O Amor de Perdição
Por: Titicha1406 • 25/5/2023 • Trabalho acadêmico • 358 Palavras (2 Páginas) • 82 Visualizações
O meu texto tem como tema central a obra de Camilo Castelo Branco "Amor de Perdição", em que esta é caracterizada como crónica da mudança social.
A obra representa uma crónica da mudança social, pois esta representa os valores e comportamentos dos grupos sociais da época e critica muitos aspetos da sua sociedade.
A intriga principal da obra decorre entre uma "mudança de ares", visto que passa-se na mudança do Absolutismo (Monarquia Absoluta) para o Liberalismo.
No Absolutismo, a sociedade apresentava uma enorme desigualdade, alimentada pela nobreza e pelo clero.
O Liberalismo corresponde ao sistema político que derrubou o Absolutismo. É nesta época que os cidadãos ganham direitos políticos, cívicos, e conquistam ainda a liberdade de expressão.
A linguagem da crónica é simples e coloquial, de maneira a que o escritor se aproxime do leitor. Ao contar como vê determinado facto, o cronista permite que o leitor veja o mundo da mesma maneira que este. De facto, Camilo transpôs para a obra o sentimento de revolta e o desencanto pelo seu país, pelo facto da felicidade ser algo inalcançável.
O amor aparece como um dos principais temas que caracterizam a sociedade da época. Simão e Teresa surgem como oposição à mediocridade da sociedade da época, ao mesmo tempo que correspondem à pureza pela entrega total ao amor.
No entanto o casal é caracterizado pela sociedade como anti-heroico pelo facto de não seguirem os ideais burgueses da época e é esta mesma razão que leva ambos a serem retratados pelo autor como heróis.
A tragédia surge motivada pelo contraste entre valores ligados ao amor e valores sociais. É esta tragédia que acaba por condenar Simão e Teresa à solidão total.
Outro tema abordado é a crítica de uma sociedade repressiva e feita de desigualdades, que atua através de uma instituição familiar, a começar pela insignificância social da mulher, casamento de conveniência e um autoritarismo paterno. E de forma a comprovar isto, surge o casamento forçado entre Teresa e seu primo, idealizado por Tadeu de Albuquerque.
A igreja, onde são criticados valores como a falsa virtude cristã, a maldade e a tirania (Convento de Viseu), também é uma entidade repressiva presente nesta obra.
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