Natura Ekos inaugura seu maior projeto de sustentabilidade
Tese: Natura Ekos inaugura seu maior projeto de sustentabilidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: micablue • 11/10/2013 • Tese • 2.434 Palavras (10 Páginas) • 498 Visualizações
trabalho de sustentabilidade
Natura Ekos inaugura seu maior projeto de sustentabilidade
No ano em que completa 10 anos, a marca lança sabonetes
inovadores e amplia sua rede de parceiros
Há 10 anos, a Natura lançava Ekos, uma marca com um modelo pioneiro de fazer negócios de forma sustentável. A marca foi à natureza buscar ativos da biodiversidade brasileira e aprendeu como unir seu uso tradicional com o conhecimento científico para transformá-los em produtos inovadores, com sensoriais inéditos e que respeitam o meio ambiente.
Ao longo desses anos, somente com Natura Ekos, foram feitas parcerias com 19 comunidades, abrangendo 1.714 famílias. A linha utiliza 14 ativos da biodiversidade brasileira, cujo fornecimento e repartição de benefícios geraram, ao longo desses anos, mais de R$ 8,5 milhões em recursos. Dessa forma, Natura Ekos apoia o desenvolvimento social, o fortalecimento da economia e o cuidado com o meio-ambiente nas comunidades.
Em 2010, a marca inaugura o seu maior projeto de sustentabilidade: são novos sabonetes de murumuru, cupuaçu, maracujá e cacau, com 20% a 50% de óleo da biodiversidade brasileira, extraídos de ativos comprados de oito novas comunidades. Com isso, a empresa passa a beneficiar mais 263 famílias e dobra os recursos financeiros revertidos por ano.
"Em 2009, revertemos R$ 1,3 milhão ao ano para todas as comunidades fornecedoras de Natura Ekos e, com os novos sabonetes, passamos a reverter R$ 2,6 milhões. Além de valorizar os ativos da biodiversidade, mantendo a floresta em pé, nós nos preocupamos também com as comunidades parceiras, em nos relacionar com elas de forma ética e justa", explica Gilberto Xandó, diretor de Unidade de Negócio. "Aumentar a concentração de óleos, chegando a 20% a 50%, significa conseguir criar sabonetes únicos nos formatos e nas sensações que despertam na pele. São sabonetes que valorizam a nossa cultura e preservam espécies da nossa floresta".
Para chegar nesse resultado, a Natura levou cerca de dois anos, entre mapeamento das comunidades, capacitação, articulação de parcerias e desenvolvimento dos produtos. São oito novas comunidades: Camta colhe cupuaçu e maracujá; Caepim, Jauari, Coomar, Cofruta, Cart e Santo Antônio do Tauá fornecem murumuru; e Copoam, cacau. Todas as comunidades fornecedoras de ativos para os novos sabonetes priorizam sistemas de manejo agroflorestal e de baixo impacto ambiental. O cacau utilizado nos sabonetes vem de plantação orgânica certificada, e o maracujá, do reaproveitamento do resíduo da fabricação de suco. Com a utilização do cupuaçu nos novos sabonetes, preservam-se 100 km² de Floresta Amazônica. Já o murumuru conserva 3 mil árvores em pé.
"É um processo complexo. Chegar às comunidades que fornecem matérias-primas e garantir que elas sejam extraídas ou cultivadas de forma sustentável, ao longo de toda a cadeia, exige conhecimentos específicos e articulação de parcerias com comunidades, cooperativas, ONGs, centros de pesquisa e órgãos do governo", diz Xandó. "Mas, no final, todo mundo ganha: natureza, comunidades, consumidores e consultores Natura. Gerar riquezas para todas as pessoas, das cidades às florestas. Essa é a essência de Natura Ekos."
Sabedoria e tecnologia - Para esse lançamento, a Natura buscou na natureza ativos que refletissem as principais características buscadas pelos brasileiros em um sabonete: espumação, consistência, maciez e emoliência. Os ativos escolhidos - murumuru, cacau, cupuaçu e maracujá - trazem cada uma dessas experiências sensoriais. O respeito às características principais de cada ativo também está refletido no formato de cada sabonete.
O sabonete de murumuru contém 20% de manteiga de murumuru, que o torna mais espumante e com rendimento maior. Por isso, ele vem em lascas - com apenas uma lasca, é possível lavar as mãos. Já os 20% de manteiga de cacau deixam o sabonete de cacau muito mais consistente, e, por isso, ele vem em gomos, que podem ser destacados à medida desejada.
Com 20% de manteiga de cupuaçu,o sabonete de cupuaçu fica mais macio, permitindo que seja fatiado. Ele vem em uma prática barra, que permite usar o sabonete no tamanho desejado. A emoliência está presente no sabonete de maracujá. Inserindo-se 50% de puro óleo de maracujá, o sabonete transforma-se em uma pasta cremosa, consistência ideal para ser usado com esponja, para limpar e esfoliar a pele.
A inovação não chega apenas em formatos e qualidades sensoriais. Com altas concentrações de óleos da biodiversidade brasileira, os sabonetes Natura Ekos formam uma camada protetora na pele, não ressecando e deixando-a macia. O sabonete em pasta de maracujá, por exemplo, forma uma camada protetora seis vezes mais espessa que a dos sabonetes comuns.
Saboaria Natura - Para a fabricação dos novos sabonetes, a Natura compra sementes e frutos de oito comunidades e extrai o óleo ou a manteiga para produzir o noodle (massa do sabão) na planta de extração de óleos da Unidade Industrial da Natura em Benevides (PA), que acaba de ser inaugurada. Antes disso, toda a produção de massa vegetal era feita a partir de óleo de dendê, fornecido pela Agropalma. A principal inovação do projeto está na transformação e na utilização de óleos retirados de espécies nativas da região para a composição dos sabonetes. Além disso, o manejo sustentável dessas espécies contribuirá para a conservação e a recuperação de áreas de agricultura e extrativismo familiar do Pará.
Com o lançamento, a Natura concretiza sua proposta para a Unidade de Benevides. "Não temos dúvida de que esse modelo é único no que se refere ao relacionamento com os fornecedores de matérias-primas. Estamos apoiando o desenvolvimento da cadeia de fornecimento, o que engloba desde o mapeamento florestal, para identificar novas espécies de palmeiras, até a avaliação socioeconômica e cultural, bem como a capacitação de pequenos agricultores. Isso gera trabalho, inclusão social e ajuda a manter a floresta em pé", afirma Marcos Vaz, diretor de Sustentabilidade da Natura.
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