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Noções Básicas De Amarração, Sinalização E Movimentação De Cargas

Pesquisas Acadêmicas: Noções Básicas De Amarração, Sinalização E Movimentação De Cargas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/3/2015  •  10.220 Palavras (41 Páginas)  •  1.369 Visualizações

Página 1 de 41

Espírito Santo

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CPM - Programa de Certificação de Pessoal de Manutenção

Mecânica

Noções Básicas de

Amarração, Sinalização e

Movimentação de Cargas

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Espírito Santo

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Noções Básicas de Amarração, Sinalização e Movimentação de Cargas -

Mecânica

© SENAI - ES, 1996

Trabalho realizado em parceria SENAI / CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão)

Coordenação Geral

Supervisão

Elaboração

Aprovação

Editoração

Luís Cláudio Magnago Andrade (SENAI)

Marcos Drews Morgado Horta (CST)

Alberto Farias Gavini Filho (SENAI)

Rosalvo Marcos Trazzi (CST)

Evandro Armini de Pauli (SENAI)

Fernando Saulo Uliana (SENAI)

José Geraldo de Carvalho (CST)

José Ramon Martinez Pontes (CST)

Tarcilio Deorce da Rocha (CST)

Wenceslau de Oliveira (CST)

Ricardo José da Silva (SENAI)

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

DAE - Divisão de Assistência às Empresas

Departamento Regional do Espírito Santo

Av. Nossa Senhora da Penha, 2053 - Vitória - ES.

CEP 29045-401 - Caixa Postal 683

Telefone: (027) 325-0255

Telefax: (027) 227-9017

CST - Companhia Siderúrgica de Tubarão

AHD - Divisão de Desenvolvimento de Recursos Humanos

AV. Brigadeiro Eduardo Gomes, s/n, Jardim Limoeiro - Serra - ES.

CEP 29160-972

Telefone: (027) 348-1322

Telefax: (027) 348-1077

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Sumário

Introdução ...................................................................................................................... 03

Equipamentos de Proteção Individual ............................................................................ 04

Cronograma Ideal para uma Movimentação................................................................... 05

Acessórios do Movimentador ......................................................................................... 06

A Carga: Peso e Centro de Gravidade ........................................................................... 07

Qual a Linga para Qual Aplicação? ................................................................................ 09

Cordas ........................................................................................................................... 10

Cabos de Aço................................................................................................................. 11

Laços ............................................................................................................................. 12

Cintas............................................................................................................................. 22

Correntes para Lingas.................................................................................................... 25

Lingas Combinadas........................................................................................................ 29

Capacidade de Carga das Lingas .................................................................................. 30

Modos de Movimentação ............................................................................................... 38

Como se Assegurar que a Carga não se Solte .............................................................. 44

Comunicação entre Operador e Movimentador .............................................................. 49

Sinais Visuais................................................................................................................. 51

Finalização da Movimentação ........................................................................................ 56

Acessórios ..................................................................................................................... 57

Noções Básicas de Amarração, Sinalização e Movimentação de Cargas - Avaliação.....64

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Introdução

Nas indústrias é crescente a utilização de meios de elevação

com operação a partir do solo (controle remoto), onde o

movimentador é também operador, ou seja, ele é responsável

pelas duas funções. O perigo é que tanto o pessoal da produção

quanto o pessoal da manutenção operam e movimentam, com

isso exercem uma atividade a qual não estão acostumados ou

mesmo preparados. A facilidade com que os meios de elevação

movimentam a carga engana quanto as situações de perigo.

Pela demonstração de condições de acidentes típicos é preciso

que elas sejam conhecidas e consequentemente evitadas.

No setor de transportes, apesar do alto grau de automatização,

ainda existe um grande percentual de trabalho manual,

especialmente na movimentação de cargas por meio de talhas,

guindastes, etc. que de agora em diante chamaremos de meios

de elevação.

Meios de elevação, como talhas, facilitam a movimentação de

cargas, por meio destes podemos reduzir muito nosso trabalho

braçal, porém, deveremos usar mais a “cabeça”.

O homem ao lado da carga que é o movimentador forma uma

equipe com o operador do meio de elevação. A atuação do

movimentador é fundamental para a execução de uma

movimentação com segurança.

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Equipamentos de Proteção Individual

Proteção da Cabeça

Devido ao risco de se bater a cabeça em ganchos, cargas em

movimentação ou mesmo objetos parados, o capacete é

indispensável em qualquer lugar onde exista a possibilidade de

se machucar a cabeça. Capacetes devem estar a disposição e

tem de ser utilizados.

Proteção dos Pés

Os pés correm perigo constante pois a qualquer instante podem

cair objetos sobre os mesmos. Quando o movimentador está

prestando atenção à carga, ao operador e outras coisas que o

cercam ele está sujeito a bater o pé em objetos pontiagudos e

machucá-los e é por isso que é necessário o uso de sapatos

com biqueira de aço.

Onde existem pregos e outros objetos pontiagudos, que

poderiam perfurar a sola, é necessário que se use sapatos com

palmilha de aço revestida.

Proteção das Mãos

Arames soltos em cabos de aço sempre têm machucado mãos

de movimentadores assim como farpas de madeira das cunhas

e caibros e cantos vivos de cargas, portanto, é indispensável o

uso de luvas.

Tabelas de Cargas

As tabelas de carga para os diversos tipos de Lingas que

utilizamos completam nosso equipamento de segurança.

Com elas podemos definir facilmente qual Linga e de que forma

devemos utilizá-las.

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Cronograma Ideal para uma Movimentação

1. Preparação:

� Conhecer o peso e centro de gravidade de carga;

� Determinar qual Linga e se necessário preparar

proteção para os cantos vivos;

� Preparar o local de destino com caibros e cunhas se

necessário.

2. Informar ao operador o peso da carga.

3. Colocar o gancho do meio de elevação perpendicularmente

sobre o centro de gravidade da carga.

4. Acoplar a Linga à carga. Se não for utilizar uma das pernas

da Linga, acoplá-la ao elo de sustentação para que não

possa se prender a outros objetos ou cargas. Quando

necessário, pegar a Linga por fora e deixar esticar

lentamente.

