Métodos de esterilização
Tese: Métodos de esterilização. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Bia1 • 15/4/2013 • Tese • 2.186 Palavras (9 Páginas) • 925 Visualizações
INTRODUÇÃO
Esterilização, é o processo que visa destruir todas as formas de vida, com capacidade de desenvolvimento durante os estágios de conservação e de utilização do produto. Conservar é manter as características do produto durante a vida útil de armazenamento (vida de prateleira) à temperatura ambiente. Esterilidade ou nível de segurança é a incapacidade de desenvolvimento das formas sobreviventes ao processo de esterilização durante a conservação e a utilização de um produto. A manutenção do nível de esterilidade a ele conferido garante o prolongamento da vida útil de prateleira e depende das operações de pré-esterilização, esterilização e pós esterilização.
Os métodos de esterilização permitem assegurar níveis de esterilidade compatíveis às características exigidas em produtos farmacêuticos, médico-hospitalares e alimentícios. O método escolhido depende da natureza e da carga microbiana inicialmente presente no item considerado. O calor, a filtração, a radiação e o óxido de etileno podem ser citados como agentes esterilizantes. O calor não é somente o agente esterilizante mais usado, como também o mais barato e fácil de controlar. O calor úmido, quando comparado ao calor seco, é um processo seletivo em função do uso de temperaturas baixas e do curto período de tempo necessário para garantir o nível de esterilidade proposto.
DESENVOLVIMENTO
Métodos de esterilização
Os métodos de esterilização permitem assegurar níveis de esterilidade compatíveis às características exigidas em produtos farmacêuticos, médicos hospitalares e alimentícios. O método escolhido depende da natureza e da carga microbiana inicialmente presente no item considerado. O calor, a filtração, a radiação e o óxido de etileno, podem ser citados como agentes esterilizantes.
Esterilização por calor úmido
De todos os métodos avaliados para a esterilização, o calor úmido na forma de vapor saturado sob pressão é o mais frequentemente utilizado e o mais confiável. Este método não é tóxico, não custoso e esporicida. O vapor aquece rapidamente o material, e penetra em sua estrutura. Considerando esses fatos, a esterilização a vapor, poderia ser utilizada sempre que possível para todos os itens que não são sensíveis ao calor e à umidade (equipamento para anestesia e terapia respiratória), mesmo quando não é essencial para prevenir a transmissão de doenças.
O princípio básico da esterilização a vapor, quando feito em uma autoclave, é o tratamento de cada item com vapor a uma temperatura e pressão adequadas, por um tempo específico, com a finalidade de destruir um microrganismo por meio de coagulação irreversível e desnaturação das enzimas e estruturas protéicas. Consequentemente são quatro os parâmetros para esterilização a vapor: temperatura, pressão, tempo e concentração de vapor. O vapor ideal para esterilização é 100% saturado, com água não saturada na forma de uma fina névoa. A produção de pressão e temperaturas altas é fundamental para matar os microrganismos rapidamente. A temperatura específica deve ser obtida para garantir a atividade microbicida. As duas temperaturas mais utilizadas 121 e 132 graus célcius. Esporos de Bacillus stearothermophilus são utilizados para monitorar a eficiência da esterilização. Geralmente, o tempo de exposição requerido para esterilizar suprimentos empacotados de hospitais, é de 30 minutos a 121 graus célcius em autoclave convencional, ou quatro minutos a 132 graus célcius em autoclave com pulsos de vácuo.
Esterilização por óxido de etileno
O óxido de etileno é um gás inflamável, explosivo, carcinogênico e, quando misturado com gás inerte, sob determinadas condições tem sido uma das principais opções para esterilização de materiais termos sensíveis. Na legislação brasileira, há vários documentos que tratam das instalações para óxido de etileno e do controle de saúde dos funcionários que nelas trabalham. O seu mecanismo de ação é a alquilação das cadeias protéicas microbianas, impedindo a multiplicação celular. O seu uso é indicado para materiais termos sensível, desde que obedecidos alguns parâmetros relacionados com concentração de gás, temperatura, umidade e tempo de exposição.
A concentração mínima recomendada é de 450 MG/L, a umidade relativa é de 20% a 40%, a temperatura entre 49 e 60 graus célcius. No entanto, os parâmetros devem ser controlados levando em consideração a calibragem do equipamento e a validação do processo. O cuidado imprescindível a ser tomado é a aeração do material. Esta fase consiste na remoção do óxido de etileno absorvido pelos materiais.
O óxido de etileno é utilizado frequentemente para esterilizar produtos médicos e odontológicos que não podem ser esterilizados a vapor. O óxido de etileno é incolor, inflamável e explosivo. Misturando ETO (10% A 12%) com dióxido de carbono ou clorofluorcarbono (CFC) reduz-se o risco de explosão ou incêndio. Por causa dos danos do CFC à camada de ozônio, em 31 de dezembro de 1995, CFC não é mais produzido para uso geral. Os hospitais tem três alternativas para ETOCFC: 8,5% ETO e 91,5% de dióxido de carbono, ETO misturado com hidrofluorcarbonos e 100% ETO. A atividade microbicida do ETO é considerada ser resultante da alquilação das proteínas, DNA e RNA. Alquilação ou substituição de um átomo de hidrogênio com um grupo alquil previne o metabolismo e a replicação normal da célula. A eficácia da esterilização por ETO depende de quatro fatores essenciais: a concentração de gás, temperatura, umidade e tempo de exposição. A operação varia de acordo com esses quatro parâmetros: 450 para 1,200 MG/L, 29 graus célcius para 65 graus célcius, 45% para 85% e de duas a cinco horas, respectivamente. Dentro de certas limitações, um aumento na concentração do gás e da temperatura pode encurtar o tempo necessário para esterilizar o material. Óxido de etileno inativo todos os microrganismos, embora esporos bacterianos, especialmente de Bacillus atrophaeus, são mais resistentes que outros microrganismos. Consequentemente, o Bacillus atrophaeus é usado como indicador biológico. A vantagem primária do ETO é que ele pode esterilizar equipamentos sensíveis ao calor ou à umidade, sem deterioração física do material,
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