Módulo 3

UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina

Curso de Extensão - Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas

Tutor (a): Raquel Alarcon

Nome da Escola que atua: EMEF Teresinha Ivone Homem

Cursistas: Géssica Angeli Wasem

Mariane Arruda Moreira

Rafaela Finger de Campos

Sandra Anaelise da Silveira

Scheila Gnoatto Stumm

Parobé, 17 de agosto de 2014

ATIVIDADE COLABORATIVA – MÓDULO 3

Referencial teórico

Nossa escola está inserida em um bairro que surgiu de forma emergencial com intuito de absorver a enorme demanda populacional, resultante de grande índice de migrantes que dirigiam-se de outras regiões do Estado ao município em busca de novas oportunidades de trabalho. Sendo assim o bairro cresceu de forma desordenada e sem a estrutura urbana necessária, o que acabou por gerar uma comunidade de condições precárias e de pouco comprometimento com o lugar, pois este não lhes oferecia boas condições e eles não o reconheciam como “lar”, uma vez que seus costumes eram diferentes.

Dessa forma, a maior parte das pessoas que compõe a comunidade é formada por famílias de baixa renda, em sua maioria de pais jovens, com estruturas bastante instáveis e variadas (muitos pais separados, a maioria dos alunos são “criados” pelos avós ou outros parentes próximos que não os pais).

Apesar desse surgimento inesperado a comunidade se consolidou e a construção da escola fez-se necessária, como versa na Constituição Federal de 1988 o artigo 205 “ A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovido e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”

Os alunos de nossa escola residem no mesmo bairro da escola, o acesso ocorre sem dificuldades. As condições econômicas das famílias podem ser classificadas como “suficientes”, ou seja, as famílias, com raras exceções, possuem condições de oportunizar qualidade de vida aos alunos com boa alimentação e vestuário apropriados ao bom desenvolvimento das crianças relacionado a esse fator.

Em relação aos aspectos culturais, a maioria dos pais de nossa comunidade possuem baixa escolaridade e poucos são aqueles que buscam um resultado diferente para os seus filhos, pois consideram que o pouco conhecimento (falamos de conhecimento acadêmico) que possuem é suficiente.

Todos esses fatores acima citados são relevantes para fazer com que o nosso aluno esteja propício ao uso de drogas. A escola se preocupa muito com o bem estar de seus alunos e da comunidade, assim como percebemos na fala de Araújo (2014, p. 26):

As necessidades surgidam na vida das pessoas, suas experiências de sobrevivência ou de busca de bem-estar ocasionaram processos de produção e criação de conhecimentos construídos individual ou coletivamente e organizados socialmente, ao longo da história da humanidade.

Queremos com osso, instruir as famílias e os alunos a fazer com que se informem, percebam o mal que as drogas trazem e para que fiquem distantes das drogas.

Nosso contexto histórico brasileiro sofreu, nos últimos anos, muitos avanços em relação à maneira da sociedade agir diante de suas responsabilidades com relação aos nossos adolescentes. Nos dias de hoje, a participação dos órgãos públicos e a própria lei devem ser ativos e comunitários e, de acordo com Conceição e Oliveira (1988, p. 49), “a lei ressalta a importância das ações conjuntas do governo e da sociedade.”Assim, a família é de indiscutível relevância como uma das instituições capazes de auxiliar a escola e as instituições públicas a agirem da melhor maneira diante dos diversos obstáculos acarretados pelo uso de drogas.

Portanto, assim como a família, todas as instituições escolares representam um local sério, onde o ensinar a conviver e viver bem em nossa sociedade brasileira está em primeiro lugar. Assim sendo, toda equipe de gestores da escola precisam estar cientes de suas responsabilidades enquanto educadores e mediadores dos interesses de nossos alunos, a fim