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Por:   •  6/11/2013  •  2.098 Palavras (9 Páginas)  •  519 Visualizações

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1) REFERÊNCIA

HERVIEU-LÉGER, Danièle. O peregrino e o convertido: A religião em movimento. Tradução: João Batista Kreuch. Petrópolis: Vozes, 2008. 238 pg.

2) ENRREDO

O PEREGRINO E CONVERTIDO

1. Introdução

1.1 No século passado a Igreja era o ponto de referência das comunidades. Hoje, essas Igrejas servem apenas para que suas características culturais sejam admiradas.

1.2 O mundo religioso desapareceu, o culto hoje é do corpo, a questão da legitimidade ficou para trás.

1.3 Após a Segunda Guerra Mundial um interesse sociológico pela religião se expandiu.

1.4 Os pesquisadores (sociológicos) chegaram a acreditar que a religião foi expulsa da modernidade.

1.5 A religião deixou de seu um prisma racional e passou por um processo de recomposição das crenças.

1.6 A sociologia das religiões foi elaborada primeiramente para se analisar o funcionamento da esfera religiosa.

1.7 Qualquer que seja a crença pode ser vista como uma religião, desde que haja uma tradição para esse crer, mas não basta crer em Deus para ser um homem religioso.

1.8 A religião separa os homens em uma comunidade que tem a mesma ideologia, e os distancia dos que não pertencem a ela.

1.9 Na oposição clássica a religião está em toda parte, já na modernidade se concentra em uma esfera com um enfraquecimento contínuo.

2. A religião despedaçada – Reflexões prévias sobre a modernidade religiosa

2.1 A modernidade evoca a racionalidade, mas estamos longe cientificamente de sermos total racionais, mesmo assim a racionalidade mobiliza as sociedades modernas;

2.2 A primazia da razão à frente de todas as ações humanas;

2.3 As sociedades modernas são laicas, onde a crença é de opção pessoal e, portanto esse caráter da religião reger a sociedade tem sido ilegítimo;

2.4 A distinção de sociedade e vida religiosa se insere na esfera pública e privada;

2.5 Ao mesmo tempo em que se enfraquece o poder das instituições religiosas de enquadrar fiéis, abre-se espaço para que novas construções religiosas se sucedam;

2.6 A crença não pode prescrever e nem impor à sociedade, autoridades de normas e nem códigos de sentido;

2.7 É um erro deduzir que as instituições religiosas perderam a capacidade de contribuir na formação do individuo;

2.8 Em função da incompatibilidade no que é oferecido pelas grandes tradições religiosas, abre-se a possibilidade de construção de novos modelos religiosos;

2.9 Esses novos modelos religiosos oferecidos, são como a autora expressa como “bricolagens”, que viabilizam, por exemplo, crer sem aderir;

2.10 A dimensão da identidade confessional, nem sempre, está colocada em relação com conteúdo da fé;

2.11 Falar de identidade das crenças e identidade confessional, “é tocar no centro de uma contradição maior da modernidade religiosa”. (Hervieu- Lèger, 2008, p. 54).

3. O fim das identidades religiosas herdadas

3.1 A transição dos valores das instituições é sua condição de sobrevivência no tempo.

3.2 A continuidade das crenças marcam a entrada dos jovens na comunidade colocando as novas gerações em oposição às antigas;

3.3 As lacunas na crise de transição representam rupturas culturais que atingem profundamente a identidade social;

3.4 A crise de transição de religião existe porque as sociedades modernas são cada vez menos sociedades de memória;

3.5 Os indivíduos constroem sua própria identidade sociológica a partir dos seus diversos recursos simbólicos;

3.6 A dimensão ética é a aceitação por parte do indivíduo dos valores religiosos à mensagem religiosa trazida pela tradição particular;

3.7 A dimensão cultural reúne o conjunto dos elementos cognitivos, simbólicos e práticos que constituem o patrimônio de uma tradição particular;

3.8 A dimensão emocional diz respeito à experiência afetiva associada à identificação;

4. Figuras do religioso em movimento – O peregrino

4.1 Pensar na religião a partir do movimento, da fluidez da paisagem religiosa moderna;

4.2 A figura do praticante regular corresponde a um período típico do catolicismo, marcado pela extrema centralidade do poder clerical e pela forte territorialidade das pertenças comunitárias;

4.3 A religiosidade peregrina se caracteriza pela fluidez dos conteúdos de crenças que elabora e pela incerteza das pertenças comunitárias às quais pode dar lugar;

4.4 A comunidade ecumênica Taizé, criada pelo pastor Roger Scutz em 1940, tornou-se em 1960 um local de atração para os jovens;

4.5 A comunidade Taizé permite transcender emocionalmente a extrema diversidade e enraizar essa diversidade em uma tradição crente em comum;

4.6 O praticante: prática obrigatória, regida pela instituição, fixa comunitária, figura ligada à estabilidade territorial;

4.7 O peregrino: prática voluntária, autônoma, variável, individual, móvel, excepcional, que permite dedicação subjetiva diferenciada.

4.8 Peregrinação define um movimento de intensidade religiosa que não se insere nos ritmos da vida ordinária;

5. Figuras do religioso em movimento – O convertido

5.1 O convertido é a melhor figura que cristaliza a mobilidade características de uma modernidade religiosa constituída a partir de experiências pessoais;

5.2 Além do processo do enfraquecimento das instituições religiosas, o século XX, foi também um século de conversões;

5.3 Houve um aumento na busca de identidades religiosas

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