5. Sair da área de risco.

6. Avisar a todos os envolvidos no processo de movimentação

e a todos que estiverem nas áreas de risco.

7. Sinalizar ao operador. A sinalização deve ser feita por uma

única pessoa.

8. Ao iniciar a movimentação devemos verificar:

� se a carga não se ganchou ou prendeu;

� se a carga está nivelada ou corretamente suspensa;

� se as pernas têm uma carga semelhante.

9. Se a carga pender mais para um lado, abaixá-la para

prendê-la corretamente.

10. Movimentação da carga.

11. No transporte de cargas assimétricas ou onde haja

influência de ventos deve-se usar um cabo de condução que

seja longo o suficiente para que se fique fora da área de

risco.

12. Abaixar a carga conforme indicação do movimentador.

13. Certificar-se de que a carga não pode se espalhar ou

tombar.

14. Desacoplar a Linga.

15. Prender os ganchos da Linga no elo de sustentação.

16. Ao levantar a Linga verificar se ela não pode se prender a

nada.

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Acessórios do Movimentador

Cunha: Devem evitar que a carga escorregue ou se espalhe.

As fibras da madeira devem estar no sentido longitudinal da

cunha para que elas não possam se quebrar e para que possam

ser pregadas quando necessário.

Caibros: Tem a finalidade de manter um vão livre entre a carga

e o solo para que a Linga possa ser retirada por baixo da carga

e em caso de nova movimentação, para que a Linga possa ser

passada por baixo novamente.

Puxar a Linga por baixo da carga sem caibros:

� prejudica a carga

� prejudica a Linga

� derruba a pilha

Por estes motivos, os caibros devem ser grandes o suficiente

para que a Linga possa passar livre por baixo da carga e para

suportar o peso sobre eles depositado. Num estalo, pedaços de

caibros trincados podem ter a velocidade de uma bala e sempre

ocasionam acidentes.

Ao empilhar vigas e chapas grandes por exemplo, jamais

devemos usar caibros com menos de 8x8 cm. Para evitar de

prender os dedos devemos pegar os caibros pela lateral.

Gancho de engate: Fabricado a partir de

arame dobrado e com punho possibilita ao

movimentador manter suas mãos fora de

perigo. Com o gancho de engate podemos,

na posição 2, puxá-la até um determinado

ponto.

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A Carga: Peso e Centro de Gravidade

Qual o peso da carga a ser elevada?

Para responder a esta pergunta existem 4 possibilidades:

� conhecer, pesar, calcular e supor.

O ideal é quando a peça tem seu peso indicado (pintura ou

plaqueta) para peças prontas e em estaleiros, é normatizado

que peças acima de uma tonelada tenham seu peso indicado.

Esta norma deveria ser praxe em qualquer indústria.

Fabricantes de máquinas e peças têm se empenhado muito em

indicar o peso em suas peças (e cargas). Outra possibilidade de

se encontrar o peso são os borderôs ou ordens de fabricação

que deveriam indicar o peso.

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Quando tivermos que pesar uma carga o ideal é que tenhamos

uma balança para talhas, de preferência com leitura digital para

facilitar a leitura, ou mesmo talhas com balança embutida com

mostrador digital no comando.

Balanças digitais à bateria são

fáceis de transporte e de fácil leitura

Comando com indicação digital da

carga

Quando essas possibilidades não existem não resta outra

alternativa se não calcular ou pedir à supervisão que calcule o

peso. Chutar é a pior alternativa, pois somente com muita

experiência em peças semelhantes é que temos a possibilidade

de chegar a um resultado satisfatório.

Se a definição do peso é importante, ainda mais é a definição do

centro de gravidade. Nas peças simétricas esta definição é fácil

mas em máquinas e peças assimétricas onde o centro de

gravidade é deslocado, o ideal seria que houvesse uma

indicação na máquina, peça ou mesmo embalagem. Se o centro

de gravidade é desconhecido não se sabe onde alinhar o

gancho de elevação. A capacidade de um guindaste de lança

depende de quanto se avança a sua lança. Quanto mais

distante a carga estiver, menor a capacidade de carga do

guindaste. O limitador de carga da máquina não deve ser usado

por erros de cálculos do operador.

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Qual a Linga para Qual Aplicação?

Para movimentar cargas com meios de elevação são utilizados

lingas e dispositivos de movimentação.

As Lingas são, por exemplo: cabos, correntes, cintas e laços

sintéticos. Por meio delas é que fazemos o acoplamento da

carga ao meio de elevação.

Dispositivos de movimentação são aqueles que fazem um

acoplamento direto ou mesmo através de uma Linga à carga.

São considerados dispositivos de movimentação: ganchos e

garras especiais, suportes para eletroimãs, travessões, etc. A

escolha da Linga deveria ser feita pela engenharia de produção

ou pelo planejamento, mas na maioria das vezes, quem tem de

escolher é o próprio movimentador.

O cabo é passado por baixo da carga e a

corrente a suporta com menor desgaste

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Aplicáveis são:

� Cabos de Aço: para cargas com superfície lisa, oleosa ou

escorregadia, assim como laços de cabo de aço com

ganchos para aplicação nos olhais da carga.

� Correntes: para materiais em altas temperaturas e cargas

que não tenham chapas ou perfis. Lingas de corrente com

gancho podem ser acoplados aos olhais da carga.

� Cintas e Laços Sintéticos: para cargas com superfícies

extremamente escorregadias ou sensíveis, como por

exemplo, cilindros de calandragem, eixos, peças prontas e

pintadas.

� Cordas de Sisal e Sintéticas: para cargas com superfície

sensível, de baixo peso, como tubos, peças de aquecimento

e refrigeração ou outras peças passíveis de amassamento.

� Combinação Cabo e corrente: para o transporte de perfis e

trefilados.

Neste caso a corrente deve ficar na área de desgaste onde

possivelmente existam cantos vivos e o cabo fica nas

extremidades exercendo função de suporte e facilitando a

passagem da Linga por baixo das cargas.

Não aplicáveis são:

� Cabos de Aço: para materiais com cantos vivos ou em altas

temperaturas.

� Correntes: para cargas com superfície lisa ou escorregadia.

� Cintas e Laços Sintéticos: para cantos vivos e cargas em

altas temperaturas.

