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Microdermoabrasão em hipercromias

Por:   •  21/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.889 Palavras (12 Páginas)  •  365 Visualizações

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USO DE MICRODERMOABRASÃO EM HIPERCROMIAS

Ana Luiza Borge¹, Bianca Ragagnan Maestrelli², Bruna Hellen da Silva³.

Acadêmicas do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba-PR)¹²³.

E-mail: Bianca Maestrelli, biancamaestrelli@gmail.com

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RESUMO: Discromias são alterações na quantidade de melanina no tecido subcutâneo, sendo consequência do próprio envelhecimento intrínseco, ou de efeitos do modo como vivemos nosso dia a dia, define-se como hipercromias quando a excesso de melanina, dando origens a manchas de coloração acastanhadas a amarronzadas na pele. Com o passar dos anos, cada vez mais profissionais da área da estética tem procurado formas de tratamento para estas disfunções, e uma das soluções encontradas foi com o uso do microdermoabrasão, que funciona através de jateamento de microcristais ou da utilização de ponteiras diamantadas, ambos para promover um “lixamento da pele”, melhorando seu viço e estimulando a renovação celular, promovendo o clareamento das manchas como melasmas, hiperpigmentação pós-inflamatória e melanose solar.

Palavras-chaves: Microdermoabrasão; Hipercromias; Discromias; Peeling de Cristal; Peeling de Diamante; Peeling Diamantado; Histologia do microdermoabrasão; Acromia.

1. INTRODUÇÃO

         As hipercromias são as lesões cutâneas mais comuns na pele, seu surgimento pode estar relacionado com vários fatores como hormonal, gravídico, envelhecimento extrínseco e intrínseco, exposição ao sol, entre outros. A radiação solar parece ser o maior responsável por estas alterações, seguidas pelos fatores hormonais. (Castro et. Al, 1997)

Seu diagnóstico é baseado na profundidade do pigmento melânico, podendo o exame ser realizado pela lâmpada de wood definindo o melasma em epidérmico, dérmico, misto ou indefinido, sendo o epidérmico o mais comum, pois a deposição de melanina é maior nas camadas basal e suprabasal. (Matos, Cavalcante, 2009)

O método da microdermoabrasão (MDA) foi desenvolvido em 1905, por Kromayer (dermatologista alemão), para projetar sobre a pele microcristais de hidróxido de alumínio, quimicamente inertes, causando uma remoção parcial da pele, sendo repetido o mesmo procedimento algumas vezes, a fim de se obter um resultado significativo. Porém deve-se ter cautela entre uma aplicação e outra, com pausas entre 7 á 10 dias, para que a pele  recupere sua função normal evitando que a derme seja afetada.

Devem-se observar as regiões a serem tratadas, pois partes do corpo apresentam diferenças estruturais e fisiológicas em relação ao tecido, quanto mais superficial estiverem às manchas, mais rápido o resultado do tratamento.

O tratamento com a MDA tem como objetivo, clarear e melhorar o aspecto da hipercromia, causando uma aceleração da mitose celular, a renovação da pele, restaurar o viço, melhorar a hidratação e diminuir assim, outras sequelas estéticas presentes na pele. Sendo assim o presente trabalho tem como objetivo avaliar o uso do microdermoabrasão em hipercromias.

1.1 DISCROMIAS

As discromias são alterações na coloração normal da pele, ou seja, são distúrbios relacionados á quantidade de melanina, ou a outros pigmentos endógenos e exógenos. Caracterizam-se de forma localizada, regional, difusa ou circunscrita no corpo. Podem ser classificadas em hipocromias (diminuição da melanina), acromias (ausência de melanina), hipercromias (aumento da melanina), desenvolvem-se por hereditariedade, congenitamente ou podem ser adquiridas. (C.S Martins, 2014; Miers, Cesário, 2015).

1.1.1 HIPOCROMIAS

Hipocromias caracterizam-se pela concentração diminuída de melanina, ausência de melanócitos e má formação dos melanossomas, produzindo manchas mais claras podendo ser localizada ou generalizada, exemplo: pitiríase versicolor. A falta de vitamina C também pode estar associada a esta alteração. (Miers, Cesário, 2015).

1.1.2 ACROMIAS

        Denominam-se como acromias, manchas de formas irregulares, com coloração branca causada pela ausência de melanina. Entre as acromias mais conhecidas atualmente podemos citar o albinismo, o nevo acrômico, a síndrome de Chédiak-Higashi, hanseníase, Vitiligo, acromias infecciosas, e residuais pós- infamatória (Fernandes, 2009).

1.1.3 HIPERCROMIAS

        As hipercromias, também conhecidas como hiperpigmentação ou hipermelanoses (que é o objetivo desta revisão literária) são conseqüentes de um aumento de melanina do tecido cutâneo e elevação do numero de melanócitos por fatores internos ou externos, que origina manchas hipercromicas, e são denominadas de melasmas, efélides, lentigos, hipercromias pós- inflamatórias e hiperpigmentação periorbital. As hipercromias podem ser hereditárias (congênitas ou não) ou adquiridas, e ainda localizadas ou difusas. (Fernandes, 2009; Mejia, 2013).

1.1.3.1 MELASMAS

        A formação do meslasma é a hipercromia mais comum, caracterizada por máculas castanhas-clara a escuras, contorno irregulares, comum em áreas fotoexpostas, como face, pálpebras, e membros superiores (colo), tendo como padrões típicos região frontal (testa), região zigomática (bochechas), região perioral (lábio superior), região nasal (nariz), região mentoniana (queixo) e a região dorsal do braço. Sendo mais comum em mulheres, porem estudos relatam que os homens representam 10% dos casos apenas. Esta alteração pigmentar pode ser desenvolvida na gestação (denominada de cloasma gravídico) ou com o uso de hormônios exógenos (pílulas anticoncepcionais e terapias de reposição). A etiopatogenia do meslasma ainda não está completamente esclarecida, existem vários fatores que contribuem para o seu desenvolvimento, tais como exposição à radiação ultravioleta, pré-disposição genética, envelhecimento, alteração hormonal, drogas fotossensibilizantes, distúrbios endócrinos, cosméticos derivados do petróleo e estresse (Fernandes, 2009; Mejia, 2013; C.S Martins, 2014; Cesário, Miers, 2015).

1.1.3.2 EFÉLIDES

        As efélides popularmente chamadas de sardas, são pequenas manchas planas de cor marrom-ocre ou avermelhada, tornam- se mais pigmentadas após exposição solar. Elas normalmente são confinadas a face, aos braços, e ao dorso. São devido ao aumento dos melanócitos e surgem principalmente em crianças e adolescentes ou adultos geneticamente predispostos e de pele clara. (Nicoletti, 2002; Mejia, 2013).

1.1.3.3 LENTIGOS

        Lentigos são manchas lenticulares de coloração que varia do amarelo ao marrom-escuro e bem limitadas, planas ou pouco saliente. Originam-se profundamente na derme e constituem um importante fator de risco de melanoma e carcinoma basocelular. Comum na parte de fora dos braços, antebraços e face em pessoas com mais de 50 anos, porem existe o lentigo simples que surgem entre os 2 e 5 anos de idade com localização em áreas expostas ou não a irradiação actínica. (NIicoletti, 2002; Fernandes, 2009; Mejia, 2013).

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