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Materiais De Construção Civil

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Por:   •  25/4/2013  •  4.996 Palavras (20 Páginas)  •  1.126 Visualizações

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1.INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO E NORMALIZAÇÃO

1.1 A EVOLUÇÃO DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

A história dos materiais de construção acompanha a própria história do homem, pois este sempre buscou na casa um local de abrigo e segurança imprescindível à sua sobrevivência e um ponto de referência fundamental para o seu relacionamento com o mundo. A importância dos materiais na história do homem é tal que, nos primórdios, ela foi dividida conforme a predominância do uso de um ou de outro: Idade da Pedra, Idade do Bronze; ou por seus melhoramentos: Idade da Pedra Lascada e Idade da Pedra Polida.

A princípio o homem empregava os materiais da forma como os encontrava na natureza, passando a modelá-los e adaptá-lo às suas necessidades. A evolução dos materiais, inicialmente, se deu a passos lentos. Segundo Verçosa (2000), até a época dos grandes descobrimentos, a técnica resumia-se em modelar os materiais encontrados de forma bruta na natureza: a pedra, a madeira e o barro, e em menor escala, metais e fibras vegetais. Aos poucos, as exigências do homem foram aumentando e assim, os padrões requeridos para uso dos materiais: maior resistência, maior durabilidade e melhor aparência. Como por exemplo, o caso do concreto, que surgiu da necessidade de um material resistente como a pedra, mas de moldagem fácil como o barro, ao que respondeu, inicialmente, a pozolana, uma mistura de barro com cal gorda, muito semelhante ao concreto atual. Depois surgiu a necessidade de estruturas capazes de vencer vãos maiores, ao que se desenvolveu o concreto-ferro, hoje concreto armado. A partir de então, começaram as pesquisas sobre os aços e hoje, tem-se o concreto protendido em diversas estruturas. Ou como os casos de madeiras e rochas, que, em virtude de suas “imperfeições” naturais e extração limitada, encontram cada vez mais concorrência com os materiais industrializados – que muitas vezes substituem com vantagens os elementos naturais.

Através dos anos, os materiais e técnicas de construção foram mudando. Não que o processo construtivo esteja relacionado a modismos, mas por causa de uma super-oferta de novas tecnologias, que fizeram avançar esta área. De acordo com Blackburn (1989), apesar de certos aspectos terem se mantido constantes, outros variaram muito. Enquanto surgiram produtos e processos novos e inovadores, outros se tornaram obsoletos e arcaicos, assim como as necessidades do homem.

Os materiais ditos de construção, ou seja, os mais brutos que edificam as construções, não se limitam a pedras e tijolos. Os blocos de concreto, painéis pré-moldados e paredes dry-wall estão substituindo os materiais convencionais, com certas vantagens como rapidez de execução e racionalização da obra. Ainda mais significativo é o avanço em relação aos materiais ditos de acabamento – que revestem e acabam os espaços. Não mais se limitam a argamassados/cimentados, cerâmicas, pedras e madeiras. Hoje, a tecnologia avança com rapidez. Os materiais são simples ou compostos, obtidos diretamente da natureza ou elaborados industrialmente. A gama de opções para os diversos usos é variada, assim como as propriedades e variedades de um mesmo material.

Para os profissionais e estudante de arquitetura, o conhecimento dos materiais e suas propriedades é imprescindível para a orientação da escolha entre eles. A economia em uma obra depende muito da correta especificação dos materiais, da relação custo-benefício, a médio e longo prazo. O conhecimento detalhado do material especificado é fundamental para a argumentação do profissional para a sua escolha. A opção por um outro material pode até mesmo definir a conceituação de seu projeto: a forma, o uso e a função de um espaço estão diretamente relacionados ao tipo de material que irá compor este ambiente.

Para os consumidores finais destes produtos, os contratantes dos serviços e usuários dos espaços, o desconhecimento sobre os novos materiais – de suas reais propriedades, quando comparados aos tradicionais – gera insegurança e, até mesmo certo descrédito. Muitas vezes, este opta por manter o convencional, ao contrário de arriscar algo que não conhece, ou não encontra informações precisas e imparciais a respeito.

Quando, por desconhecimento do profissional, os materiais são mal empregados ou especificados erroneamente para o uso, acabam gerando gastos maiores, prejudicando a durabilidade e funcionalidade dos espaços que compõem, chegando ao extremo de causar patologias incuráveis, senão pela remoção deste material. Estes fatos acabam por prejudicar a imagem do profissional, muitas vezes visto como desconhecedor dos materiais. Ou ainda, de gerar o descrédito do usuário no material que foi erroneamente utilizado para tal uso. Esta falta de embasamento acaba, muitas vezes, por inibir o uso de novos materiais, tendendo-se a um conservadorismo no uso de materiais e tecnologias, conseqüentemente, nas inovações em arquitetura.

Assim, o arquiteto necessita estar sempre atualizado para poder melhor aproveitar as técnicas mais avançadas, utilizando materiais de melhor padrão e menor custo.

1.2 COMO ESPECIFICAR MATERIAIS

Usar sempre da maior exatidão possível – definir todos os elementos que possam variar de procedência;

Citar dados técnicos do material desejado – mesmo que pareçam óbvios para nós, podem não ser para o construtor:

Nomear o material e também: a classificação, o tipo, a dimensão desejada, cor, textura, padrão e, eventualmente, a procedência (marca);

Não esquecer NENHUM material;

Rever catálogos dos materiais especificados – e estar sempre atualizado;

Organizar um guia para especificações, a fim de não esquecer detalhes como rodapés, ferragens...

1.3 CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

1.3.1 Critérios técnicos: considerar as exigências do local em que o material será aplicado e verificar as propriedades dos materiais disponíveis – tem que haver compatibilização entre estes fatores. Por exemplo, em áreas úmidas (banheiros, cozinhas, saunas), necessita-se material que não sofra deformações excessivas pela umidade, que seja resistente a umidade, que seja impermeável; em áreas de grande tráfego de pessoas, escolher para piso material resistente à abrasão (desgaste) e resistente a riscos (dureza); para revestimento de fachadas, o material deve ser resistente aos agentes atmosféricos (chuva, vento, diferenças bruscas de temperatura,

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