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Para o transporte de chapas na perpendicular devemos usar

grampos pega-chapa.

Desde abril de 1979 é obrigatório que estes ganchos tenham

uma trava.

A pega (abertura) do grampo deve ser indicada na própria peça.

Para o transporte de chapas devemos usar sempre dois

grampos que tenham uma pega compatível com a espessura da

chapa. Os dois grampos são necessários para que se garanta a

estabilidade da carga, pois, se a chapa balança, as ranhuras da

garra desgastam rapidamente, podendo se quebrar nos cantos.

Antes de movimentar, sempre travar os grampos.

Para o transporte de perfis existem diversos tipos de dispositivos

de movimentação, os quais nem sempre são dotados de travas

que não permitam que a carga se solte. Estes dispositivos são

projetados para cargas específicas e só devem ser usados para

as quais foram construídos.

Também para movimentar as chapas na horizontal, devemos

usar grampos com trava, pois chapas finas tendem a se dobrar

o que pode fazer com que se soltem dos grampos e caiam.

Cordas

As cordas são o mais antigo tipo de Linga, que se conhece. Elas

são produzidas a partir de fibras que são torcidas, trançadas ou

encapadas.

Antigamente as fibras que se utilizavam na fabricação de cordas

eram fibras naturais como Sisal ou Cânhamo. Hoje estas fibras

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são substituídas por fibras sintéticas como Poliamida, Poliester

ou Polipropileno que as vezes são comercializadas com nomes

comerciais como nylon, diolen, trevira e outros.

Como diferenciar as diversas fibras:

Uma vez que existem diversos tipos de fibras com diferentes

capacidades, é necessário que se saiba qual é a fibra para se

conhecer sua capacidade de carga.

Em cordas, a partir de 3mm de diâmetro devemos ter uma filaça

de uma determinada cor para identificar a fibra mas, cordas

abaixo de 16mm de diâmetro, são muito finas e não devem ser

utilizadas para movimentação.

Em cordas a partir de 16mm deveria haver identificação do

fabricante e do ano de fabricação.

Por normalização internacional as cores que identificam as

fibras são:

Cânhamo ....................................................... Verde

Sisal .......................................................... Vermelho

Cânhamo de Manilha ...................................... Preto

Poliamida ....................................................... Verde

Poliester ............................................................ Azul

Polipropileno ................................................ Marrom

A cor verde, para cânhamo e poliamida, não é passível de ser

confundida uma vez que o cânhamo tem um acabamento rústico

e a poliamida um acabamento muito liso.

Cabos de Aço

Terminologia

PERNA - É o agrupamento de arames torcidos de um cabo.

ALMA - É o núcleo do cabo de aço.

Um cabo é feito com diversas pernas em redor de um

núcleo ou alma.

LEITURA - Exemplo: cabo 6 x 19

O primeiro número ( 6 ) representa a quantidade de

pernas de que é constituído.

O segundo número ( 19 ) especifica a quantidade de

arames que compõe cada perna.

Portanto, o cabo 6 x 19 tem 6 pernas, tendo cada uma

delas 19 fios ou seja um total de 114 fios.

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Classificação quanto a Alma

AF - Alma de fibra (canhamo) maior flexibilidade.

AA - Alma de Aço - maior resistência à tração.

AACI - Alma de Aço com Cabo Independente:

combinação de flexibilidade com resistência à tração.

Nota: Os cabos AA (Alma de aço) tem 7,5% de resistência à

tração a mais e 10% no peso em relação aos AF (alma de fibra).

Torção

Torção à DIREITA: quando as pernas são torcidas da esquerda

para a direita.

Torção à ESQUERDA: quando as pernas são torcidas da direita

para a esquerda.

Torção Direita Torção Esquerda

Torção REGULAR: quando os fios de cada perna são torcidos

em sentido oposto á torção das próprias pernas (em cruz).

Maior estabilidade.

Torção LANG: quando os fios e as pernas são torcidas na

mesma direção (paralelo).

A torção LANG tem por característica o aumento da resistência

à abrasão e da flexibilidade do cabo.

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LANG DIREITA LANG ESQUERDA

Cabos de aço com alta capacidade de carga são construídos a

partir de arames trefilados a frio com uma resistência de

2

Arames individuais são trançados primeiramente para formar

uma perna e estas pernas por sua vez são trançadas para

formar o cabo de aço. O arame individual fica numa helicoidal

dupla, sendo a primeira na perna e a segunda na torcedura do

cabo. Com aplicação de carga no cabo é feita uma alteração no

seu volume, o que se explica pela acomodação das pernas

sobre a alma, com isso o diâmetro do cabo é reduzido.

Para apoio das pernas existe, no interior do cabo, uma alma que

pode ser feita a partir de fibras naturais, sintéticas ou de aço. A

alma não tem somente função de apoio, mas funciona também

como reservatório de óleo. Quando o cabo é solicitado, as

pernas comprimem a alma que libera o óleo, com isso o atrito

dentro do cabo é reduzido.

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Cabos velhos onde o óleo já foi

consumido e cabos que trabalham

em temperatura que já perderam

seu óleo por evaporação ainda

não perderam resistência mas,

perderam vida útil. Por isso

devemos periodicamente lubrificar

os cabos externamente com óleo

adequado.

Um único arame rompido é de

pouca importância pois logo a

frente estará prensado entre

outros e ainda contribuindo para a

capacidade de carga. Somente

quando temos vários arames

rompidos é que a capacidade de

carga diminui. Aqui, fica

demonstrada uma boa

característica do cabo de aço. Ele

nunca se rompe sem que antes

vários arames se rompam.

O cabo de aço, habitualmente, é

composto de seis pernas e da

alma que retém o lubrificante. O

cabo assim composto é utilizado

para Lingas, guindastes ou talhas.

Ele tem uma boa deformidade e,

portanto, é aplicável para diversas

finalidades.

Cabo de aço

Tabela de carga para cabos

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Cabos de aço fabricados em espiral (cordoalhas) ou uma perna

simples, não devem ser utilizados para movimentação, pois tem

uma estrutura muito rígida e são feitos apenas para

tensionamento.

