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Narrativa Jurídica

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Por:   •  31/5/2013  •  417 Palavras (2 Páginas)  •  350 Visualizações

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Caso concreto

Numa festa de estudantes de psicologia no Clube Israelita Brasileiro, em Copacabana (RJ), um universitário posou para fotos

exibindo um dos mais fortes símbolos do nazismo, uma suástica tatuada na perna. Era 13 de dezembro de 2011. A imagem foi parar na

internet. A pedido da Federação Israelita do Rio, a polícia deu início a uma investigação e prendeu ontem o estudante de publicidade Luiz

Vinícius, de 23 anos, que vai responder em liberdade por crime de discriminação e preconceito, com pena de dois a cinco anos de prisão.

Outras duas pessoas ligadas a ele, Diego, de 23, e um estudante de administração de 17 anos também foram detidos.

O crime chocou a comunidade judaica. O Clube Israelita foi fundado no século passado por imigrantes judeus. O delegado titular da 12ª

DP (Copacabana), Antenor Martins, disse que os três fazem parte de um grupo neonazista e que outras pessoas são investigadas:

— Ele era o cabeça. Tinha uma tatuagem gigante da suástica. Na sua casa, achamos farto material sobre o nazismo e a Gestapo (polícia

secreta de Hitler). Em depoimento, ele disse que era adepto do nazismo, do fascismo e do integralismo.

Com mandado de busca e apreensão, os policiais encontraram na casa de Luiz Vinícius, no Grajaú, revistas alusivas ao nazismo e

conteúdo antissemita. O computador do rapaz foi apreendido. Foram encontradas fotos em que ele aparece com a mão em riste como

se fizesse a saudação nazista. Luiz Vinícius disse na delegacia que era grande admirador de Joseph Goebbels, ministro da propaganda de

Hitler. Segundo o delegado, o acusado declarou que estudava o assunto em sua monografia. Na delegacia, o próprio pai do rapaz teria

ficado chocado ao tomar ciência das acusações.

Os outros dois detidos trocavam informações sobre o tema com Luiz Vinícius por meio de um site de relacionamentos. O adulto

responderá pelo mesmo crime. Os policiais ainda estudam como será conduzido o inquérito em relação ao menor. Pelo menos mais duas

pessoas ainda são investigadas. Ontem também foram cumpridos mandados de busca em endereços na Tijuca e em Copacabana.

O delegado pretende que grupo seja enquadrado na Lei n. 7716/89 que trata de crimes de discriminação ou preconceito contra raças,

cor, etnia, religião ou procedência nacional. Um dos incisos diz que é crime fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos que

utilizem a cruz suástica.

Presidente do Clube Israelita há cinco anos, César Benjor, lamentou o episódio:

— Na minha gestão a única coisa proibida é discriminar. A gente aluga o clube para todos, de festas gays a aniversários de

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