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Metrologia

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Por:   •  23/3/2015  •  2.857 Palavras (12 Páginas)  •  264 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A metrologia é a ciência das medições e suas aplicações na sociedade. Por se tratar de uma ciência tão abrangente e necessária em tantas atividades humanas, a metrologia engloba todos os aspectos teóricos e práticos de todas as medições que são realizadas nas mais diversas ciências e tecnologias.

Além da aplicação trivial da metrologia no estudo e padronização dos pesos e medidas e na implementação de sistemas de unidades (como é o caso do SI), a metrologia também encontra larga aplicação prática nos mais diversos processos de produção, situação em que visa garantir a qualidade de produtos e serviços por intermédio de ensaios destrutivos e não-destrutivos e da aferição de grandezas físicas com o uso de instrumentos de medição, além da própria calibração desses instrumentos, sejam eles analógicos ou digitais. Outra atividade que comumente se utiliza da metrologia é a Física.

O conceito de medir, traz em si, uma idéia de comparação e como só se pode comparar “coisas" de uma mesma espécie, podemos definir medição como: "medir é comparar uma dada grandeza com outra de mesma espécie, tomada como unidade”. A formação desta palavra é METRO = medir; LOGIA = estudo.

HISTÓRIA

Embora "soluções metro lógicas" datem de 4800 a. C., período áureo egípcio, do qual a pirâmide de QUEOPS é o maior exemplo, os primeiros padrões de comprimento de que se tem registro são da civilização grega, que definiu o cúbito, 500 a. C.. Esse cúbito - distância do cotovelo até a ponta do indicador - foi subdividido em palmo, dígito e span, medindo cada um: - Cúbito = 523 mm - Span = 229 mm - Palmo = 76 mm - Dígito = 19 mm. Com o domínio romano, o cúbito foi substituído pelo pé que era constituído de 12 polegadas, sendo esta igual ao cumprimento da segunda falange do polegar da mão do homem. A jarda que fora definida no século XII, provavelmente devido ao esporte de arco e flecha popular nessa época, como sendo à distância da ponta do nariz do Rei Henrique I até o polegar, só foi oficializada como unidade de comprimento em 1558 pela Rainha Elizabeth e materializada por uma barra de bronze. Nesta mesma época fixou-se o pé como unidade de comprimento, através de decreto real que versava: “Num certo domingo, ao saírem da igreja, dezesseis homens deverão alinhar-se tocando o pé esquerdo um no outro. A distância assim coberta será denominada vara e um dezesseis avos será o pé. A jarda, como é hoje conhecida, foi estabelecida em 1878 como sendo a distância entre os terminais de ouro de uma barra de bronze, medida a 62° F (18° C). Nesse período, na Europa Continental, especificamente na França, procurou-se uma forma de definir um padrão de comprimento que não dependesse da estatura da família real. Assim, por volta de 1790, definiu-se o metro utilizando como referência o meridiano da terra - metro é 1:40.000.000 do comprimento do meridiano que passa por Dunquerque. Em 1837 foram refeitos os cálculos, obtendo-se, valores ligeiramente diferentes; por isso, a definição do metro foi alterada e passou a ser : o metro é a distância medida à temperatura do gelo fundente, entre dois traços gravados em uma barra de platina irradiada, depositada no Bureau Internacional des Poids et Mesures (BIPM), e considerado o protótipo do metro pela Primeira Conferência Geral de Pesos e Medidas, e 1889, esta barra estando à pressão normal é apoiada sobre roletes nos pontos de deflexão mínima". Em 1960 foi adotado por convenção internacional, o metro como sendo 1.670.763,73 comprimentos da onda da raia alaranjada da lâmpada de vapor de criptônio 86; conseguia-se, assim, reproduzir o metro com uma precisão de 1:10. Em 1984 o metro foi relacionado com a velocidade da luz no vácuo, definindo-o em função do tempo; isto é, um metro equivale a 1 / 299.792.458 s.

A primeira menção referente a metrologia no Brasil, data do ano de 1532, onde o Almotacé fiscalizava o funcionamento dos mercados locais, pesos e medidas da Colônia.

O imperador D. Pedro I deu os primeiros passos para a equiparação entre os sistemas de medição, através do regulamento publicado em abril de 1832.

D. Pedro II foi o grande incentivador para que mudássemos nosso sistema métrico. Em 26 de julho de 1862, todo o sistema de pesos e medidas do Império foi substituído pelo sistema métrico francês.

A Revolta do Quebra-Quilos consistia na resistência frente às mudanças do padrão de medidas, já que grande parte da população desconhecia a nova unidade métrica decimal e com isso tinha medo de ser ludibriada e acabar com a cobrança de tributos sobre o solo. A revolta perdurou até 1882, quando o Brasil finalmente conseguiu adotar o sistema métrico francês como padrão.

Em 1956 surge o Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio de Janeiro (IPEM-RJ), ainda no antigo Estado da Guanabara.

Em 1962 o Brasil adota oficialmente o Sistema Internacional de Unidades (SI).

DEFINIÇÃO DO SI

Sistema Internacional de Unidades (sigla SI, do francês Système international d'unités) é a forma moderna do sistema métrico e é geralmente um sistema de unidades de medida concebido em torno de sete unidades básicas e da conveniência do número dez. É o sistema mais usado do mundo de medição, tanto no comércio todos os dias e na ciência. O SI um conjunto sistematizado e padronizado de definições para unidades de medida, utilizado em quase todo o mundo moderno, que visa a uniformizar e facilitar as medições e as relações internacionais daí decorrentes.

O antigo sistema métrico incluía vários grupos de unidades. O SI foi desenvolvido em 1960 do antigo sistema metro-quilograma-segundo, ao invés do sistema centímetro-grama-segundo, que, por sua vez, teve algumas variações. Visto que o SI não é estático, as unidades são criadas e as definições são modificadas por meio de acordos internacionais entre as muitas nações conforme a tecnologia de medição avança e a precisão das medições aumenta.

O sistema tem sido quase universalmente adotado. As três principais exceções são a Myanmar, a Libéria e os Estados Unidos. O Reino Unido adotou oficialmente o Sistema Internacional de Unidades, mas não com a intenção de substituir totalmente as medidas habituais.

O Sistema Internacional de Unidades é baseado em 6 unidades fundamentais. A unidade fundamental de comprimento é o metro. Para cada unidade existem as unidades secundárias, que são expressas através da adição de um prefixo ao nome correspondente à unidade principal, de acordo com a proporção da medida.

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