Mercado De Capitais

Cenário Econômico Nacional

O ano de 2014 apresenta um crescimento econômico muito abaixo do esperado, no primeiro semestre a economia foi agitada pela realização da Copa do Mundo no Brasil e pela presença de órgãos de imprensa, turistas e autoridades internacionais e, neste momento, está vivendo o cenário da campanha eleitoral.

O PIB, apesar do crescimento abaixo do esperado, apresentou um contribuição positiva dos investimentos e das exportações.

Dados do Brasil em 2014

PIB brasileiro – crescimento de 1,5%

Exportações – crescimento de 125%

Investimentos – crescimento de 18,5%

Atividade econômica

Os indicadores econômicos do Banco Central apontaram crescimento nos meses de janeiro, março, abril e junho e queda em fevereiro, maio e julho. Apesar do cenário instável, houve um crescimento acumulado de 2,97.

Conforme dados Serasa no mês de agosto, houve queda no pedido de falências das empresas. Houve crescimento da atividade do comércio em 1,9% e queda na produção industrial em 2,0%.

Indústria

A indústria passa por um período de instabilidade, mas com crescimento acumulado de 0,6%, oscilando entre altos e baixos, conforme tabela abaixo.

Meses Dados

Janeiro 2,80%

Fevereiro -2,40%

Março 1,80%

Abril 1,80%

Maio -2,00%

Junho 2,10%

Julho 2,00%

Entre junho e julho a queda foi de 5,4% na indústria automobilística, sendo que no mês de agosto o cenário de baixa na produção persistiu. No mesmo período houve queda na indústria de bens de capital que recuo de 3,3% e na indústria de bens intermediários com recuo de 2,6%.

A indústria farmacêutica apresentou queda de 10,7% e o de máquinas para escritório e equipamentos de informática apresentaram queda de 9,4%. O IBGE realiza pesquisas de regiões industrializadas, no mês de julho, das 14 regiões pesquisadas, 9 registraram recuo na atividade industrial e 11 estavam em expansão. Só a atividade industrial em São Paulo registrou queda de 4,1%. E também de 27 ramos analisados, 15 apresentaram queda.

Comércio

Em julho sobre junho, as vendas do comércio varejista cresceram 1,9%, enquanto as da indústria caíram 2,0% (IBGE). Em relação a julho/12, a alta foi de 6,0%. Em 12 meses, houve alta de 5,4%. Segundo a CNC, foi um resultado atípico, que se deve basicamente à queda no preço dos alimentos e ao programa Minha Casa Melhor. A alta das vendas foi puxada pelos ramos tecidos, vestuário e calçados (+5,4%), artigos farmacêuticos (+11,6%) e artigos de uso pessoal e doméstico (+3,9%). De outro lado, no varejo ampliado, houve queda no comércio automotivo (-3,5%) e alta pequena em materiais de construção (+0,8%).

Regionalmente, destacaram-se Mato Grosso do Sul (+12,2%), Paraíba (9,8%) e Rio Grande do Norte (+9,5%). As vendas a prazo, em agosto, registraram recuo de 0,62%, em relação a agosto/12.

No tráfego aéreo doméstico, em agosto, houve queda de 7,6% na oferta e de 13,8% na demanda, ante agosto/12. A inadimplência do consumidor caiu 10% em agosto/agosto/12, acumulando no ano alta de 2,2% (Serasa). O índice de confiança dos empresários do comércio (ICEC), segundo a CNC, caiu 4,2% em agosto/agosto/12.

Agricultura

A expectativa da safra agrícola caiu em agosto, mas será recorde anual, com produção estimada de 187,3 milhões de toneladas de grãos, alta de 15,7% sobre a safra anterior, segundo o IBGE. A soja registrou produção de 81,3 milhões de tons. (+23,8%) e o milho 80,8 milhões de tons. (+13,3%). Mato Grosso expandiu sua produção em 29,6%.

 

A CONJUNTURA ECONÔMICA

EM 2014

O próximo ano será uma mistura de baixa performance econômica, agitada campanha eleitoral e movimentos de rua e badernas motivados pela presença da FIFA em 12 capitais onde vão ser realizados os jogos da Copa do Mundo.

Segundo a média das opiniões atuais dos analistas de mercado, o aumento do PIB de 1,5% no segundo trimestre teve uma contribuição positiva dos investimentos (+18,6%), assim como das exportações (+125%). Esse resultado dificilmente será repetido no terceiro e quarto trimestres, indicando para 2014 a continuidade de uma conjuntura de baixo crescimento.

Atenção: Segundo o Jornal Valor, de 10/9, o TCU considerou que o modelo de licitação para 11 mil quilômetros de novas ferrovias carece de base legal. Em consequência, será adiado o primeiro leilão de 18/10, previsto para o trecho entre Açailândia (MA) e Barcarena (PA).

PETROBRAS

A Petrobras – que tem sido o motor de indústria nacional – está rateando. Apesar de toda a sólida estrutura tecnológica e eficiente quadro de pessoal, a Petrobras está com sério problema de caixa e sem perspectivas de reinvestimento de lucros. Daí a procura de alguma (s) associação com empresas ricas do ramo, para dar partida ao gigantesco projeto do pré-sal. Segundo consta, nos últimos dois anos, a dívida da empresa saltou de R$ 94 bilhões para R$ 176 bilhões. O prejuízo acumulado desde 2005 caminha para R$ 87 bilhões no final do ano.

A produção de petróleo no Brasil em julho foi de 1,974 milhões de barris por dia e a de gás natural alcançou 78,5 milhões diários de metros cúbicos, somando 2,468 milhões de barris de óleo equivalente por dia, informou a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Enquanto a produção de gás natural aumentou 10,6% em relação a julho de 2012, a de petróleo teve queda de 2,4% na mesma comparação. Já em comparação com junho, houve redução de 6% na produção de petróleo e de 1,9% na de gás natural. O resultado foi causado principalmente pela parada programada de cerca de 15 dias da Plataforma P-40, no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos.

ATIVIDADES ECONÔMICAS

O índice de atividades econômicas do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,33% em julho em relação ao mês anterior, repetindo uma sequência de altas e baixas: subiu em janeiro, março, abril e junho e caiu em fevereiro, maio e julho. No acumulado do ano, houve crescimento de 2,97.

As vendas de embalagens cresceram em