O Brasil E As Metas Estabelecidas Pelos Objetivos Do Milenio

Em minha opinião o nosso país não irá alcançar todas as metas previstas pelos Objetivos do Milênio, pois mesmo cumprido o objetivo de reduzir pela metade o número de pessoas vivendo em extrema pobreza até 2015, ter as mulheres já estudando mais que os homens e ter reduzido o índice de desmatamento, consumo de gases que provocam o buraco na camada de ozônio e aumentado sua eficiência energética com maior uso de fontes renováveis de energia, há ainda metas desafiadoras em curto prazo de tempo.

Estudos apontam que a mulher ainda tem menos chances de emprego, recebem menos do que os homens trabalhando nas mesmas funções e ocupam os piores postos.

Existe uma barreira cultural imensa a ser mudada no Brasil. Não bastam somente leis e decretos públicos para cumprir objetivos.

A saúde continua precária: hospitais lotados, falta de profissionais e muita burocracia no atendimento aos usuários. Apesar disso, o serviço é prestado, seja no acompanhamento das gestantes e os bebês recém-nascidos, das pessoas infectadas pelo HIV, distribuição gratuita de vacinas e remédios e na pesquisa científica.

O Brasil reduziu a mortalidade infantil ( crianças com menos de um ano) de 47,1 óbitos por mil nascimento em 1990, para 19 em 2008 .Até 2015 a meta é reduzir esse número para 17,9 óbitos por mil, mas a desigualdade ainda é grande,crianças pobres tem mais que o dobro de chance de morrer do que as ricas, e as nascidas de mães negras e indígenas tem maior taxa de mortalidade.

O país reduziu o índice de desmatamento, o consumo de gases que provocam o buraco na camada de ozônio e aumentou sua eficiência energética com o maior uso de fontes renováveis de energia. A estimativa é de que o Brasil cumpra, na média nacional todos os 8 ODM incluindo o ODM7.Mas este é considerado por muitos especialistas com um dos mais complexos para o país principalmente na questão de acesso aos serviços de saneamento básico em regiões remotas e nas zonas rurais.

Em relação ao HIV o Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a proporcionar acesso universal e gratuito para o tratamento de HIV/AIDS na rede de saúde pública quase que 200 mil pessoas recebem tratamentos com antirretrovirais financiados pelo governo.

Houve avanços importantes e o monitoramento progrediu. Mesmo assim só 28% do número estimados de pessoas que necessitam de tratamento o recebem. Os dados mais recentes apontam que a malária mata um milhão de pessoas por ano, principalmente na África, e dois milhões morrem de tuberculose por ano em todo mundo.

No comércio global, além dos impactos da crise financeira mundial um dos maiores obstáculos têm sido os fracassos das nações em concluir as negociações Rodada de Doha e colocar em prática as metas proposta neste que é o único ODM a engajar diretamente os países desenvolvidos.

Diante de tudo isso falta apenas dois anos para que todas as metas sejam cumpridas, ou seja, o tempo é curto.