O tipo mais flexível é o cabo de aço que é composto de diversas

pernas e da alma. A alma no interior e a diferença de área

metálica fazem com que num mesmo diâmetro, a cordoalha

tenha uma maior capacidade de carga que o cabo.

Flexibilidade

A flexibilidade está condicionada ao número de arames que o

compõe.

São os cabos classificados em:

a) Pequena flexibilidade: construção 3 x 7, 6 x 7, 1 x 7

(cordoalha);

b) Flexíveis: construção 6 x 19, 6 x 21, 6 x 25, 8 x 19, 18 x 7;

c) Extra flexível: construção 6 x 31, 6 x 37, 6 x 41, 6 x 43, 6

x 47, 6 x 61.

Tipos

WARRINGTON - Pernas do cabo construídas com duas bitolas

de arames; bastante flexível e menos resistente ao desgaste,

pois os arames mais finos encontram-se na periferia.

SEALE - Pernas do cabo construídas com três bitolas de

arame, sendo o cabo menos flexível da série, porém mais

resistente ao desgaste à abrasão.

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FILLER - Pernas do cabo construídas com vinte e cinco

arames (seis de enchimento) apresentando boa flexibilidade.

COMUM - As pernas do cabo são construídas por um só tipo

de arame. É um termo intermediário entre a flexibilidade e

resistência ao desgaste, dos outros tipos acima.

6 x 19 + AF

Warrington

1 + 6 + (6+ 6)

6 x 19 + AF

Seale

1+9+9

6 x 25 + AACI

Filler

1 + 6 + 12

6 x 19 + AF

Comum

1 + 6/12

Para definir a carga de trabalho de um cabo pelo seu diâmetro

devemos medi-lo, conforme demonstrado na figura abaixo.

Medição do cabo de aço

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Cabos já utilizados em guindastes ou outros meios de elevação

não podem ser utilizados novamente numa composição de

Linga. Ele pode ter um grande desgaste interno que não é

visível externamente.

Tabela de Diâmetros Ideais de Tambores e Polias

Seguem os diâmetros ideais das polias ou tambores conforme a

formação do cabo:

Diâmetro do Tambor ou Polia

Tipo de Cabo Mínimo Recomendado

6 x 7.................................................... 42 vezes o ∅ do cabo72 vezes

6 x 19.................................................... 30 vezes o ∅ do cabo51 vezes

6 x 25.................................................... 30 vezes o ∅ do cabo45 vezes

6 x 37, 41, 43........................................ 18 vezes o ∅ do cabo27 vezes

8 x 19.................................................... 21 vezes o ∅ do cabo31 vezes

18 x 7.................................................... 34 vezes o ∅ do cabo51 vezes

Resistência dos Cabos de Aço

A resistência teórica dos cabos se determina somando-se a

resistência dos arames que o compõe, excluindo-se as almas

dos mesmos, quer sejam de aço ou de fibra.

A carga de ruptura efetiva diminui conforme aumenta o

número de arames:

Exemplos:

a) Cordoalhas 3 a 7 fios, resistência efetiva 96% da teórica

b) Cordoalhas 19 fios, resistência efetiva 94% da teórica

c) Cabos 6x7, 6x25, 8x19, resistência efetiva 85% da teórica

d) Cabos 6x37, 6x41, resistência efetiva 80% da teórica

e) Cabos 6x42, 6x43, 6x47, 6x61, resist. efetiva 72% da teórica

A carga de trabalho de um cabo em movimento é 1/5 (um

quinto) de sua carga de ruptura mínima.

O fator de segurança é a relação entre a carga de ruptura

mínima e a carga aplicada. Exemplo:

a) Cordoalhas e cabos estáticos, fator 3 a 4

b) Cabos tração horizontal, fator 4 a 5

c) Cabos p/ guinchos e terraplan., fator 5

d) Pontes rolantes, talhas elétricas, fator 6 a 8

e) Elevadores baixa velocidade, fator 8 a 10

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f) Elevadores alta velocidade, fator 10 a 16

Pré-formação:

É processo de fabricação cuja finalidade é a de eliminar as

tensões internas e torções inerentes aos arames de alto

carbono, utilizados na fabricação de cabos de aço.

As pernas dos cabos pré-formados se acomodam na posição

Helicoidal que ocupam no conjunto.

São as seguintes as vantagens apresentadas pelos cabos pré-

formados:

a) aumento à flexibilidade;

b) maior resistência à fadiga de flexão;

c) eliminação das tensões internas;

d) manutenção na sua posição original dos arames que se

quebram, não se desfiando;

e) o não desenrolamento das extremidades cortadas.

Laços

Um cabo de aço é tão bom quanto o laço que é feito com ele.

Laços para formação de olhais são feitos por trançamento ou

prensagem.

Presilhas de alumínio devem deixar a ponta à mostra para

controle e devem ter a marca da firma que executou a

prensagem, que normalmente é composta por duas letras.

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Presilha de alumínio com indicação da firma

que executou a prensagem

Nós em cabos de aço são estritamente

proibidos

A norma DIN 1142 prescreve que somente grampos com porcas

auto-travantes e uma grande área de apoio podem ser

utilizados. Todos os grampos devem ser montados de forma

que o mordente se prenda a perna portante.

No mínimo 3 grampos são necessários (grampo pesado) para

se fazer um laço com cabo de aço fino. Quanto maior o

diâmetro do cabo mais grampos são necessários. Laços feitos

com grampos devem ser usados apenas para uma única

aplicação, devendo ser desfeitos logo após a utilização, para

que não sejam utilizadas erroneamente.

Grampos construídos conforme DIN 741 (grampos leves) com

porcas simples e pequena área de apoio, não são mais

normalizados e não devem ser utilizados para movimentação.

Neste caso 4 grampos são necessários

( Diâmetro do cabo 3/4” )

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Pronto para usar. Todos os mordentes estão no cabo portante.

Desmontar imediatamente após utilizada

Ultimamente a tendência é a de se fazer o olhal flamengo, que é

feito a partir do próprio cabo.

O olhal Flamengo é feito abrindo-se a ponta do cabo em duas

metades, separando-se as pernas 3 a 3. Uma metade é curvada

para formar um olhal, e em seguida a outra metade é

entrelaçada no espaço vazio da primeira.

