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Metodos De Custeio

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Por:   •  8/5/2014  •  2.270 Palavras (10 Páginas)  •  539 Visualizações

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3. MÉTODOS DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO

Custeio por absorção é o método que segue os Princípios Fundamentais de contabilidade, portanto é o sistema legal aceito e exigido no Brasil. Este método trabalha com sistema de rateios na apropriação dos custos de dois ou mais produtos. O procedimento é fazer com que cada produto ou serviço absorva parte dos custos diretos e indiretos da fabricação.

A separação entre custo e despesa é essencial, porque neste caso as despesas vão diretamente contra o resultado do período, enquanto os custos dos produtos não vendidos vão para o estoque. A finalidade deste critério é ter o custo total (direto e indireto) de cada objeto produzido.

Para Crepaldi (2004, p. 223)

“Custear significa acumular, determinar custos. Custeio ou custeamento são métodos de apuração de custos, maneiras segundo as quais procederemos à acumulação e apuração dos custos.”

Um aspecto importante, é que em nosso país, há exigência de se fazer o custeio dos estoques pelo critério de absorção, não se permitindo a adoção de outro critério. Portanto, a comparação entre os métodos fica prejudicada pela impossibilidade de aplicação de outro critério.

Contabilmente se utilizarmos custeamento por absorção para os estoques, o lucro de um ano realmente ficará diferente caso adote outro método. Entretanto, considerando a soma dos lucros dos anos de vida da empresa, o resultado será igual, mesmo considerando métodos diferentes para apuração estoques. Dessa forma pode-se afirmar que independentemente do método utilizado pela empresa, não se altera o lucro total.

Oliveira/Perez Jr. 2000 p. 117 diz:

“No custeio por absorção, todos os custos de produção são alocados aos bens ou serviços produzidos, o que compreende todos os custos variáveis, fixos, diretos ou indiretos. Os custos diretos, por meio da apropriação direta, enquanto os custos indiretos, por meio de sua atribuição com base em critérios de rateios.“

3.1. VANTAGEM DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO

• Pode melhorar a utilização dos recursos, absorvendo todos os custos produção permitindo apuração do custo total de cada produto;

• Entre algumas vantagens, Padoveze (2000, p. 50) “considera que a mais óbvia vantagem do custeamento por absorção é que ele está de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC) e as leis tributárias”.

• Outra vantagem citada pelo autor é que ele pode ser menos custoso de programar, pois ele não requer a separação dos custos de manufatura nos componentes fixos e variáveis.

3.2. DESVANTAGENS DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO

• Os custos, por não se relacionarem com este ou aquele produto ou a esta ou aquela unidade, são quase sempre distribuídos à base de critérios de rateio, quase sempre com grande grau de arbitrariedade;

• O custo fixo por unidade depende ainda do volume de produção; pior de tudo isso, o custo de um produto pode variar em função da alteração de volume de outro produto.

• Os custos fixos existem independentes da fabricação ou não desta ou daquela unidade, e acabam presentes no mesmo montante, mesmo que ocorram oscilações (dentro de certos limites).

• Segundo Martins (1998), a desvantagem deste método está no aspecto gerencial, já que todos os custos deverão se incorporar aos produtos, inclusive os fixos. Deve-se utilizar algum critério de rateio para alocação destes custos. Assim, mesmo que o critério de rateio seja o mais ideal, haverá certo grau de arbitrariedade na alocação de custos.

Um problema na utilização do método de custeio por absorção esta na fixação dos preços sem conhecer a margem real de cada produto vendido e de forma menos eficaz visando resultado global.

4. CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL

Leone (2000 – p.323) descreve:

As próprias leis da Contabilidade prescrevem o emprego do custeio por absorção. A idéia que sempre valeu era a de que os produtos devem absorver todos os custos necessários para fabricação e se possível comercialização. As despesas e custos indiretos deveriam ser carregados aos custos produtos vendidos, mesmo que esse exercício fosse realizado por meio de alguns critérios de apropriação arbitrários.

Em razão de algumas divergências no método sistema de absorção, surge o sistema custeio variável, onde apenas os custos variáveis são aplicados aos produtos e os custos fixos lançados diretamente ao resultado como se fossem despesas. Esse sistema também é conhecido como método custeio direto, devido custos variáveis ser como regra, direta.

Se num determinado período for vendido toda produção acabada o lucro bruto por este método será maior do que o apurado pelo método custeio por absorção, devido apropriar apenas os custos variáveis. Na mesma hipótese o lucro líquido será igual, pois o custo fixo integrado aos produtos vendidos no método absorção estará em despesas operacionais no variável.

Partindo do princípio de que os custos da produção em geral, são apurados mensalmente e de que os gastos incorporados aos custos devem ser aqueles incorridos e registrados na contabilidade, esse sistema de custo depende de um suporte do sistema contábil, de forma que o Plano de Contas separe, já nos registros dos gastos, os custos variáveis e custos fixos de produção rigorosamente. O termo custos fixos, quer dizer que não sofrem oscilações ao volume da produção, quando convertido em custos por unidade torna-se variável.

4.1. ALGUMAS VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO CUSTEIO VARIÁVEL

Os defensores da utilização deste método argumentam como vantagem que os custos fixos, existem independentemente da fabricação ou não de um produto, os custos fixos podem ser vistos como encargos necessários para que a empresa tenha condições de produzir, e não como encargo de produto específico.

Os custos são distribuídos aos produtos por rateios, que contém em maior ou menor grau a arbitrariedade. Todavia, para a tomada de decisão, o rateio, por melhores que sejam os critérios pode fazer um produto não rentável, e é claro, isto não é correto.

Por essas razões e para aperfeiçoar decisões, o custeio variável tende a ser mais utilizado, lembrando que não é um sistema aceito legalmente, sua utilização limita-se à contabilidade para efeitos internos da empresa, chamada Contabilidade

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