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O Brincar Como Um Modo De Ser E Estar No Mundo

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Por:   •  20/5/2014  •  1.160 Palavras (5 Páginas)  •  1.445 Visualizações

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O brincar como um modo de ser e estar no mundo

☺Brincadeiras que nos remetem à nossa própria infância e também nos levam a refletir sobre a criança contemporânea: pipa, esconde-esconde, bolinha de gude, queimada, policia e ladrão, princesas, super-herói, casinha, pique-bandeira.

☺As brincadeiras de outros tempos estão presentes nas vidas das crianças hoje? Diferentes espaços geográficos e culturais implicam diferentes formas de brincar? Qual o significado do brincar a vida e na construção das subjetividades e identidades das crianças? Por que à medida que avançam os segmentos escolares se reduzem os espaço e tempos do brincar e as crianças vão deixando e ser crianças para serem alunos?

☺A experiência do brincar cruza diferentes tempos e lugares, passados, presentes e futuros, sendo marcada ao mesmo tempo pela continuidade e pela mudança.

Infância, brincadeira, desenvolvimento e aprendizagem.

☺A brincadeira é uma palavra estreitamente associada à infância e as crianças.

☺O brincar é um importante processo psicológico, fonte de desenvolvimento e aprendizagem.

☺De acordo com Vygostsky, um dos principais representantes dessa visão, o brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças.

☺Ao observarmos as crianças e os adolescentes de nossas escolas brincando, podemos conhecê-los melhor. Pois, uma parte de seus mundos e experiências revela-se nas ações e significados que constroem nas suas brincadeiras. Isso por que o processo do brincar referencia-se naquilo que os sujeitos conhecem e vivenciam. Com base em suas experiências, os sujeitos reelaboram e reinterpretam situações de sua vida cotidiana e as referencias de seus contextos socioculturais, combinando e criando outras.

☺Brincar envolve entre o já dado e o novo, entre a experiência, a memoria e a imaginação, entre a realidade e a fantasia.

☺A imaginação estabelece o plano de brincar, do fazer de conta, da criação de uma realidade “fingida”.

☺O brincar envolve múltiplas aprendizagens. Não apenas aprendizagem, mas constitui um espaço de aprendizagem.

☺Vygostsky afirma que na brincadeira “a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade”.

☺A brincadeira é um espaço de “mentirinha”, na qual os sujeitos tem o controle da situação. Parece que estamos diante de atores de teatro, compromisso com a verdade daquelas ações representadas.

☺É importante enfatizar que o modo de comunicar próprio do brincar não se refere a um pensamento ilógico, mas a um discurso organizado com logica e características próprias da criança.

☺O plano informal das brincadeiras possibilita a construção e a ampliação de competências e conhecimentos nos planos da cognição e das interações sociais.

☺A possibilidade de imaginar, de ultrapassar o já dado, de estabelecer novas relações, de inverter a ordem, de articular passado, presente e futuro potencializa nossas possibilidades de aprender sobre o mundo em que vivemos.

☺O brincar é um espaço de apropriação e constituição pelas crianças de conhecimentos e habilidades no âmbito da linguagem, da cognição, dos valores e da sociabilidade.

Brincadeira, cultura e conhecimento: a função humanizadora da escola.

☺O brincar é um dos pilares da constituição de culturas da infância, compreendidas como significações e formas de ação social especifica que estruturam as relações das crianças entre si, bem como os modos pelos quais interpretam, representam e agem sobre o mundo.

☺Constituindo um saber e um conjunto de praticas partilhadas pelas crianças, o brincar está estreitamente associado à sua formação como sujeitos culturais e à constituição de culturas em espaços e tempos nos quais convivem cotidianamente.

☺Pintores, poetas, escritores, cineastas, teatrólogos costumam utilizar o tema infância e dos brinquedos em suas obras. Drummond expressa o sentimento de liberdade e desprendimento pela brincadeira. Brincar seria “soltar-se a si mesmo”.

☺Um repertorio de brincadeiras, cujos esquemas básicos ou rotinas são partilhados pelas crianças, compõe a cultura lúdica infantil.

☺Ambientes escolares organizados para a brincadeira, compostos de mobiliário e objetos vinculados à vida domestica, suscitam brincadeiras de papeis familiares; personagens de novela conhecidos pelas crianças, criam brincadeiras. Todos esses elementos externos ao jogo, localizados na escola, família, no bairro ou na mídia televisiva, são reinterpretados pelas crianças e articulados ás suas experiências lúdicas.

☺Para que se abram e se ampliem as possibilidades

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