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Mesmo antes de ser colocada a presilha de

aço, o olhal já é capaz de suportar uma carga

superior à carga de trabalho do laço.

A presilha é de aço especialmente ensaiado e

aprovado conforme rigorosa especificação.

Principais vantagens do Olhal Flamengo:

1 Olhal mais resistente e seguro

2 Carga centrada

dimensões e de superfície lisa

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Laços

Olhal Flamengo

Olhal Flamengo

com sapatilha protetora

Olhal Flamengo

com estribo protetor

Laço Trançado a Mão

Laço sem fim

Cintas

As cintas de movimentação são fabricadas a partir de fibras

sintéticas.

Com relação ao seu próprio peso, as cintas têm uma

capacidade de carga e não prejudicam a sua superfície.

Cinta de poliester com etiqueta

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As cintas de poliester devem ter uma etiqueta azul para que

sejam reconhecidas. Elas têm uma boa resistência quanto à luz

e calor e também ácidos solventes. Elas têm também uma boa

elasticidade, o que faz com que seja o tipo de cinta mais

utilizada. Ela só não resiste à base e por isso não deve ser

lavada com sabão.

As cintas de poliamida devem ter uma etiqueta verde de

identificação e são resistentes à bases. A desvantagem das

cintas de poliamida está no fato de que elas absorvem muita

água em ambientes úmidos o que reduz sua capacidade. Esta

acumulação de água pode também fazer com que em dias

muito frios ela possa se enrijecer (congelar) e ficar quebradiça.

Cintas de movimentação feitas de polipropileno (etiqueta

marrom) tem uma baixa capacidade de carga, levando-se em

conta seu peso próprio, e são pouco flexíveis. Mas elas têm uma

boa resistência química e são utilizadas em casos especiais.

O NYLON é a mais forte das fibras sintéticas e apresenta uma

alta capacidade de absorção de força, além de excepcional

resistência a sucessivos carregamentos.

Para utilização de cintas em banhos químicos, o fabricante

deveria ser consultado para maiores esclarecimentos.

As formas mais comuns de cintas são:

� cesto sem fim

� com olhais sem reforço

� com olhais reforçados

� com terminais metálicos

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SENAI

Departamento Regional do Espírito Santo 27

Espírito Santo

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__

No caso de terminais metálicos, eles devem ser feitos de forma

que seja possível passar um pelo outro para que se possa fazer

uma laçada.

Devido ao envelhecimento das fibras, em especial quando

usadas ao ar livre ou em banhos químicos, a data de fabricação

das cintas deve estar na etiqueta.

Para reduzir o atrito e para evitar cortes nas cintas podemos

usar revestimentos com materiais sintéticos resistentes, em

especial de poliuretano. Normalmente estes de perfis são

ajustáveis à cinta.

Para utilização de cintas existem algumas regras especiais:

� Quando se eleva uma carga, o ângulo de abertura entre as

pontas da cinta não deve ultrapassar 120º.

� Somente cintas com olhais reforçados podem ser utilizadas

em laço.

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CST

28 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Espírito Santo

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� Para utilizar diversas cintas num travessão todas devem estar

numa perna perpendicular para não haver esforço maior

numa das pernas.

� As cargas não podem ser depositadas sobre as cintas para

que não sejam danificadas.

� Não se pode dar nó nas cintas.

� Após utilização em banhos químicos, as cintas devem ser

neutralizadas e enxaguadas para que não haja concentração

química.

Segurança tabém requer Inspeção

As cintas devem ser examinadas em intervalos não superiores a

duas semanas, quando usadas em levantamentos gerais de

diferentes tipos de cargas.

1º. Coloque a cinta em uma superfície plana com área

apropriada.

2º. Examine os dois lados da cinta.

3º. Cintas tipo Anel devem ser examinadas em todo seu

comprimento e perímetro.

4º. As alças dos olhais devem ser examinadas particular e

cuidadosamente.

5º. Todo equipamento deve ser examinado somente por uma

pessoa, designada para esta inspeção.

10 itens para um levatamento seguro

1. Não exceder às especificações do fabricante, nas limitações

de peso e estabilidade.

2. Nunca aplique uma sobrecarga no equipamento de

elevação.

3. Uma operação suave e balanceada rende muito mais, além

de evitar desgaste do equipamento e acidentes.

4. Nunca use cintas avarariadas.

5. Posicionar a cinta corretamente na carga, para propiciar

uma fácil remoção, após o uso.

6. Não deixe a carga em contato direto com o piso. Coloque

calços ao descarregá-la para melhor poder elevá-la.

7. Não posicione a cinta em cantos agudos ou cortantes.

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SENAI

Departamento Regional do Espírito Santo 29

Espírito Santo

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__

8. Utilize ganchos com um raio de apoio nunca inferior a “1”,

de seção lisa e redonda.

9. Evite a colocação de mais de 1 par de cintas, no mesmo

gancho.

10. Quando elevar uma carga pesada com mais de uma cinta,

verifique se o total do peso está bem distribuído na tensão

dos vértices da cinta.

Formas de Levantamento

As cintas elevam e movimentam sua carga em qualquer uma

das quatro formas diferentes de levantamento ilustrado.

Algumas cintas são especificamente designadas para serem

utilizadas em somente um tipo de levantamento.

Correntes para Lingas

Correntes são fabricadas em diversas formas e qualidades.

Primeiramente os elos são dobrados e depois soldados.

Posteriormente é feito o tratamento térmico (correntes de grau)

e ensaio de tração. Diversos teste são feitos durante e após a

fabricação para que as correntes sejam certificadas. Durante a

produção, alguns elos são dobrados em diversos sentidos para

verificar a solda e após a produção e tratamento térmico, são

realizados testes de tração e ruptura.

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CST

30 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Diâmetro

em mm Medidas ext. dos Elos em

mm. aprox.

p/ as Correntes comuns Peso aprox.

p/m Elos

curtos

kg Carga de

segurança

em kg

Curtos Comp.

