso, utilizamos uma metodologia qualitativa biográfica, a história de vida. Onde existe preocupação com o vínculo entre pesquisador e pesquisado; há uma produção de sentido tanto para o pesquisador quanto para o sujeito: “saber em participação”. A história é contada da maneira própria do sujeito; Ponte entre o individual e o social.
Utilizamos na narrativa de história de vida o nome fictício Maradona, que foi escolhido pelo próprio sujeito e para que fosse possível a realização da pesquisa de campo entregamos a Maradona um termo de consentimento que foi lido e esclarecido a ele. Como Maradona é analfabeto ele utilizou a digital do polegar direito para carimbar o termo, consentindo o uso da sua narrativa exclusivamente para este estudo. Mantivemos em sigilo a identidade de ‘Maradona’ para preservar a privacidade dos relatos aqui descritos, também como respeitar os princípios éticos.
A história de vida foi coletada na relação face-a-face e durante a realização da pesquisa de campo foram utilizados o método biográfico e a observação direta com objetivo de coletar os dados necessários; um diário de campo foi utilizado como instrumento de coleta e registro dos dados. Os dados informados foram relatados espontaneamente pelo o próprio Maradona, (sujeito cuja história de vida será analisada).
Foram realizadas entrevistas abertas em grupo, com duração média de 1 hora cada, uma vez por semana; totalizando 6 encontros, sendo o 6º para “desconstruir”o forte vínculo afetivo que foi construído no decorrer das entrevistas.
Utilizamos o papel social de estudantes durante as entrevistas e ao escutar o depoimento nos colocamos como seres humanos, sensíveis às violências e conflitos que permeiam as relações humanas.
A história de vida faz, parte de uma tradição que procura dar conta das influências socioculturais naquilo que o indivíduo é e faz, inserindo-se na linha das metodologias qualitativas de investigação social, sobretudo quando é usada como técnica principal de recolha de dados. De certa forma, uma história de vida é sempre individual e única, de um indivíduo particular conta a partir da sua perspectiva e à luz da sua experiência. Ela está, portanto, sempre imbuída da subjetividade própria do narrador, que não procede, nessa qualidade, ao mesmo tipo de operações que o investigador leva a cabo para construir e/ ou aferir a validade de uma teoria. Transmite uma visão particular do mundo e de si próprio. Porque se trata da sua própria vida, e na medida em que a ‘posse’ de uma história acerca de si próprio é um elemento central de sustentação do Eu, a história de vida não se refere unicamente a um conjunto de fatos e à relação entre eles, mas inclui o investimento emocional do narrador. De certa maneira, contar a própria história é uma forma de reviver os eventos que se recorda, é também experimentar novamente os sentimentos e as emoções que lhes estão associados. Neste sentido, uma história de vida não constitui e não pode constituir um relato objetivo e exaustivo dos eventos ocorridos na vida do narrador, nem exterior a eles. Ela não é nunca um relato desinteressado, pelo contrário, é um relato dotado de uma afetividade particular justamente porque é através dele que o ator se reconta e se reafirma como entidade distinta das demais.
O ator poderá saber pouco sobre as determinantes sociais da sua conduta e do seu ser, mas sabe alguma coisa acerca da sua vida e da realidade com que lida todos os dias, traduzindo nas suas respostas e nas suas narrativas, simultaneamente, aquelas determinantes e este conhecimento.
A história de vida permite captar o que escapa às estatísticas, às regularidades objetivas dominantes e aos determinismos macrossociológicos, tornando acessível o particular, o marginal, as rupturas, os interstícios e os equívocos, elementos fundamentais da realidade social, que explicam por que é que não existe apenas reprodução, e reconhecendo, ao mesmo tempo, valor sociológico no saber individual.
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