2,3

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

8,0

9,0

9,5

11,0

12,5

14,0

15,5

19,0

22,0 13 x 17

14 x 21

17 x 26

17 x 28

18 x 28

20 x 31

24 x 36

25 x 39

27 x 42

28 x 44

33 x 50

34 x 49

38 x 54

39 x 59

43 x 66

50 x 74

53 x 82

68 x 102

75 x 112 --

16 x 28

16 x 31

18 x 31

19 x 32

25 x 46

25 x 47

26 x 46

27 x 48

29 x 48

32 x 58

36 x 61

38 x 61 0,113

0,160

0,240

0,310

0,350

0,490

0,600

0,680

0,800

1,050

1,300

1,660

1,850

2,550

3,500

4,500

5,500

8,000

10,200 --

100

120

180

200

280

330

380

480

550

800

900

1.000

1.500

1.800

2.000

2.500

4.000

5.000

Espírito Santo

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__

O passo de um elo é o seu comprimento interno. Somente

correntes que tenham elos com passo igual a 3 vezes o seu

diâmetro podem ser utilizadas para movimentação e amarração

de cargas. Esta regra se explica pelo fato de que correntes

assim construídas, quando aplicadas em ângulos retos, os elos

se apoiam nos elos vizinhos, evitando assim que a corrente se

dobre.

Correntes Soldadas

Comuns, Galvanizadas, Calibradas (Especiais para Talhas)

Corrente de Aço Forjado e Amarras até 3”

Correntes Forjadas

em máquinas de provas de acordo com a tabela acima e com o

coeficiente 2, ou seja, 100% da carga admissível (carga de

segurança)

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SENAI

Departamento Regional do Espírito Santo 31

Bitola da Corrente Carga de Trabalho

mm poleg. kg

8

9,5

12,7

15,9

19

22,2

25,4

28,6

31,8 5/16”

3/8”

1/2”

5/8”

3/4”

7/8”

1”

1.1/8”

1.1/4” 500

850

1.500

2.500

3.400

4.600

5.900

7.500

9.670

Espírito Santo

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Lingas de Correntes

Lingas simples - em aço forjado usadas em fundições, Pontes

rolantes, Empreiteiros de Construção e para todos os trabalhos

onde se tornam necessários Guindastes para remoção de

material, como cargas e descargas de navios e caminhões.

Segue tabela de cargas de trabalho.

Lingas de Correntes

TIPO - A TIPO - B TIPO - C TIPO - D TIPO - E

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CST

32 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Quadro de Cargas de Trabalho Lingas Duplas

Bitolas da Corrente Cargas de Trabalho

mm Polegadas Âng. 45º

kg Âng. 60º

kg Âng. 90º

kg Âng. 120º

kg

8

9,5

12,7

15,9

19

22,2

25,4

28,6

31,8 5/16”

3/8”

1/2”

5/8”

3/4”

7/8”

1”

1.1/8”

1.1/4” 1.350

2.250

4.000

6.700

9.150

12.400

15.900

20.200

26.100 1.250

2.150

3.800

6.350

8.650

11.700

15.000

19.100

24.600 1.000

1.750

3.100

5.200

7.100

9.600

12.300

15.700

20.300 700

1.200

2.200

3.700

5.100

6.900

8.800

11.200

14.500

Dimensões aproximadas.

Espírito Santo

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__

Lingas Duplas, Triplas, Quadruplas, etc.

em Corrente de Aço forjado testadas.

ÂNGULO

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__

SENAI

Departamento Regional do Espírito Santo 33

Espírito Santo

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__

Lingas Combinadas

Para a movimentação de cargas temos alternativas para

melhorar a durabilidade, facilitar o manuseio e também poupar a

carga. Podemos conseguir isso combinando diversos materiais.

a) Cabo - corrente - cabo:

Usa-se o cabo para passar por baixo da carga. A parte que

envolve a carga é uma corrente de grau 8 o que, por

exemplo, no transporte de trefilados garante uma boa

durabilidade e bons custos.

b) Corrente com encurtador - cabo.

Quando o cabo é necessário para que se envolva a carga e

precisamos também de ajuste no comprimento da Linga,

usamos esta combinação.

c) Corrente - cintas.

As cintas são utilizadas principalmente no transporte de peças

acabadas ou semi-acabadas onde a superfície não pode ser

danificada. Com essa combinação temos a vantagem da

durabilidade da corrente e da facilidade de substituir a cinta

quando necessário. Fora a possibilidade de ajuste no

comprimento da Linga usando garras de encurtamento.

d) Corrente - laço sintético

Assim como a cinta, o laço sintético pode ser conjugado com a

corrente e seus acessórios e manter a boa característica do

laço que é a de poupar a carga de danos superficiais.

Em Lingas combinadas devemos atentar para que a plaqueta de

identificação seja feita de acordo com a parte mais frágil da

Linga. Nunca considerar a carga pelo dimensional da

corrente, pois nestes casos normalmente ela está super

dimensionada com relação aos outros materiais aplicados.

Combinação corrente + cinta

Capacidade de Carga das Lingas

_________________________________________________________________________________________________

__

CST

34 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Espírito Santo

_________________________________________________________________________________________________

__

Após definir qual tipo de Linga iremos utilizar (cabo, corrente,

cinta e combinada) devemos também definir o dimensional das

mesmas. A carga deve ser transportada sem que a Linga seja

sobrecarregada. A capacidade inscrita na plaqueta, tabela ou

etiqueta define a massa que pode ser elevada com a Linga.

Para definir a carga aplicada na Linga devemos saber:

� se a carga será transportada por uma ou mais pernas

perpendiculares

� se a carga será transportada por duas ou mais pernas em

ângulo.

Princípios básicos:

� Quando a carga é aplicada em uma ou mais pernas

perpendiculares e a carga é aplicada de forma igual sobre as

pernas, podemos somar as capacidades das mesmas.

� Quando a carga não é aplicada igualmente sobre as pernas,

devemos contar com a capacidade de apenas duas.

� Quando a Linga forma um ângulo diminuímos a capacidade

de cada perna.

� Quanto maior a angulação, menor a capacidade e, portanto,

maior a Linga a ser utilizada.

Com ângulos de trabalho acima de 60º a força aplicada em uma única

perna, excede o peso da carga em si

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__

SENAI

Departamento Regional do Espírito Santo 35

Espírito Santo

_________________________________________________________________________________________________

__

Ângulo de trabalho não permissível. Como ângulo de trabalho,

entendemos o ângulo que se forma numa perpendicular a lateral da

carga e Linga.

Ângulo maior que 60º

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__

CST

36 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Espírito Santo

_________________________________________________________________________________________________

__

A carga pende para um lado por isso a angulação de trabalho das

pernas é diferenciada.

Com a utilização de tabelas de carga e o conhecimento dos

ângulos podemos sempre escolher a Linga correta.

Obs.: Ângulos acima de 60º não são permitidos. Quando uma

carga é assimétrica seu centro de gravidade está deslocado e

portanto uma perna é mais solicitada que a outra. Portanto

nesses casos devemos usar uma Linga onde uma perna

suportaria toda a carga.

A capacidade de carga é definida pela angulação de trabalho

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SENAI

Departamento Regional do Espírito Santo 37

Diâmetro

do cabo

em

mm

Diâmetro

do cabo

em

polegadas

Compri-

mento

mínimo

(em m)

A Dimensões Aproximadas

do olhal

(em mm)

Cargas a serem levantadas em kgf

Normal ou com

estribo protetor

Com sapatilha

pesada

simples

Vertical

Forca

(Choker)

2 Superlaços ou 1 dobrado

Vertical Em ângulo

B

C

B

C

6,4 1/4” 0.70 100 50 41 22 525 390 1.050 910 740 525

8,0 5/16” 0.75 130 65 47 27 815 610 1.630 1.415 1.155 815

9,5 3/8” 0.75 160 80 54 28 1.170 875 2.340 2.030 1.655 1.170

13,0 1/2” 1.00 210 105 70 38 2.060 1.545 4.120 3.580 2.920 2.060

16,0 5/8” 1.20 270 135 90 44 3.200 2.400 6.400 5.565 4.535 3.200

19,0 3/4” 1.40 320 160 105 51 4.580 3.435 9.160 7.965 6.495 4.580

22,0 7/8” 1.60 380 190 123 57 6.190 4.640 12.380 10.765 8.790 6.190

26,0 1” 1.80 430 215 135 63 8.030 6.020 16.060 13.965 11.390 8.030

29,0 1.1/8” 2.00 490 245 150 73 10.120 7.590 20.240 17.600 14.350 10.120

32,0 1.1/4” 2.20 540 270 155 73 12.420 9.315 24.840 21.600 17.615 12.420

Espírito Santo

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Exemplos de Tabelas

Cargas de Trabalho do Olhal Flamengo

Tipo C

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CST

38 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Diâmetro

do cabo

em

mm

Diâmetro

do cabo

em

polegadas

Compri-

mento

mínimo

(em m)

A Dimensões Aproximadas

do olhal

(em mm)

Cargas a serem levantadas em kgf

Normal ou com

estribo protetor

Com sapatilha

pesada

Simples

Vertical

Forca

(Choker)

2 Superlaços ou 1 dobrado

Vertical Em ângulo

B

C

B

C

6,4 º) 1/4” 0,70 100 50 48 25 495 370 990 860 700 495

8,0 º) 5/16” 0,75 130 65 48 25 770 575 1.540 1.340 1.095 770

9,5 º) 3/8” 0,75 160 80 54 28 1.105 825 2.210 1.920 1.565 1.105

13,0 1/2” 1,00 210 105 70 38 1.940 1.455 3.880 3.375 2.750 1940

16,0 5/8” 1,20 270 135 90 44 3.020 2.265 6.040 5.250 4.280 3.020

19,0 3/4” 1,40 320 160 105 51 4.320 3.240 8.640 7.510 6.125 4.320

22,0 7/8” 1,60 380 190 123 57 5.840 4.380 11.680 10.150 8.280 5.840

26,0 1” 1,80 430 215 135 63 7.580 5.685 15.160 13.180 10.750 7.580

29,0 1.1/8” 2,00 490 245 155 73 9.540 7.155 19.080 16.590 13.525 9.540

32,0 1.1/4” 2,20 540 270 155 73 11.720 8.790 23.440 20.375 16.620 11.720

Espírito Santo

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SENAI

Departamento Regional do Espírito Santo 39

Diâmetro

do cabo

em

mm

Diâmetro

do cabo

em

polegadas

Compri-

mento

mínimo

(em m)

A Dimensões Aproximadas

do olhal

(em mm)

Cargas a serem levantadas em kgf

Normal ou com

estribo protetor

Com sapatilha

pesada

Simples

Vertical

Forca

(Choker)

2 Superlaços ou 1 dobrado

Vertical Em ângulo

B

C

B

C

35,0 1.3/8” 2,40 600 300 185 89 13.640 10.230 27.280 23.625 19.290 13.640

38,0 1.1/2” 2,60 650 325 185 89 16.155 12.115 32.310 27.980 22.845 16.155

45,0 1.3/4” 3,10 760 380 230 115 21.670 16.250 43.340 37.530 30.645 21.670

52,0 2” 3,80 800 400 305 152 28.055 21.040 56.110 48.590 39.675 28.055

28,0 2.1/4” 4,10 900 450 330 170 35.020 26.262 70.040 60.655 49.525 35.020

64,0 2.1/2” 4,60 1.000 500 330 170 42.300 31.725 84.600 73.265 59.820 42.300

71,0 2.3/4” 5,10 1.150 580 360 190 51.300 38.475 102.600 88.855 72.550 51.300

77,0 3” 5,50 1.250 630 410 215 60.480 45.360 12.960 104.755 85.530 60.480

Espírito Santo

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__

diâmetros de curvatura mínimos de 8 a 10 vezes o diâmetro do cabo. Se

esse diâmetro for menor, deve-se aumentar o fator de segurança.

2) Para dimensões diferentes dos olhais e outros diâmetros consultar o

Fabricante.

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CST

40 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Diâmetro

do cabo

em

mm

Diâmetro

do cabo

em

polegadas

Compri-

mento

mínimo

(em m)

A Dimensões Aproximadas

do olhal

(em mm)

Cargas a serem levantadas em kgf

Sem

sapatilha Com

sapatilha

pesada

Simples

Vertical

Forca

(Choker)

2 Superlaços ou 1 dobrado

Vertical Em ângulo

B

C

B

C

42,0 1.5/8” 3,50 700 350 203 102 15.055 11.290 30.110 26.175 21.350 15.055

45,0 1.3/4” 4,00 760 380 229 114 17.360 13.020 34.720 30.185 24.625 17.360

48,0 1.7/8” 4,50 760 380 305 152 19.840 14.880 39.680 34.505 28.140 19.840

52,0 2” 4,80 800 400 305 152 22.475 16.855 44.950 39.085 31.880 22.475

54,0 2.1/8” 6,00 840 420 330 170 23.490 17.615 46.980 40.850 33.317 23.490

58,0 2.1/4” 6,00 900 450 330 170 26.245 19.680 52.490 45.640 37.220 26.245

60,0 2.3/8” 6,50 900 450 330 170 28.275 21.725 56.550 49.170 39.780 28.275

64,0 2.1/2” 6,50 900 450 330 170 31.335 24.075 62.670 54.490 44.085 31.335

71,0 2.3/4” 8,0 1.150 580 360 190 39.900 29.925 79.800 69.100 56.425 39.900

77,0 3” 6,0 1.250 630 410 215 47.000 35.280 94.080 81.525 66.565 47.040

Espírito Santo

_________________________________________________________________________________________________

__

Cargas de Trabalho dos Laços com Olhais Trançados

Tipo T

diâmetro acima de 38,0mm

2) As cargas de trabalho dos laços dobrados são baseadas em diâmetros de

curvatura mínimos nos pontos de contato das cargas, de 8 a 10 vezes o

diâmetro do cabo.

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SENAI

Departamento Regional do Espírito Santo 41

Diâmetro

do cabo

em

mm

Diâmetro

do cabo

em

polegadas

Construção

do Grommet Cargas a serem levantadas em Kgf

Simples

Vertical

Forca

(Choker) Laços dobrados

Vertical

9,5 3.8” 7 x 25 1.810 1.360 3.620 3.175 2.630 1.810

13,0 1.2” 7 x 25 3.175 2.360 6.350 5.530 4.540 3.175

16,0 5.8” 7 x 25 4.900 3.630 9.800 8.530 6.895 4.900

19,0 3.4 7 x 25 6.895 5.170 13.790 11.790 9.980 6.895

22,0 7.8” 7 x 25 9.070 6.895 18.140 15.420 12.700 9.070

26,0 1” 7 x 25 11.790 8.800 23.580 19.960 13.330 11.790

29,0 1.1/8 7 x 25 14.515 10.890 29.030 25.400 20.865 14.515

32,0 1.1/4” 7 x 41 17.150 13.335 34.300 30.485 24.770 17.150

35,0 1.3/8” 7 x 41 20.940 15.230 41.880 36.160 29.500 20.940

38,0 1.1/2” 7 x 47 24.715 18.060 49.430 42.765 32.215 24.715

42,0 1.5/8” 7 x 47 28.295 20.750 56.590 49.040 39.610 28.295

45,0 1.3/4” 7 x 47 31.980 24.465 63.960 56.445 46.095 31.980

48,0 1.7/8” 7 x 47 36.815 27.380 73.630 64.195 51.920 36.815

520 2” 7 x 47 41.345 31.010 82.690 71.410 58.255 41.345

540 2.1/8” 7 x 47 45.865 34.635 91.730 79.560 64.585 45.865

58,0 2.1/4” 7 x 47 50.665 38.460 101.330 88.190 72.240 50.665

600 2.3/8” 7 x 47 54.600 40.950 109.200 95.500 78.000 54.600

64,0 2.1/2” 7 x 47 60.510 45.360 121.020 105.890 86.440 60.510

Espírito Santo

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Cargas de Trabalho dos Laços Sem Fim (Grommets)

Tipo F

baseadas em diâmetros de curvatura mínimos nos pontos de

contato das cargas, de 8 a 10 vezes o diâmetro do cabo.

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CST

42 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Espírito Santo

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Modos de Movimentação

Para efeito de cálculos usamos, como exemplo, sempre Lingas

que comportam 1000Kg por perna.

� corrente 10mm grau 2

� cabo de aço 12mm

� corda de polipropileno 24mm

� corrente 8mm grau 5

� corrente 6mm grau 8

Devemos demonstrar com isto o quanto a carga pode pesar em

cada modo de operação.

A movimentação com Lingas de uma

perna é mais simples. A carga pode

ser igual a capacidade de carga da

perna

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SENAI

Departamento Regional do Espírito Santo 43

Espírito Santo

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A movimentação com Lingas de duas

pernas. Quanto maior a angulação

menor a capacidade de carga da

Linga pois as forças resultantes são

crescentes (veja tabela)

Linga em cesto perpendicular à

carga pode ter o peso igual a

capacidade de quatro pernas

independentes somadas. Mas

isso somente se o diâmetro da

peça for grande o suficiente e não

Dois laços em perpendicular, por

causa da força aplicada no

lançamento. Devemos contar com

apenas 80% da capacidade da

carga

houver cantos vivos. Só pode ser

usada quando não houver risco

da carga escorregar

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CST

44 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Espírito Santo

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Cesto duplo com angulação: por

causa da angulação não

podemos contar com a

capacidade de 4 pernas

individuais (4x700kg). Quando

temos Lingas de quatro pernas

podemos apenas contar como se

fossem três pernas portanto, a

menos que se tenha certeza de

que as quatro pernas estejam

igualmente carregadas.

Dois laços com angulação: a carga

está depositada em duas pernas.

Devemos consultar a tabela e ver

qual o diâmetro e qual a angulação

temos e posteriormente descontar

20% da capacidade de carga por

causa do laçamento.

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SENAI

Departamento Regional do Espírito Santo 45

Espírito Santo

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Se utilizarmos uma Linga em

cesto onde as extremidades estão

presas a um único elo de

sustentação onde a corrente

trabalhe sem dobras ao redor da

carga e com uma angulação

inexpressiva. Podemos calcular

com a capacidade de cada perna

como cheia.

Se utilizarmos uma Linga em cesto

ou em laço devemos contar com

apenas 80% de sua capacidade de

carga por causa da dobra que é feita

no laçamento.

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CST

46 Companhia Siderúrgica de Tubarão

Espírito Santo

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